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NO MOMENTO, NÃO HÁ CLIMA

6 de fevereiro de 2018

 A estratégia de classificar como “golpe” todas as decisões judiciais que não lhe agradassem, de desqualificar o juiz Sergio Moro, de amedrontar o Judiciário, o sonho de um resultado de 2 x 1 no TRF 4, que possibilitaria amenizar a condenação e jogar para a frente com recursos cujas apreciações não ocorreriam antes do registro de sua candidatura, foram para o espaço. Definitivamente, a tática de desacatar a Justiça não deu certo.

A advertência da presidente do STF, ministra Carmen Lúcia foi claríssima. Alto lá!

O resultado no TRF4, absolutamente desfavorável para Lula, mais a intervenção de Carmem Lúcia, tiveram como efeito arrefecer o movimento escancarado de alguns de seus colegas para alterar a regra da prisão após condenação por órgão colegiado em segunda instância.

O clima mudou. Parece que por ora estamos livres do casuísmo explícito.

Porém, em setembro Dias Toffoli assume a presidência do STF. Voltando a questão à pauta de votação só lá, possivelmente será tarde demais. Se tudo andar normalmente, é bem possível que até então, com o julgamento dos embargos declaratórios concluído, Lula já tenha passado como hóspede pelo complexo penal de Pinhais.

Sem mencionar os demais processos que responde, que seguem andando. O do tríplex era um dos mais leves. Em dado momento, seu defensor chegou a argumentar: “O ex- presidente Lula jamais chegou sequer a dormir uma única noite nesse apartamento!”. Fiquei até surpreso. Pensei com meus botões: “O que ele vai dizer então em relação ao sítio?” – cujo laudo de perícia, que pulula na Internet, além de pertences e objetos pessoais, traz até mesmo imagens de medicamentos manipulados com o nome do paciente?

Enfim, a prisão de Lula ao final do exame dos embargos será uma etapa importante, para demonstração cabal da inexistência de nenhum vestígio de agitação ou do imaginário “exército do Stédile”, ou de militantes sindicais.

Espera-se que quando for posta em votação pela terceira, vez a questão da prisão em segunda instância, mesmo que sobrevenha a pior hipótese, aquela que altera a situação atual, Lula já tenha sido hóspede da prisão em Curitiba.

Se isto acontecer, em que pese o STF venha desmoralizando as punições aplicadas a criminosos, seja com prisões domiciliares, relaxamentos, habeas corpus, que interprete e reinterprete a Constituição ao sabor dos acontecimentos do dia, será tarde demais.

Por fim, Gilmar Mendes quer que a Polícia Federal identifique e puna os passageiros que o vaiaram em um vôo de carreira.

Não seria melhor a PF explicar a Gilmar o motivo das vaias?

ADORO A LAVA JATO

23 de janeiro de 2018

Longe da ira da população – “consta que a cúpula nacional do PT reservou para encontrar-se nesta terça feira, um discreto restaurante que opera em uma antiga fazenda no distante bairro de Itapuã, a uma hora do centro de Porto Alegre”.

Afinal está chegando o momento tão aguardado. O primeiro julgamento de Lula em segunda instância vai parar o Brasil.

Estranha estratégia escolhida pelo PT. A de xingar a tudo e a todos, inclusive o Judiciário.

Claro que eles sabem que o Judiciário não tem medo deles. E sabem que os votos dos desembargadores já estão formados e prontos bastante tempo antes da sessão que acontecerá quarta feira. Então, por que a opção por atacar os poderes constituídos? Porque só um milagre salvará Lula da confirmação da sentença do juiz Sérgio Moro. Assim, batendo de frente com os desembargadores, eles poderão fazer de conta para os incautos que o resultado que o TRF4 proferirá seria em represália ao maior criminoso público de todos os tempos.

Porém, que ninguém subestime o criminoso que está sendo julgado! Lula tem cerca de 30% dos votos.

Por mais que leigos afirmem desconfiar dos números, todos os institutos de pesquisa os confirmam. São reais.

Pior ainda. Teremos um número recorde de abstenções na eleições de outubro. A cada pleito o número de pessoas que não comparecem as seções eleitorais no primeiro domingo de outubro vem aumentado. E o próximo aum,etará ainda mais. Como até agora, a cada pleito, este número já é muito significativo, algo como 20 a 30%, somados a um mínimo de 10% de votos nulos mais 10% de brancos, só aí, cerca de 50% do eleitorado optariam por não escolher o sucessor do vice de Dilma.

Desta forma, os 30% de votos consolidados de Lula automaticamente podem significar 50% dos votos válidos. Sim, estou afirmando que o réu em julgamento poderia até ser eleito em primeiro turno, se a eleição fosse hoje.

Isso preocupa enormemente, no momento em que veem-se pessoas cultas e bem informadas afirmando sem nenhuma básica fática que “Lula está morto” eleitoralmente. Não está!

Está vivíssimo e corremos perigo iminente de nos tornarmos uma nova Venezuela.

Sim, porque se eleito, a única forma de salvar a si e seus companheiros, será atropelar a Constituição ainda mais do que ele e seu poste já fizeram (como quando enviaram seu dinheiro, leitor, para países do Foro de São Paulo sem autorização do Congresso).

Surpreende ainda a editora de um grande jornal aqui do RS, na edição do fim de semana, aparentar surpresa com “milhares de comunicações”, que, segundo ela, “nos chegam dizendo estarem fartos da Lava Jato”.

São eleitores cúmplices de Lula, é claro.

Duvido que alguém com dois neurônios, que compreenda o que está se passando atualmente no Brasil, esteja “farto” da Lava Jato, que está literalmente fazendo uma faxina.

Por fim, consta que a cúpula nacional do PT reservou para encontrar-se nesta terça feira, um discreto restaurante que opera em uma antiga fazenda no distante bairro de Itapuã, a uma hora do centro de Porto Alegre. Imagine se eles irão se arriscar a serem vistos em locais abertos!

É bem provável que eles estejam lá agora, na moita, enquanto você está lendo essas linhas.  

COITADINHO

23 de agosto de 2017

 

Na última sexta-feira o juiz Sergio Moro rejeitou um pedido da defesa de Lula para adiar o depoimento marcado para o próximo dia 13 de setembro.

Moro havia oferecido a possibilidade de ouvir o ex presidente por vídeo conferência, para evitar os custos com segurança e o transtorno causado pela presença de Lula na capital paranaense, mas a defesa do réu recusou a oferta alegando que ele faz questão de depor diante do juiz.

 

Depois, seus defensores entraram com o pedido de adiamento. Para Moro, o pedido da defesa, de suspensão dos interrogatórios, “carece de qualquer base legal”. A defesa alegava precisar de mais tempo para analisar documentos anexados ao processo pelo MPF.

 

Neste processo Lula é acusado de receber 12 milhões de reais em propinas da Odebrecht, na forma de um terreno em São Paulo para ser a sede do Instituto Lula e do segundo apartamento, vizinho ao seu, no prédio em que mora, em São Bernardo.

A negativa do recurso da defesa de Lula é mais uma na coleção de recursos negados em várias instâncias legais.

Ainda na terça feira, dia 25 de julho, o Tribunal Regional Federal em Porto Alegre, que julgará os processos de Lula em segunda instância, manteve o bloqueio dos bens do réu Lula, já condenado por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá.

Foram sequestrados por determinação do Juiz Sergio Moro cerca de R$ 10 milhões em planos de previdência, além de apartamentos e veículos.

Aí entrou em cena uma nova personagem. A milionária Roberta Luchsinger, neta do suíço Peter Paul Arnold Luchsinger, ao que consta grande acionista de um banco suiço, anunciou ao público uma doação de  R$500 mil, mais joias e objetos de valor a Lula. Para que ele possa suprir suas necessidades básicas ante a falta dos recursos sequestrados, alega a doadora.

Consta que Roberta pretende candidatar-se a deputada em 2018 pelo PCdoB. Resta saber se ela declarará a doação a Lula como publicidade da candidatura da milionária comunista.

Aparece cada uma …

ESTÁ CHEGANDO A HORA!

27 de junho de 2017

Há qualquer momento deverá sair a sentença da primeira condenação criminal de Lula.

Estima-se que ele poderá pegar mais de 20 anos de cadeia no primeiro dos vários processos criminais nos quais é réu. Cerca de 10 anos por lavagem de dinheiro e 12 por corrupção passiva.

De um total de R$ 87,6 milhões destinados a Lula somente da fonte OAS, R$ 3,7 milhões são referentes ao apartamento, incluindo aí o preço do imóvel mais as extensas obras para adequá-lo aos rigorosos padrões de sua família.

As provas documentais e testemunhais demonstram claramente que Lula ocultou a propriedade do bem. O que explica o papel desempenhado por sua defesa, que a todo o momento ocupou-se de provocar o juiz encarregado do processo. Seja tumultuando as audiências, dando declarações no mínimo desrespeitosas ou tentando transformar o réu como perseguido político. Nada mais do que o folclórico “jus-esperniandi”, o direito de espernear,  ante a falta de argumentos legais.

Segundo o MPF, a defesa do ex-presidente usa de recursos eticamente duvidosos para atacar. Quer transformar um julgamento de crimes por corrupção em julgamento político, afirmam os procuradores.

Léo Pinheiro, o dono da OAS, afirmou em juízo que o imóvel sempre foi de Lula. “O tríplex nunca foi posto à venda e as reformas foram executadas seguindo orientações dos proprietários, o ex-presidente Lula e sua esposa”.

O advogado do dono da empreiteira, José Luiz Oliveira Lima, esclarece na defesa de seu cliente, que os valores relativos ao tríplex eram descontados na contabilidade da propina relativa às obras da Petrobrás paga pela empresa ao PT. Tudo com a concordância de Lula.

A última sacada do advogado de Lula, Cristiano Martins Zanin, foi dizer que o imóvel pertenceria a Caixa. O órgão esclareceu que o imóvel foi dado pela OAS como garantia de uma operação de debêntures com financiamento da Caixa, mas o imóvel continua sendo da empreiteira.

O fato é que as baterias da defesa de Lula contra o juiz Sérgio Moro são mero jogo de cena.

Tanto é assim, que na segunda instância, que revisa as decisões do juiz Moro, o Tribunal Regional Federal da 4.a Região sediado em Porto Alegre, a maioria das penas de sentenciadas por Moro tem sido até aumentadas. O exemplo mais recente aconteceu na quarta-feira, 21 de junho.

No processo onde figura como réu Gerson Almada, da Engevix, que sob Moro teve uma pena de 19 anos, saiu do TRF da 4.a Região com uma pena de 34 anos e vinte dias de reclusão.

Portanto, fique tranquilo, Lula. A justiça será feita.

O que é seu está guardado.

          Enio Meneghetti

 

INIMIGO  PÚBLICO N.o 1

6 de junho de 2017

  

            O MPF pediu em alegações finais, na última sexta-feira, a prisão em regime fechado de Lula e o pagamento de 87,6 milhões de reais por danos causado à Petrobras. Trata-se da mesma ação penal do caso triplex. Nela, Lula é acusado de lavagem de dinheiro e corrupção pela força-tarefa da Lava Jato, que lhe atribui o papel de comandante máximo do esquema criminoso.

            Ao tomar conhecimento da peça do MPF, Lula declarou:

“Hoje fiquei sabendo que o Ministério Público pediu minha prisão, minha condenação, não sei o porquê. Em qualquer lugar do mundo, para você ser condenado e até indiciado, tem que ter prova. Aqui no Brasil, se não tem prova tem que prender mesmo, porque não precisa mais de prova. Eu tenho uma história neste país. (…) Não tenho desafiado a Justiça, o Ministério Público, até porque o Ministério Público é uma instituição que respeito, o que tenho é contra as meninices dos procuradores da Lava Jato.” – proclamou o réu, em evento no fim de semana.

O MPF juntou documentos que mostram que o tríplex jamais foi colocado à venda pela OAS por pertencer à família do presidente. Os procuradores também destacam que Leo Pinheiro, a pedido de Lula, visitou o tríplex com o ex-presidente e a esposa dele, quando diversas modificações foram solicitadas pelo casal. Na agenda de Leo Pinheiro, estão registradas as reuniões com o ex-presidente, inclusive na residência de Lula, para finalizar projetos, como o da cozinha. Os procuradores alegam que esconder que Lula é o proprietário do imóvel, configura crime. Argumentar que não existe escritura assinada pelo réu Lula é a confirmação do crime de lavagem de dinheiro. Embora sejam crimes de difícil prova, isso deve-se a profissionalização das práticas e dos cuidados empregados pelos réus, afirmam os procuradores. Daí o uso de apelidos e códigos em conversas telefônicas e via internet, ou nos registros das atividades ilícitas.

Mesmo assim, as provas documentais, testemunhais e periciais, são abundantes. Dados bancários e fiscais dos réus, fotos e mensagens de celular, mensagens de e-mail, registros de ligações telefônicas e de reuniões e contratos apreendidos nas residências dos réus, entre vários outros elementos de prova.

Segundo a denúncia, o benefício recebido por Lula, nesta ação penal, foi de R$ 3,7 milhões, correspondente ao triplex e ao armazenamento dos bens retirados das dependências da presidência da República, armazenados de 2011 a 2016. Tal valor teria sido pago em contrapartida a R$ 87 milhões de corrupção em favor da OAS entre 2006 até 2012. As alegações finais do MPF tem 334 páginas.

O réu diretamente e através de sua defesa, nega as acusações.

Não há prazo definido para uma decisão do juiz Sérgio Moro. Mas estima-se que a sentença deve sair logo.

Além disso, ao que tudo indica, em breve a competente (e certamente dispendiosa) defesa de Lula terá muito mais trabalho. Isto é o que se deduz pelas noticias do avanço das tratativas de Antonio Palocci e agora também de Guido Mantega, de fazerem respectivos acordos de delação premiada.

Será um Deus nos acuda.

O PAVOR MAL COMEÇOU

25 de abril de 2017

 

                             As revelações de Emílio Odebrecht foram apenas parte do estrago. As delações dos dirigentes das outras empreiteiras trarão mais destruição.

                            Depois do patético depoimento em que o capo Emílio Odebrecht, sem demonstrar o mínimo arrependimento, com ar superior, em uma performance teatral, tentou dar ares de normalidade à corrupção alimentada por ele, sua empresa será para sempre lembrada como sinônimo de corrupção. Desculpas como “geração de empregos” jamais poderão servir para a manutenção das atividades de uma empresa movida à base de corrupção. Emílio buscou situar a corrupção no tempo. “O que nós temos no Brasil não é de cinco, dez anos. Tudo que está acontecendo era um negócio institucionalizado, normal”. Absurdo.

                            Em outro depoimento devastador, Léo Pinheiro revelou a Sérgio Moro que Lula chegou a lhe determinar que destruísse provas sobre a real propriedade do famoso triplex do Guarujá. O empreiteiro contou que em um encontro, Lula lhe indagou: “Léo, você fez algum pagamento a João Vaccari no exterior?”. Ele respondeu: “Não, presidente, nunca fiz pagamento dessas contas que nós temos com Vaccari no exterior”.   Lula: “Como você está fazendo esses pagamentos para o PT?”.  Léo respondeu: “Através das orientações do João Vaccari. Do caixa dois, de doações diversas que nós fizemos a diretórios e tal”. Veio a ordem de Lula: “Você tem algum registro de algum encontro de contas feitas com João Vaccari…? Se tiver, destrua”.

                          Léo Pinheiro deixou claro em seu depoimento que o tríplex sempre foi da família Lula, além de trazer uma nova acusação: destruição de provas. Isso também dá cadeia.

                          Em seguida foi Antônio Palocci que colocou-se à disposição para delatar. Sua família vem pressionando para que ele possa abrir o jogo. Palocci sabe muito. Foi ministro da Fazenda de Lula, Chefe da Casa Civil de Dilma. É o “Italiano” das planilhas de propinas da Odebrecht.

                          Manifestou publicamente sua intenção. “Encerro aqui e fico à sua disposição”, disse ao juiz  Sérgio Moro. “Hoje e em outros momentos, porque todos os nomes e situações que eu optei por não falar aqui, por sensibilidade da informação, estão à sua disposição no dia que o senhor quiser. Se o sr. estiver com a agenda muito ocupada, à pessoa que o Sr. determinar, eu imediatamente apresento todos os fatos com nomes, endereços, operações realizadas e coisas que vão ser certamente do interesse da Lava Jato. Acredito que posso dar um caminho, que talvez vá dar um ano de trabalho, mas é um trabalho que faz bem ao Brasil”.

                         Chegou a hora fatal. Quem ainda tem algo a delatar, com provas, deve correr, antes que suas condenações sejam irreversíveis. É o caso de Palocci. Quem optar por não delatar terminará como Marcos Valério, com muitos anos de cadeia para cumprir.

                        Lula não tem essa opção. A quem ele delataria? A Hugo Chavez?

                        A jararaca virou vítima do próprio veneno.

OS ESPERTINHOS

7 de março de 2017

                    O juiz Sérgio Moro interrogará  Lula dia 3 de maio, às 14 horas, na Justiça Federal em Curitiba.

                    Serão os momentos finais da ação penal que investiga a propriedade do triplex do Edifício Solaris, no Guarujá, a acusação de lavagem de dinheiro e os aluguéis milionários pagos para a guarda dos bens presidenciais.

Lula será o último réu a ser interrogado. Antes dele, entre 26 e 28 de abril serão ouvidos os réusLeo Pinheiro, Agenor Medeiros, Paulo Gordilho, Fábio Yonamine e Roberto Moreira Ferreira, da OAS e Paulo Okamoto, presidente do Instituto Lula.

Depois, somente eventuais novas diligências, se forem necessárias,  e as alegações finais da defesa e do Ministério Público.  Então o juiz Sérgio Moro poderá emitir a sentença que definirá se Lula é culpado ou inocente nessa ação penal. Ele é réu em outras quatro.

A chapa está esquentando.

Enquanto isso, em seu depoimento ao TSE, Marcelo Odebrecht contava que em um encontro com Dilma no México, teria avisado que pagamentos feitos a João Santana estavam ‘contaminados’, pois as offshores utilizadas foram as mesmas usadas para pagamento de propina. O valor acertado para a campanha que reelegeu Dilma foi de R$ 150 milhões. Deste total, segundo Marcelo, R$ 50 milhões eram retribuição pela aprovação da Medida Provisória do Refis, em 2009, que beneficiava a Braskem, empresa controlada pela Odebrecht.

Dilma, “a santinha”, ficou furiosa com a revelação e disse que é tudo mentira.

A semana teve mais. O ex-presidente da Odebrecht Ambiental  Fernando Reis, também em depoimento ao TSE, disse que a empreiteira pagou 4 milhões de reais para comprar o apoio do PDT à chapa que reelegeu Dilma.

 

A inclusão do PDT no rol dos recebedores de propina é um balde d’água fria nos espertinhos que tentam escapar do desgaste migrando do PT para o PDT, como Jairo Jorge e Bordignon.

Parece que não seriam os únicos… Olho neles!

 

Enio Meneghetti

O GOLDEN BOY DE LULA E DILMA

31 de janeiro de 2017

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                 A semana começou fervendo.  A Ministra Carmen Lúcia homologou as delações premiadas da Odebrecht. Permanecerão ainda sob sigilo, mas o PGR Rodrigo Janot deverá pedir logo a liberação dos conteúdos.

                  O outro fato quente foi o retorno de Eike Batista. Direto para o cárcere. Tudo indica que o outrora “homem mais rico do Brasil”, com fortuna estimada em US$ 34,5 bilhões, paparicado, invejado e apresentado por Lula e Dilma como exemplo de capitalista, voltou para negociar seu acordo de delação premiada.

                Sérgio Cabral e Eike Batista travam uma corrida pela delação. Não há espaço para os dois como delatores neste inquérito. Com o retorno, Eike larga na frente. Se fechar o acordo, a  delação premiada de Marcelo Odebrecht tem tudo para parecer historia de ninar crianças.

                Sem curso superior, Eike ocupará uma cela comum. Acostumado desde menino a ambientes climatizados e seleta companhia, quanto tempo ele aguentará em uma cela, num beliche de concreto e apenas um ventilador para dar conta do verão carioca?

                As relações incestuosas entre Eike e os governos Lula e Dilma tiveram uma boa indicação nos vídeos de you tube que rechearam as redes sociais durante o último fim de semana. Contém discursos patéticos, de uma falsidade constrangedora, onde Lula, Dilma e Cabral exaltam o dono do grupo EBX como um Rei Midas, um modelo de empreendedor de sucesso, num imaginário Brasil sem pobreza.

               Um enredo de fraude, corrupção e favorecimento recíproco.

               No mega esquema em que Eike Batista e a turma de Sergio Cabral são acusados, foram lavados pelo menos US$ 100 milhões.  Ora, quem também tem de dar explicações são Lula e Dilma. Grande parte deste dinheiro veio de mega-obras superfaturadas do PAC.

                Igualmente, quem ajudou para que o Grupo X conseguisse pegar R$ 10 bilhões no BNDES?

             O advogado que negocia a possível delação de Cabral é o mesmo de Fernando Baiano, operador de Eike. Que pagou 3 milhões de reais para que Lula e José Carlos Bumlai o ajudassem junto à Sete Brasil, para entrar em um negócio que envolvia 28 navios-sonda da Sete.

             Sim, só esquemas megalomaníacos.

             Que seja logo escolhido o novo relator da Lava Jato no STF. Que o caso seja sorteado entre os dez ministros que compõe o plenário da Corte. Porque, se o sorteio for realizado somente entre os membros da segunda turma, há uns 50% de chances de a relatoria cair em mãos erradas. Espera-se que isso não ocorra.

              O Brasil inteiro está olhando.

              Enio Meneghetti

A MÃE DE TODAS AS DELAÇÕES!

24 de janeiro de 2017

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   Um dos espantos a partir do fato mais importante da semana, o acidente no qual perdeu a vida o Ministro Teori Zavascki, é a ingênua (ou esperta?) lembrança do nome de Sérgio Moro para ocupar a vaga aberta no STF.

           Se isto acontecesse, em primeiro lugar, Sergio Moro não poderia julgar os eventuais recursos da Lava Jato, por já ter atuado nos mesmos na fase de primeira instância. Em segundo lugar, até que seu eventual substituto em Curitiba tomasse pé das entranhas dos volumosos processos que lá correm, o atraso seria inevitável.

           Sem dúvida, seria uma jogada de mestre para beneficiar os corruptos uma nomeação de Sérgio Moro para o STF neste momento. Se ocorrer a remota possibilidade da medida ser cogitada, muito provavelmente o próprio juiz Moro se encarregaria de desencorajá-la já na etapa das sondagens.

           Porém, depois da conclusão dos processos da Lava Jato, ele mereceria ser indicado com honras para o mais alto posto da magistratura brasileira.

           O fato, é que a grande dúvida na cabeça dos brasileiros hoje, é se os criminosos conseguirão atrasar ou sabotar a Lava Jato.

           Está se discutindo bastante para as mãos de quem a relatoria dos processos da Lava Jato iriam, no STF. Para o substituto indicado pelo presidente Temer? Para um dos membros da segunda turma? O próprio presidente Michel Temer já deu declarações indicando que passará a decisão à ministra Carmem Lúcia, presidente do STF. Foi uma atitude sábia.

 

Ora, os acordos da Odebrecht devem ser homologados imediatamente. A equipe de Teori Zavascki é composta por juízes auxiliares, advogados e técnicos capacitadíssimos, que trabalharam sem parar durante todo o recesso. Conhecem todos os detalhes dos processos de delação executivos da Odebrecht.

 

Felizmente, há quem defenda esta tese. Mas é preciso mais. O ministro Gilmar Mendes já deu declarações dizendo que a coisa mais urgente agora é a homologação. Mesmo como medida excepcional.

No final de semana surgiram comentários de que haveria a possibilidade de que mesmo antes do fim do recesso do Judiciário, até 31 de janeiro, a presidente do Supremo Tribunal Federal. Carmen Lúcia, poderia tomar a decisão de homologar as delações premiadas dos executivos da empreiteira Odebrecht.

Tomara.

Seria a melhor atitude a tomar. Aplacaria os comentários com suspeitas e palpites sobre as causas do acidente que matou os ocupantes do King Air acidentado em Parati, enquanto não se conhece o laudo da perícia sobre o acidente.

           Afinal, se formos parar para refletir, quando alguém argumentar com você sobre as remotas chances percentuais de acerto em jogos de azar, como loterias, mega sena, etc. , peça-lhe que calcule também a probabilidade percentual de ocorrer um acidente com morte do relator da Lava Jato no STF, às vésperas  da homologação da “mãe de todas as delações”.

A CORRUPÇÃO SERÁ EMPAREDADA

3 de janeiro de 2017

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A Lava Jato terá momentos emocionantes em 2017. As inevitáveis revelações que virão nos depoimentos das delações premiadas dos setenta e sete executivos da Odebrecht, trarão choro e ranger de dentes.

Os detalhes, provas e novas denúncias, serão a sensação do noticiário dentro de bem pouco tempo.

Isso é bom, mas se pode antever uma bem azeitada máquina nos bastidores para tentar sabotar tudo que é feito por procuradores e juízes empenhados em desvendar os tempos de baixaria explícita que atravessamos.

Temos alguns poucos parlamentares que tentam equiparar esse jogo desproporcional. Com remédios como a  implantação das Dez Medidas Contra a Corrupção, que teve o condão de tirar da toca mostrar o atrevimento dos que insistem em preservar a impunidade.

O que podemos fazer para conter a falta de vergonha proporcional ao desespero dos acuados? Acompanhar passo a passo a tentativa de reversão no Senado do conjunto das dez medidas, desfigurado no âmbito da Câmara Federal. O presidente da Comissão Especial, deputado Joaquim Passarinho e o relator das 10 medidas, deputado Onyx Lorenzoni, estão realizando esse trabalho silencioso nos bastidores do Senado Federal.

Chegará o momento decisivo onde a sociedade brasileira, vigilante, poderá usar a força da instantaneidade da comunicação. Que armas dispomos? Com um simples smartphone, pode-se instantaneamente interagir. Registrar a desconformidade e arrefecer o atrevimento dos corruptos. Essa é uma grande diferença entre os tempos que vivemos e iniciativas de combate à corrupção que outrora fracassaram e são constantemente lembradas, como a Operação Mãos Limpas, na Itália.

Se a população continuar mobilizada, o cerco aos corruptos trará resultados. Atualmente, em minutos se forma um ato de protesto. Em poucos dias, massas podem ser motivadas a se manifestarem maciçamente nas ruas. Esses fatos, mais a comunicação imediata com as redes dos corruptos, que sabem que terão dificuldade até para andar em locais públicos, como já tem acontecido, tem peso enorme.

As revelações da Odebrecht multiplicarão o tamanho da Lava Jato. Dos cerca de setenta delatores até agora, a investigação passará a contar com mais 77 executivos da Odebrecht  que terão que entregar informações sobre pagamentos indevidos em cerca de 100 projetos espalhados pelo Brasil e mais 13 países.

Em 2017 os números da operações da PF baterão recordes. Entraremos no auge da apuração do maior escândalo de corrupção da história mundial. Não é pouca coisa. Já se contam 103 prisões temporárias, 79 prisões preventivas, 197 conduções coercitivas, 730 buscas e apreensões. Está sendo pedido o ressarcimento de R$ 38,1 bilhões aos cofres públicos.

 

A população precisará ter foco, paciência, sangue frio, persistência. Haverá de surgir alguém para coordenar os esforços contra as tentativas de acomodação.  O ano de 2016 se foi e 2017 passará velozmente. 2018 será o ano em que, se nada for implantado em matéria de contenção legal ao que estamos assistindo, caberá ao povo fazer a reforma legalmente. Nas urnas.

A bandidagem sabe o que quer. Nós também.

 

Enio Meneghetti