Após a morte de dona Mariza, com direito ao velório comício, verificou-se uma nova investida dos admiradores do ex-presidente, insistindo na absurda tese de que “não há provas” contra Lula.
Ora, quando uma denúncia é oferecida pelo Ministério Público, vários tipos de provas podem ser apresentadas. São depoimentos, fotos, recibos, notas fiscais, fotografias, extratos bancários, etc. No caso de Lula, é avassalador o conjunto de evidências, a ponto do MPF mostrar-se convencido e apresentar as denúncias, aceitas pelos juízes após constatarem existência de fundamentos para a instauração dos vários processos aos quais Lula responde.
Colocar imóveis em nome de terceiros é a medida mais comum no mundo da corrupção. Soaria ridículo esperar uma confissão do suspeito ou esperar que deva aparecer uma gravação dele combinando a tramoia com os comparsas.
Antes mesmo que se conheçam os detalhes das delações premiadas que ainda permanecem em sigilo, sabe- se que há documentos que detalham a relação incestuosa com empreiteiros.
O teor da delação do ex diretor da Odebrecht Alexandrino Alencar, é um dos que deverá ser avassalador para Lula. Além da reforma do sítio em Atibaia, na qual atuou, Alencar foi companhia habitual nas viagens de Lula. Juntos estiveram em países da África, Cuba, Panamá, Peru, sempre usando os jatinhos da Odebrecht. Tais contatos resultaram em obras com financiamentos do BNDES. A revista Época já revelou em reportagem a atuação de Lula como lobista da Odebrecht em Havana, onde a empreiteira faturou US$ 898 milhões, 98% dos financiamentos do BNDES em Cuba. Revelou telegramas secretos do Itamaraty, cujos diplomatas relataram as conversas de Lula em Havana, onde foram tratadas condições dos empréstimos e até as garantias para que o BNDES financiasse as obras. Em seu depoimento Alencar relata também pagamentos e interesses da empreiteira em receber apoio do ex-presidente.
Há ainda o caso do pagamento da OAS pelo armazenamento dos bens retirados por Lula dos Palácios de governo. As doações para o Instituto Lula pelos mesmos contratantes de palestras da L.I.L.S., a empresa de palestras de Lula, pagos pelas mesmas Camargo Correa, Odebrecht, Queiroz Galvão, OAS, Andrade Gutierrez, todas envolvidas na Lava Jato. O Instituto Lula recebeu R$ 34.940.522,15. Sessenta por cento vieram das empreiteiras envolvidas na Lava Jato. A L.I.L.S. recebeu R$ 21.080.216,67, metade vieram das mesmas também envolvidas na Lava Jato. Pretender que nada exista de muito esquisito nestes milionários pagamentos é zombar da inteligência alheia. E ainda nem entramos nos negócios do sobrinho Taiguara ou nos pagamentos feitos às empresas dos filhos do suspeito. Não ha´provas? Pois sim!
Agora a suprema ironia: o grande aliado petista, amigo de Lula e Dilma, Nicolás Maduro, pediu determinou ao Ministério Público e ao Poder Judicial venezuelanos que prendam as pessoas que receberam propinas da Odebrecht em seu país. De acordo com Marcelo Odebrecht, sua empresa pagou 98 milhões de dólares em propinas na Venezuela, ficando atrás apenas do Brasil neste quesito.
A semana começou fervendo. A Ministra Carmen Lúcia homologou as delações premiadas da Odebrecht. Permanecerão ainda sob sigilo, mas o PGR Rodrigo Janot deverá pedir logo a liberação dos conteúdos.
O outro fato quente foi o retorno de Eike Batista. Direto para o cárcere. Tudo indica que o outrora “homem mais rico do Brasil”, com fortuna estimada em US$ 34,5 bilhões, paparicado, invejado e apresentado por Lula e Dilma como exemplo de capitalista, voltou para negociar seu acordo de delação premiada.
Sérgio Cabral e Eike Batista travam uma corrida pela delação. Não há espaço para os dois como delatores neste inquérito. Com o retorno, Eike larga na frente. Se fechar o acordo, a delação premiada de Marcelo Odebrecht tem tudo para parecer historia de ninar crianças.
Sem curso superior, Eike ocupará uma cela comum. Acostumado desde menino a ambientes climatizados e seleta companhia, quanto tempo ele aguentará em uma cela, num beliche de concreto e apenas um ventilador para dar conta do verão carioca?
As relações incestuosas entre Eike e os governos Lula e Dilma tiveram uma boa indicação nos vídeos de you tube que rechearam as redes sociais durante o último fim de semana. Contém discursos patéticos, de uma falsidade constrangedora, onde Lula, Dilma e Cabral exaltam o dono do grupo EBX como um Rei Midas, um modelo de empreendedor de sucesso, num imaginário Brasil sem pobreza.
Um enredo de fraude, corrupção e favorecimento recíproco.
No mega esquema em que Eike Batista e a turma de Sergio Cabral são acusados, foram lavados pelo menos US$ 100 milhões. Ora, quem também tem de dar explicações são Lula e Dilma. Grande parte deste dinheiro veio de mega-obras superfaturadas do PAC.
Igualmente, quem ajudou para que o Grupo X conseguisse pegar R$ 10 bilhões no BNDES?
O advogado que negocia a possível delação de Cabral é o mesmo de Fernando Baiano, operador de Eike. Que pagou 3 milhões de reais para que Lula e José Carlos Bumlai o ajudassem junto à Sete Brasil, para entrar em um negócio que envolvia 28 navios-sonda da Sete.
Sim, só esquemas megalomaníacos.
Que seja logo escolhido o novo relator da Lava Jato no STF. Que o caso seja sorteado entre os dez ministros que compõe o plenário da Corte. Porque, se o sorteio for realizado somente entre os membros da segunda turma, há uns 50% de chances de a relatoria cair em mãos erradas. Espera-se que isso não ocorra.
Marcelo Odebrecht está querendo mais do que os delegados da Polícia Federal estão dispostos a conceder-lhe pelo seu acordo de delação.
Perdeu tempo valioso bravateando sua ojeriza a delatores. Agora dá sinais de estar chegando ao limite emocional. E a cada dia de vacilação, suas possíveis revelações perdem o valor, enquanto seus processos caminham com celeridade.
Quando finalmente resolveu considerar a hipótese de fazer um acordo, muitas das revelações que ele poderia ter negociado a peso de ouro já haviam sido decifradas pela força tarefa da Lava Jato. As siglas, códigos, apelidos, codinomes, frases cifradas, utilizados para manter em sigilo a identidade de políticos e personagens chave para o funcionamento da engrenagem criminosa, já haviam sido desvendados.
Tudo começou a andar mais rápido a partir da colaboração dasecretária Maria Lúcia Tavares, que atuava no departamento de propinas da empreiteira. A ajuda dela teria sido fundamental para o deslinde do conteúdo dos celulares aprendidos de Marcelo Odebrecht.
Assim chegaram ao “Italiano”, codinome usado para identificar Antonio Palocci. O “Pós-Itália”, referente ao ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, a quem coube suceder a Palocci na missão de negociar os pagamentos de propina junto a Marcelo Odebrecht.
A defesa de Palocci nega que ele seja o “italiano” das planilhas. Alegam que ele nada tem a ver com dinheiro de propina. Em outras palavras, a defesa de Guido Mantega diz o mesmo.
O problema é que as negativas não batem com as revelações de vários delatores da Odebrecht que já firmaram seus acordos. Nestes, “Italiano”, “Pós-Itália” e o sugestivo apelido de “Amigo”, seriam mesmo Palocci, Mantega e Lula, numa referencia ao amistoso relacionamento pessoal entre o ex-presidente e o pai de Marcelo, Emilio Odebrech.
Segundo Procuradores da República, Lula está por trás da criação da empresa do sobrinho Taiguara, a Exergia Brasil. Lula o ajudou na captação de contratos com a Odebrecht, orientou-o sobre os negócios em Angola, apresentou-o ao mundo empresarial e oficial em visitas ao exterior.
No último ano do mandato de Lula, o BNDES aprovou oito contratos em favor da Odebrecht que, juntos, somaram US$ 350 milhões. As concessões continuaram nos anos seguintes, quando a empresa firmou outros 22 contratos que chegaram a US$ 2 bilhões.
Entre as provas, há e-mails trocados entre os envolvidos, fotos dos encontros de Lula e o sobrinho com empresários em Angola, registros da participação de Lula, em 2010, em uma reunião da Diretoria do BNDES, quando “por orientação do presidente Lula”, ficou decidido que o banco faria uma agenda de ações para o período de 2011 a 2014. “Lula deixou criadas as bases no BNDES para continuidade do esquema de favorecimento mediante financiamentos internacionais, a empresas ‘escolhidas’ para exportação de serviços a países da África e América Latina”, diz um dos documentos enviado à Justiça.
Lula foi denunciado por agir em favor da empreiteira aceitando remuneração por palestras e vantagens indiretas. Já a Exergia Brasil, empresa de Taiguara, teria feito pagamentos no interesse de Lula e familiares. Foram identificados mais de um milhão em saques diversos em dinheiro vivo, realizados pelos funcionários da Exergia.
Para quem lembra, há pouco mais de um ano, Emílio Odebrech teria dito:
“Se prenderem o Marcelo, terão de arrumar mais três celas: Uma para mim, outra para o Lula e outra ainda para a Dilma.”
Artigo publicado no “Correio de Cachoeirinha” desta quarta feira, 21 de setembro de 2016.
Na quinta-feira da semana que passou, durante mais de uma hora Lula bravateou, chorou, fez gracinhas, disse bobagens. Criticou “concursados”, tentando atingir os procuradores do MPF e o juiz Sérgio Moro.
Antes mesmo de terminada a entrevista coletiva dos procuradores do MPF no dia anterior, seu advogado já estava na televisão apresentando um “power point” previamente preparado. Tentou desqualificar aspectos da acusação referente ao triplex dizendo que “não há provas” em relação à propriedade do apartamento no Guarujá.
Às acusações dos pagamentos milionários feitos pela OAS para guardar suas “tralhas” – como ele mesmo as classifica – o advogado não referiu. Será que esqueceu?
Ora, os procuradores também acusam Lula pelo recebimento de vantagens indevidas da OAS por meio de um contrato para armazenagem de seus bens pessoais. A empreiteira fez pagamentos milionários, durante cinco anos para a guarda de objetos pessoais de Lula.
Por que razão uma empreiteira gastaria milhões de reais para guardar presentes de Lula? Que aliás nunca deveriam ter sido retirados do Palácio.
O prédio no Guarujá era originário da BANCOOP, a Cooperativa dos Bancários, que um dia foi dirigida por João Vaccari Neto .
Vaccari, Lula, através de dona Mariza e outros próceres petistas subscreveram cotas para adquirirem um imóvel de veraneio pela BANCOOP. A Cooperativa quebrou, deixando milhares de bancários à míngua, muitos deles tendo investido suas poupanças na tentativa de conquistar a casa própria.
A turma de alto coturno arranjou um jeito de concluir o prédio no Guarujá. A OAS terminou o edifício e ainda refez, decorou e equipou um apartamento específico. O tripléx.
Reformou-o completamente, colocou elevador, montou cozinha gourmet, mobiliou e decorou. Lula vistoriou o imóvel, Mariza e um dos filhos também, acompanhados do dono da OAS, o poderoso empreiteiro Leo Pinheiro. Este destacou um arquiteto da empresa para acompanhar a reforma, autorizou pessoalmente gastos milionários para execução daquilo que Lula, tal qual novo rico, classificou de triplex “Minha Casa Minha Vida”.
Há fotografias, existem testemunhas, mensagens trocadas, notas fiscais das despesas efetuadas, dos eletrodomésticos. Tudo pago pela empreiteira boazinha.
Francamente, o argumento não serve nem como piada.
Vamos ver qual será a desculpa quando vier a denúncia relativa ao sítio de Atibaia. Depois, as palestras milionárias pagas ao seu instituto, o LILS e as viagens internacionais, sempre associadas a obras faraônicas realizadas em países falidos com o dinheiro dos brasileiros via BNDES.
O Instituto Lula perdeu a classificação que o isentava de impostos e já é devedor de uma fábula à Receita Federal.
Não sobrará muito de Lula ou de Dilma após as delações premiadas que estão no forno, como a de Marcelo Odebrecht e seu pai.
E ainda nem falamos sobre a aprovação da aquisição da Refinaria de Pasadena, ao tempo em que Dilma Rousseff presidia o controle acionário da estatal.
Um dos ítens da delação premiada tão aguardada de João Santana, explicará sua participação nas eleições de Hugo Chavez e Nicolas Maduro na Venezuela. “Sobre a campanha de Maduro, em 2013, João Santana admitirá que recebeu pagamentos clandestinos de empreiteiras envolvidas no Petrolão, entre elas, Odebrecht e Andrade Gutierrez. As duas tinham negócios na Venezuela e seu principal lobista era o ex-presidente Lula” – traz textualmente a revista Veja desta semana.
Isto é gravíssimo. O que teria a dizer a esquerda brasileira, que adora – por exemplo – acusar os americanos de intromissão em assuntos de outros países? Como justificar esse verdadeiro crime contra a humanidade, pelo menos daquela que vive na Venezuela, ao ajudar a eleição dos dois ditadores do país vizinho? Deve agradar muito a Lula a possibilidade da Venezuela comandar o Mercosul…
Tudo isso sem falar na intromissão brasileira, durante as dinastias Lula/Dima, em países falidos da África e Cuba. Enquanto o Brasil ressente-se de sua economia combalida, as duas gestões acima citadas enterraram dinheiro do contribuinte brasileiro à rodo, via BNDES, em países do quilate de Angola, Republica Dominicana, etc., sem falar das duas refinarias roubadas por Evo Morales com a aquiescência prévia de Lula.
A capacidade gerencial da dupla Lula/Dilma foi, e é e sempre será um desastre pelo qual os brasileiros levarão anos pagando a conta.
João Santana e Mônica Moura, revelarão à Lava Jato que Dilma autorizou pessoalmente as milionárias operações de caixa dois de suas duas campanhas. Ela comandou a farra. E se tiver a coragem que gosta de apregoar, não renunciará e logo estará sendo julgada na primeira instância, junto com Lula, por isso e muito mais.
Porém, temos que fazer justiça a Lula: o grande culpado de todo este mal é Lula. Foi ele que, além do que causou como gestor, por um capricho onipotente quis impor a tudo e a todos a eleição de uma pessoa absolutamente intratável e incapaz para as altas funções de gerir a nação brasileira. Em sua megalomania, Lula impôs a criatura até mesmo dentro de seu partido. Que curvou-se aos caprichos de seu todo poderoso.
Ricardo Lewandowski, presidente do STF , tem dito a senadores que pretende iniciar o julgamento de Dilma Rousseff em 25 de agosto. Porém, à imprensa, o ministro tem dito que só vai tomar decisões relacionadas ao processo do impeachment depois da sessão no Senado do dia 9, nesta terça-feira, quando está sendo examinado o relatório de Antonio Anastasia, já aprovado quinta-feira por 14 a 5 na Comissão do Impeachment.
Segundo o relatório, Dilma cometeu crime de responsabilidade. Nunca é demais lembrar que o relatório, por uma formalidade legal, restringiu-se às pedaladas fiscais. Ah, se pudesse abranger tudo, da Petrobrás – passando por Pasadena – ao BNDES!
A sessão está marcada para começar as nove horas e poderá durar até a madrugada.
Espera-se que Lewandowski não puxe um rato de dentro da cartola.
Dilma vem repetindo a tese do golpe há algum tempo. Alega que atos idênticos aos que foi acusada foram executados pelos presidentes que a antecederam.
Sem falar em outros escândalos de seu governo, o que ela não explica é que usou o artifício das pedaladas fiscais de forma quase contínua, como cheque especial do governo. Usou um total de 33 bilhões de reais, 35 vezes mais que a soma utilizada momentaneamente pelos antecessores, Lula, FHC, ou Itamar Franco.
Sacar a descoberto nos bancos públicos é uma falta grave. Não declarar isso corretamente na contabilidade oficial, pior ainda. Da forma contínua como foi utilizada no governo Dilma, é fraude fiscal, na opinião de especialistas.
Segundo cálculos ainda não concluídos, estima-se que o governo recém afastado deixará um rombo superior a 120 bilhões de reais, superando o valor admitido, que seria cerca de “apenas” 97 bilhões. Isso se o quadro ainda em apuração não chegar a números ainda maiores.
Com os tempos difíceis que teremos pela frente, é de se esperar que o governo interino abra completamente os números para conhecimento total e absoluto pelo contribuinte. É preciso indicar de maneira muito clara a atual situação. Do contrário, o discurso de “golpe” será repetido “ad eternum” para amenizar o que fizeram.
Aliás, um parêntese: falar em “golpe” para quem ficará ocupando um palácio, recebendo salário, com direito a avião, equipe de seguranças, assessoria completa, tudo pago pelo erário, é uma piada!
Por isso é imperativo que se mostre a situação real encontrada nas finanças públicas. É hora de abrir as caixas pretas. A do BNDES, dos demais bancos públicos, sem falar na Petrobras e na Eletrobras.
É preciso também atacar de frente o problema do aparelhamento da máquina pública. Fatos como os que aconteceram no MEC, quando o ministro empossado foi recebido no órgão com faixas taxando o governo de golpista e vaiado, não pode ser amenizado ou tolerado.
É imprescindível um pente-fino nas nomeações. Assim como nos programas de governo.
Há estados em que a parcela de beneficiários do bolsa família beira os 50% da população. É impossível que, dentro das regras que criaram o programa, uma parcela deste tamanho receba dinheiro público indefinidamente.
Dentro dos princípios gerais da administração pública, da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, não seria mais do que o cumprimento da lei.
Esta é a expectativa majoritária da população, a apuração completa da situação e a responsabilização por eventuais erros. Não tem outra razão o apoio que tem recebido a Operação Lava Jato, sendo levada a bom termo pelo Judiciário e Ministério Público.
Cabe ao Executivo, portanto, executar a sua parte. E convenhamos, das tarefas que terá pela frente o novo governo, essa será a mais fácil.
Apure-se e divulgue. Doa a quem doer.
Enio Meneghetti
artigo publicado no Jornal Correio de Cachoeirinha, edição de 17.05.2016
Com sua mobilização em 2015, a sociedade conseguiu acuar corruptos e corruptores. As ruas foram tomadas em diversas oportunidades por milhões de manifestantes exigindo o fim do deboche em forma de corrupção.
Corruptos e seus aliados já não conseguem circular livremente pelas ruas ou frequentar lugares públicos, aeroportos, restaurantes ou cinemas, sem sentirem na pele a rejeição explícita da população. Vídeos postados no youtube , essa arma pacífica mas implacável, deixam claro o prejuízo em suas imagens.
Amigos próximos de um ex-presidente foram e estão sendo presos e/ou investigados por atividades para lá de suspeitas.
Até uma classe que parecia inatingível, está deixando de ser. Refiro-me aos fidalgos.
O partido da presidente da República teve decretadas as prisões de seu tesoureiro, do senador líder, de um ex-deputado federal. O ex todo poderoso Chefe da Casa Civil, José Dirceu, foi preso novamente.
Presidentes das maiores empreiteiras do país foram parar atrás das grades. Acompanhados de diretores da maior estatal brasileira, a Petrobrás, a outrora joia da coroa.
A Lava Jato condenou empreiteiros, lobistas, ex-deputados, doleiros e burocratas à cadeia, naquele que talvez seja o maior escândalo de corrupção já apurado no país. Quem sabe do mundo.
O TCU apontou graves irregularidades nas contas do governo federal, as chamadas pedaladas fiscais, resultando na abertura de um processo de impeachment contra a presidente.
A Zelotes está aí. O BNDES na fila.
Um ex-Presidente da República vem sendo chamado com frequência para prestar depoimentos na Polícia Federal.
A mídia chapa branca não tem como deixar de noticiar as mazelas governamentais, seja lá qual for o tamanho da verba publicitária. A população usa as mídias sociais e aponta as falsidades e tentativas de escamotear fatos.
Continuamos com a carga tributaria asfixiante que penaliza o desenvolvimento. Com a falta de segurança que campeia nas ruas das nossas cidades, enquanto nossas autoridades públicas perdem tempo (e recursos) perseguindo e atrapalhando iniciativas que funcionam e são do gosto da população, como UBER e Whatsapp.
Continuaremos tendo problemas em 2016. Mas a sociedade está mobilizada e cobrará muito mais. Teremos eleições municipais, as primeiras eleições após a revelação dos grandes escândalos que conseguiram esconder até a data do pleito anterior, em 2014. A lógica, a revolta e a indignação dos eleitores sugerem uma grande derrocada daqueles que ocupam o noticiário por malversação do dinheiro público.
Ainda é pouco? É. Mas ninguém pode afirmar que “virou pizza”, ou que nada aconteceu. Está acontecendo agora. E é impossível refrear o movimento gigantesco que está em andamento sejam quais forem as desesperadas manobras legais ou jurídicas para tanto venham de onde vierem ou estejam onde estiverem os manipuladores da legislação.
O destino daqueles criminosos é inexorável.
Será um ano de fortes emoções.
Enio Meneghetti
artigo publicado no Correio de Cachoeirinha 06.01.2016
Lula deixou a presidência da República e passou a fazer palestras.
Isso era noticiado e perguntava a mim mesmo: Como funciona esse negocio? Por que vêm esses convites? Qual a razão, o interesse de uma empresa privada em pagar tanto dinheiro para ouvi-lo? Afinal, sem ofensa, mas qualquer pessoa do mundo corporativo ou com um mínimo de cultura, sabe que embora seja esperto e um mestre na comunicação, o discurso de Lula é absolutamente raso.
Hoje sabemos, as palestras dele encomendadas pela Odebrecht, viajando mundo afora em aviões fretados pela empresa, geraram obras fantásticas nos países visitados. O BNDES bancando a farra.
Aqui no Brasil Lula também fez das suas. E como! Antes de recordarmos as estrepolias na Petrobras, podemos lembrar a história mal contada da construção do estádio do Corinthians, o famigerado Itaquerão. Exemplo claro da orgia que se fez com o dinheiro dos brasileiros.
Aliás, como torcedor do Internacional sempre estranhei aquela intervenção de Dilma para solução do impasse entre Inter e Andrade Gutierrez. Dilma mandou e a Andrade Gutierrez obedeceu e fez a reforma de nosso Beira Rio. Lembro bem da descrição fantástica do diálogo da “madrinha” como os veículos mais aduladores a classificaram.
“É meu clube, é meu Estado. Não há hipótese nenhuma de a empresa sair e deixar todo mundo na mão.”
Ora, será que não conhecem a máxima de Milton Friedman, que ensina que “não existe almoço grátis”?
Impressiona o fato de que as pessoas esqueçam fatos como esses e se surpreendam quando após anos de esbanjamento em parcerias para lá de esquisitas, como nas obras da Petrobras e tantas outras, Lula, Dilma e seu partido tenham levado o Brasil à breca.
Em meio à mais terrível crise que já vivemos – e vai piorar! – a opinião pública se pergunta: como isso aconteceu?
Enquanto o mundo enfrentava com galhardia e responsabilidade a crise de 2008, o “mago” Lula dizia: gastem, comprem, torrem, endividem-se. É só uma marolinha!
Pois agora é que vamos recém começar a ver o tamanho do tsunami causado por esses aventureiros. O esquemão econômico que tomou conta do Estado brasileiro ainda permanece no Palácio do Planalto. E Lula está sendo investigado pelo Ministério Público por tráfico de influência internacional.
Seus problemas legais crescerão proporcionalmente ao agravamento da crise que recém inicia.
Frase do livro Dom Quixote, de Miguel Cervantes. Sustenta que as bruxas sempre estiveram à solta e de tempos em tempos elas ressurgem para a desgraça de todos.
Em março de 2013 o ex-presidente Lula desembarcou de um Jato Falcon na República da Guiné Equatorial para um encontro com o presidente Obiang. A visita foi acompanhado pela embaixadora do Brasil na Guiné, Eliana Costa e Silva Puglia, que após o encontro, enviou seu relatório sigiloso ao Itamaraty.
Segundo ela, “Lula referiu-se a um telefonema que dera ano passado ao Presidente Obiang sobre a importância de se adjudicar obra de construção do aeroporto de Mongomeyen à empresa Odebrecht”, escreveu a embaixadora.
A revelação, fartamente ilustrada por outros documentos, é da última edição da revista Época, que já havia mostrado há poucas semanas atuação praticamente idêntica junto aos irmãos Castro para obras em Cuba, como o Porto de Mariel, chegando a usar o nome da atual presidente Dilma Rousseff para prometer e garantir o necessário financiamento do BNDES.
A revista destaca ainda que os telegramas fazem parte de um conjunto de documentos confidenciais a que teve acesso, sobre as atividades do ex-presidente em países que receberam financiamento do BNDES. Papéis que estão sendo analisados pelo MPF em Brasília, que está, segundo Época, investigando Lula oficialmente por tráfico de influência internacional, crime previsto no Código Penal, por atuar em benefício da maior construtora brasileira.
Os papéis mostram, também, que Lula, ainda na Presidência, marcou reuniões de empresários africanos com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho.
A investigação do MPF de Brasília não é a única origem de problemas para ele.
Um relatório da Polícia Federal constante da Operação Lava Jato contém e-mails entre executivos da Odebrecht e o ministro Miguel Jorge, em 2009 , onde este diz a um assessor de Marcelo Odebrecht que “o PR fez o lobby” para a construtora numa obra na Namíbia, na África. “PR”, segundo os investigadores, significa Presidente da República, cargo ocupado por Lula na época dos fatos.
Depois da Guiné, Lula foi a Gana, de cujo presidente ouviu um pedido direto de financiamento para obras. Destaca o relatório diplomático enviado ao Itamaraty: “O ex-presidente Lula disse acreditar que o BNDES teria condições de acolher a solicitação da parte ganense e, nesse sentido, intercederia junto à presidenta Dilma Rousseff”.
Quatro meses depois, em 19 de julho de 2013, o BNDES liberava para um consórcio entre a Odebrecht e Andrade Gutierrez a contratação de mais de 200 milhões de dólares para a construção de uma rodovia em Gana. Taxa de juros que é a segunda menor concedida pelo BNDES entre 532 operações voltadas para a exportação, um prazo de 19 anos, acima da média de 12 anos praticada pelo banco.
O MPF de Brasília já pediu à força-tarefa da Lava Jato o compartilhamento de provas. Procuradores da capital federal apuram se os cerca de R$ 10 milhões pagos pelas empreiteiras envolvidas no Petrolão à titulo de palestras tiveram origem lícita e uma contraprestação de serviços. Ao Ministério Público caberá indicar se existem elementos para uma denúncia contra o ex-presidente.
Sobre o Artigo 49/1 da Constituição Federal, que diz ser de competência exclusiva do Congresso Nacional a decisão sobre empréstimos a países estrangeiros, nem um piu.
Todos os citados negam irregularidades quanto ao acima citado.
Enio José Hörlle Meneghetti, 67 anos, é administrador de empresas. Tem cursos de especialização em marketing e mercado de capitais. Conservador, já atuou nas esferas pública e privada. Foi Gerente de Governança, Riscos e Conformidade do GHC - Grupo Hospitalar Conceição, Gerente Estadual da GEAP, Diretor de Incentivo ao Desenvolvimento da METROPLAN além de3 outras atividades. Assessorou o deputado Onyx Lorenzoni, foi Chefe de Gabinete do Vice-Governador (RS) Paulo Afonso Feijó. Autor do livro "Baile de Cobras", biografia do ex-prefeito de Porto Alegre e ex-governador do Rio Grande do Sul, Ildo Meneghetti, seu avô.