Com sua mobilização em 2015, a sociedade conseguiu acuar corruptos e corruptores. As ruas foram tomadas em diversas oportunidades por milhões de manifestantes exigindo o fim do deboche em forma de corrupção.
Corruptos e seus aliados já não conseguem circular livremente pelas ruas ou frequentar lugares públicos, aeroportos, restaurantes ou cinemas, sem sentirem na pele a rejeição explícita da população. Vídeos postados no youtube , essa arma pacífica mas implacável, deixam claro o prejuízo em suas imagens.
Amigos próximos de um ex-presidente foram e estão sendo presos e/ou investigados por atividades para lá de suspeitas.
Até uma classe que parecia inatingível, está deixando de ser. Refiro-me aos fidalgos.
O partido da presidente da República teve decretadas as prisões de seu tesoureiro, do senador líder, de um ex-deputado federal. O ex todo poderoso Chefe da Casa Civil, José Dirceu, foi preso novamente.
Presidentes das maiores empreiteiras do país foram parar atrás das grades. Acompanhados de diretores da maior estatal brasileira, a Petrobrás, a outrora joia da coroa.
A Lava Jato condenou empreiteiros, lobistas, ex-deputados, doleiros e burocratas à cadeia, naquele que talvez seja o maior escândalo de corrupção já apurado no país. Quem sabe do mundo.
O TCU apontou graves irregularidades nas contas do governo federal, as chamadas pedaladas fiscais, resultando na abertura de um processo de impeachment contra a presidente.
A Zelotes está aí. O BNDES na fila.
Um ex-Presidente da República vem sendo chamado com frequência para prestar depoimentos na Polícia Federal.
A mídia chapa branca não tem como deixar de noticiar as mazelas governamentais, seja lá qual for o tamanho da verba publicitária. A população usa as mídias sociais e aponta as falsidades e tentativas de escamotear fatos.
Continuamos com a carga tributaria asfixiante que penaliza o desenvolvimento. Com a falta de segurança que campeia nas ruas das nossas cidades, enquanto nossas autoridades públicas perdem tempo (e recursos) perseguindo e atrapalhando iniciativas que funcionam e são do gosto da população, como UBER e Whatsapp.
Continuaremos tendo problemas em 2016. Mas a sociedade está mobilizada e cobrará muito mais. Teremos eleições municipais, as primeiras eleições após a revelação dos grandes escândalos que conseguiram esconder até a data do pleito anterior, em 2014. A lógica, a revolta e a indignação dos eleitores sugerem uma grande derrocada daqueles que ocupam o noticiário por malversação do dinheiro público.
Ainda é pouco? É. Mas ninguém pode afirmar que “virou pizza”, ou que nada aconteceu. Está acontecendo agora. E é impossível refrear o movimento gigantesco que está em andamento sejam quais forem as desesperadas manobras legais ou jurídicas para tanto venham de onde vierem ou estejam onde estiverem os manipuladores da legislação.
O destino daqueles criminosos é inexorável.
Será um ano de fortes emoções.
Enio Meneghetti
artigo publicado no Correio de Cachoeirinha 06.01.2016
|
Tags: 2016, Barão de São Bernardo, BNDES, consultoria, corrupção, Dilma, eleições municipais, enriquecimento ilícito, falta de ética, fidalgo, filho de algo, Golpe, Impeachment, Impunidade, Lava Jato, Lula, luleco, lulinha, PF, Pixuleco, pizza, Polícia Federal, sabotagem, UBER, vigarice, Whatsapp, Zelotes
This entry was posted on 6 de janeiro de 2016 at 22:09 and is filed under Administração Pública, Administração Popular, Bancos, Câmara Federal, Corrupção, CPI, Curiosidades, Demagogia, Gastos Públicos, Governo Federal, História, Impeachment, Legislação, Marketing, Politica. You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0 feed. You can leave a response, or trackback from your own site.
Deixe um comentário