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QUEM SÃO OS MANDANTES?

10 de setembro de 2018

 

Em maio de 1981 o muçulmano Ali Agca chocou o mundo ao realizar um atentado a tiros contra o Papa João Paulo II, em plena Praça São Pedro, no Vaticano.

Ali Agca

No último dia 6 de setembro, o Brasil ficou chocado com o atentado à faca, em plena via pública, que por muito pouco não matou Jair Bolsonaro.

BOL JUIZ DE FORA  06/09/2018  NACIONAL EXCLUSIVO EMBARGADO  BOLSONARO  CAMPANHA ELEITORAL O candidato à presidência da república pelo PSL , Jair Bolsonaro ( de camiseta amarela) é carregado nas costas por militantes durante ato político no Parque Half

Calma, não estou comparando Bolsonaro ao Papa João Paulo II.  Mas os dois crimes bárbaros podem ter muito mais coisas em comum do que se possa imaginar.

Moscou estava incomodada com as declarações que o Papa vinha fazendo em favor do Sindicato Solidariedade, comandado por Lech Valessa, que sacudia a Polônia. As manifestações do Pontífice atingiam a autoridade dos soviéticos, que vinham sendo desafiados por Lech Valessa.  Em dado momento, o Papa João Paulo II chegou a cogitar a renúncia ao papado para voltar à Polônia e agir pessoalmente em defesa da liberdade de seu povo.

Desde o início a cúpula do PC soviético via como solução ideal a morte de João Paulo II. A preocupação era que ninguém suspeitasse quem estaria por trás do ato que chocaria a humanidade.

O serviço secreto de um dos países satélites, a Bulgária, tinha os contatos necessários com uma célula muçulmana. Foi o caminho para recrutar o assassino. Seu nome era Ali Agca.

Ali Agca era apenas mais um fanático, usado como instrumento para a solução de um problema político. Sequer tinha ideia a serviço de quem estava.

 

 

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Voltamos ao presente. Há um risco enorme para setores muito bem identificados com a possível vitória de Jair Bolsonaro.

Um ex presidente preso, a Operação Lava Jato com ainda muito a apurar, no mínimo duas indicações de ministros do STF a serem feitas pelo próximo presidente.

Temos juízes com disposição para punir corruptos com o rigor da lei,  delatores importantes como Antonio Palocci e outros ainda, dispostos a falar.

Receita completa para a desgraça de muitos corruptos.

Um candidato eleito, disposto a incentivar e liberar os meios para que avancem as investigações que ainda faltam, tudo isso somado,  avalie-se o minúsculo tamanho de Adélio Bispo em toda esta trama.

O candidato Bolsonaro, detentor de maciço apoio popular, fazendo campanha a um custo irrisório comparado aos gastos multimilionários de seus principais concorrentes, sem a estrutura de marqueteiros pagos a peso de ouro, sem rabo preso, garantindo,se eleito, o fim do toma lá dá cá de compra de parlamentares e partidos à base de cargos, ministérios e estatais.

Recusou contribuições financeiras e ofertas de empréstimo de jatinhos particulares para seus deslocamentos. Ninguém nunca viu isso acontecer antes.

Antecipou que, eleito, abrirá caixas pretas como a do BNDES e seus empréstimos bilionários. Deixou clara disposição de combater a criminalidade em todos os níveis. E, supremo desaforo: promete rever a generosa publicidade governamental que sempre irrigou veículos mais amistosos.

Mortes suspeitas já aconteceram no Brasil. De Celso Daniel e Toninho do PT e testemunhas importantes destes casos, às mortes Teori Zavaski e Eduardo Campos. Várias teorias de conspiração circulam à respeito.

Assim, muito conveniente o surgimento de um fanático, ex filiado ao PSOL, que demonstrava estar disposto ir as últimas consequências para liquidar alguém cujo pecado é possuir convicções ideológicas opostas às suas.

A saída de Bolsonaro do jogo eleitoral seria a solução que traria de volta o sono de muita gente. Sem falar que sua eliminação traria até a possibilidade de eleger o candidato preferido dos alvos da lei.

O atentado foi planejado com muita antecipação. Aguardou-se que não fosse necessário, caso o alvo caísse nas pesquisas naturalmente. Como tal fato não aconteceu, foi levado a efeito.

Obviamente Adélio Bispo de Oliveira contou com auxílio. É improvável que tenha agido sozinho. A lógica indica que ele foi o braço armado de uma conspiração sem ter sequer noção do quanto foi usado.

A presença de outros “paus mandados” gravitando a seu redor no momento do atentado, a pronta intervenção de muitos defensores, as vaquinhas para juntar dinheiro de uma eventual fiança. Tudo bem organizado e rápido.

A tese de que seria “doente mental”, que cometeu o crime “a mando de Deus” foi abraçada imediatamente pela grande imprensa e oferecida à opinião pública.

Como Adélio arcava com os custos de viagens e hospedagens? Para que quatro celulares? Como pode adquirir um laptop caro?

Sua antiga vinculação ao PSOL, absolutamente sem chances na corrida eleitoral, veio tão a calhar como sua disposição ao cometimento do crime.

Morto o líder das pesquisas, tudo voltaria ao normal em semanas, imaginavam, tal e qual ocorreu em 2014, após a morte de Eduardo Campos.

O azar dos conspiradores, é que o alvo, milagrosamente, não morreu. E o que era ruim para eles, agora ficou pior.

Agora, Bolsonaro, que tinha grandes chances de ser eleito, tem a vitória ainda mais próxima.

Esta história irá longe. Pode apostar.

 

 

ESTÁ NA CARA

5 de junho de 2018

Os caminhoneiros pararam por onze dias e fizeram o governo recuar na política de preços dos combustíveis.

Isso representa uma reversão no discurso de recuperação econômica, que vinha mantendo a sustentação do governo junto ao empresariado.

A greve foi motivada pela política de preços da Petrobras, mas não foi só isso.

As pessoas estão descrentes, a vida cada vez mais difícil. É o mesmo grito de indignação que se pode ver diariamente através das redes sociais.

A esquerda perdeu para as redes sua reconhecida capacidade de fazer mobilizações.

Os caminhoneiros, como várias outras categorias, estão sofrendo as consequências da gastança e roubalheira vistas nos anos Lula/Dilma.

O apoio inicial dado à greve mostrou nossas fragilidades. Nunca se imaginou que pudesse ser tão fácil e rápido parar o país.

A falta de autoridade do governo, divorciado da chapa que o elegeu, os eleitores de Dilma, e da maioria daqueles que lutaram a favor do impeachment da ex- presidente, quase cria um impasse a quatro meses das eleições.

O pavor de setores da esquerda e seus aliados, é que o candidato que mais se encaixa no perfil desejado pela população indignada é o de Jair Bolsonaro.  Ele foi ouvido de forma espontânea durante a greve. Deu seu apoio inicial, mas depois que o recado estava dado, pediu o fim dos bloqueios, antes das consequências maiores do desabastecimento. Concedeu entrevistas onde arrefeceu os ímpetos dos que pregavam uma intervenção militar:  “Se tiver de voltar, que seja pelo voto. Aí vem com legitimidade e não dá espaço para o PT dizer que foi golpe. Querem tirar o Temer? A eleição está chegando, faltam menos de cinco meses”, completou.

O clima do movimento grevista de agora foi o mesmo que levou às manifestações de junho de 2013. É um grito de “Chega!”.

A decepção com a esquerda e a ausência uma de candidatura de centro minimamente viável, tornam os problemas expostos pela insatisfação popular um caminho pavimentado para a candidatura Bolsonaro.

Os demais nomes até agora apontados estão longe de empolgar o eleitor. Mesmo aleatoriamente, em meio às grandes expressões nacionais, é quase impossível apontar um nome que possa rivalizar com os índices de Jair Bolsonaro.

Nomes ligados ao atual governo e seus aliados, estão praticamente inviabilizados. Geraldo Alckimin não tem conseguido empolgar e é difícil que isso ocorra. As candidaturas ligadas ao PT ou às pré-candidaturas de Ciro Gomes (PDT), Guilherme Boulos (PSOL) ou Manuela D’Ávila (PCdoB), não parecem minimamente robustas para acalentar qualquer expectativa sucesso. Afinal, como bem ensinava o sábio Barão de Itararé: “De onde menos se espera, daí mesmo é que não sai nada”.

Bolsonaro continuará sendo o alvo preferido das críticas da imprensa engajada, estará na mira da fuzilaria de todos os adversários, que não tem nada a perder ao ataca-lo de todas as formas que conseguirem. Porém, isso é tão acintoso, que poderá até beneficiá-lo.

Se não acontecer algo de muito sério, já sabe quem será o futuro presidente.

Nunca foi tão claro.

A MAIOR FAÇANHA DO PT

17 de abril de 2018

Durante anos no Brasil, foi moda ser petista. O pessoal “descolado” achava legal ser esquerdista e depois de 1979, petista.

Atravessamos décadas onde, admitir-se “de  direita”, era o mesmo que declarar-se extraterrestre.  O trabalho de isolamento promovido pela esquerda funcionou muito bem. A maioria dos conservadores, por puro medo, ou na melhor das hipóteses, desconhecimento, ficava calada.

Equiparados durante anos neste país a palavrões, as posições “conservador”, “direita” ou “liberal”, voltaram a ser admitidas com naturalidade, apesar de ainda haver patrulha de vários dinossauros.

Pois e não é que foi o próprio PT, do alto de sua arrogância e corrupção, que conseguiu a façanha de ressuscitar o conservadorismo e a direita no Brasil? Coincidentemente, tomou-se conhecimento dos escândalos e da roubalheira dos criminosos exatamente quando o mundo ocidental parece ter acordado para o lado ideológico racional.

Confesso, e quem me conhece sabe disso, que durante anos fui abertamente minoria, por nunca ter sido enganado pela síndrome esquerdista que assolou este país. Jamais poderei deixar de lembrar que até bem pouco tempo, quase todos os partidos existentes entre nós queriam estar associados e tirar proveito dos governos corruptos comandados pelo PT. Felizmente, dentro de minhas limitações, sempre pertenci a um grupo de bravos companheiros que jamais se dobraram a este lado escuro da força, mesmo nos piores momentos de isolamento político.

A parte tragicômica é que agora surgiram por aí uns novatos, que portam-se estrategicamente tal e qual o PT fazia no passado. Agem como se o mundo tivesse começado quando eles nasceram. Só eles são os sabidos, os corretos, os honestos. A mesma ladainha que o PT usava desde seu surgimento, apesar de apresentarem-se em espectro contrário.

Vamos ver nas próximas eleições, com o batismo de fogo, o que sucederá com estes debutantes que anunciam que nada presta, só eles. Enquanto isso não acontece, eles não hesitam em atacar à sorrelfa, mesmo os que pertencem ao seu mesmo lado ideológico, mas que não pretendem se submeter a seu comando. Espera-se que eles aprendam logo que um pouco de humildade não faz mal a ninguém, antes que provoquem maiores estragos.

Porque apesar da prisão do inimigo público número treze, o ano será agitadíssimo.

Para os remanescentes do grupo que vem saqueando o país nos últimos anos, a pior ameaça seria a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República. Os ataques virão contra ele. A divisão da centro direita é a coisa mais primária que acontecerá, possibilitando até o sucesso dos representantes do atraso, dos quais  parece que nos livramos. Parece.

Além do “fogo amigo”, que de amigo não tem nada, é nítida também a má vontade com que determinados setores da imprensa, sabidamente simpáticos à esquerda, referem-se ao candidato.

Menos mal que as manobras são tão torpes, que podem ter efeito oposto. Podem consolidar sua imagem como a de alguém que está contra o sistema em vigor. E está mesmo.

Dos nomes até agora oferecidos, parece ser o único com disposição para romper com práticas nocivas, como o loteamento do governo.

 Essa novela irá longe.

artigo publicado no jornal “Folha de Cachoeirinha”, na terça feira, 17.04.18

O PLANO DE GOVERNO DE BOLSONARO

27 de fevereiro de 2018

Moradores de Hamamatso, no Japão, foram surpreendidos no último domingo com a chegada de Jair Bolsonaro a estação de trens da cidade.

 

A comitiva foi recebida aos gritos de “mito” por uma multidão, para o espanto dos locais, que não entendiam o que estava acontecendo.

 

Após se encontrar com o cônsul brasileiro em Hamamatsu,  a cidade com a maior concentração de brasileiros no Japão e tirar foto com os fãs, Bolsonaro palestrou para 350 pessoas no restaurante Servitu.

 

A viagem foi organizada pelo deputado Onyx Lorenzoni. A comitiva visitará também a Coreia do Sul e Taiwan. Sem custo para a Câmara, a viagem tem por objetivo conhecer experiências destes países nas áreas de educação e tecnologia. 

 

– A proposta da viagem foi minha.  Bolsonaro aceitou e me encarregou de organizá-la.  Essa decisão foi tomada no final de novembro , após a ida dele aos Estados Unidos – explicou o deputado gaúcho.

Amigo do deputado Bolsonaro desde quando chegou à Câmara, Onyx é um dos coordenadores do programa de governo e de um grupo de apoio a Bolsonaro.

O economista Paulo Guedes, possível ministro da Fazenda caso Bolsonaro ganhe a eleição, trabalha na elaboração de um plano de governo que prevê um programa de concessões e privatizações capazes de arrecadar cerca de R$ 700 bilhões. Com isso seria possível reduzir a dívida e repassar dinheiro a Estados e municípios para investir no básico, saúde, educação e segurança. Prevê também uma reforma da Previdência, inspirada no modelo chileno, com regime de capitalização em conta individual, redução dos encargos sociais e trabalhistas.

Mas o ponto alto será a municipalização.  Uma mudança completa no sistema de distribuição da arrecadação, que passará de forma descentralizada aos Estados e municípios, sem a concentração do poder em Brasília, o que diminuiria imediatamente o toma lá dá cá e a compra de apoios fisiológicos no Congresso. Dois coelhos com uma tacada: aumentaria a base de apoio sem as negociações costumeiras.

Os ministérios seriam em torno de quinze e possivelmente anunciados durante a campanha, assim como o Plano de Governo, elaborado conjuntamente.

Em entrevista ao Valor Econômico, Paulo Guedes revelou que havia sugerido o nome do empresário Flávio Rocha para vice da chapa presidencial. Porém o nome será definido mais adiante, levando em conta a situação eleitoral no Nordeste.

Sobre este assunto, também manifestou-se o deputado Onyx Lorenzoni:

. – Penso que o vice deverá ser alguém do Norte ou Nordeste, ou uma mulher com destaque na área de educação ou saúde, mas são reflexões por enquanto.

Indagado, o deputado negou que possa integrar a chapa como vice. Onyx ainda não decidiu se concorrerá à reeleição ou disputará o Palácio Piratini.

O retorno da comitiva está previsto para o dia 4 de março.