Archive for the ‘Segurança Pública’ Category

ONYX NA GLOBO NEWS: IRRETOCÁVEL

2 de maio de 2019

Entrevistado às 23 horas da noite desta quarta feira, primeiro de maio, na Central da Política Globo News, o Ministro Chefe da Casa Civil, deputado Onyx Lorenzoni, não teve nenhuma dificuldade em responder às tentativas de “saias-justas” que lhe foram colocadas pelos entrevistadores Heraldo Pereira, Waldo Cruz, Cristiana Lobo, Matusa Nery, Julia Duailibi e Gerson Camarotti.

Assista:

QUEM SÃO OS MANDANTES?

10 de setembro de 2018

 

Em maio de 1981 o muçulmano Ali Agca chocou o mundo ao realizar um atentado a tiros contra o Papa João Paulo II, em plena Praça São Pedro, no Vaticano.

Ali Agca

No último dia 6 de setembro, o Brasil ficou chocado com o atentado à faca, em plena via pública, que por muito pouco não matou Jair Bolsonaro.

BOL JUIZ DE FORA  06/09/2018  NACIONAL EXCLUSIVO EMBARGADO  BOLSONARO  CAMPANHA ELEITORAL O candidato à presidência da república pelo PSL , Jair Bolsonaro ( de camiseta amarela) é carregado nas costas por militantes durante ato político no Parque Half

Calma, não estou comparando Bolsonaro ao Papa João Paulo II.  Mas os dois crimes bárbaros podem ter muito mais coisas em comum do que se possa imaginar.

Moscou estava incomodada com as declarações que o Papa vinha fazendo em favor do Sindicato Solidariedade, comandado por Lech Valessa, que sacudia a Polônia. As manifestações do Pontífice atingiam a autoridade dos soviéticos, que vinham sendo desafiados por Lech Valessa.  Em dado momento, o Papa João Paulo II chegou a cogitar a renúncia ao papado para voltar à Polônia e agir pessoalmente em defesa da liberdade de seu povo.

Desde o início a cúpula do PC soviético via como solução ideal a morte de João Paulo II. A preocupação era que ninguém suspeitasse quem estaria por trás do ato que chocaria a humanidade.

O serviço secreto de um dos países satélites, a Bulgária, tinha os contatos necessários com uma célula muçulmana. Foi o caminho para recrutar o assassino. Seu nome era Ali Agca.

Ali Agca era apenas mais um fanático, usado como instrumento para a solução de um problema político. Sequer tinha ideia a serviço de quem estava.

 

 

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Voltamos ao presente. Há um risco enorme para setores muito bem identificados com a possível vitória de Jair Bolsonaro.

Um ex presidente preso, a Operação Lava Jato com ainda muito a apurar, no mínimo duas indicações de ministros do STF a serem feitas pelo próximo presidente.

Temos juízes com disposição para punir corruptos com o rigor da lei,  delatores importantes como Antonio Palocci e outros ainda, dispostos a falar.

Receita completa para a desgraça de muitos corruptos.

Um candidato eleito, disposto a incentivar e liberar os meios para que avancem as investigações que ainda faltam, tudo isso somado,  avalie-se o minúsculo tamanho de Adélio Bispo em toda esta trama.

O candidato Bolsonaro, detentor de maciço apoio popular, fazendo campanha a um custo irrisório comparado aos gastos multimilionários de seus principais concorrentes, sem a estrutura de marqueteiros pagos a peso de ouro, sem rabo preso, garantindo,se eleito, o fim do toma lá dá cá de compra de parlamentares e partidos à base de cargos, ministérios e estatais.

Recusou contribuições financeiras e ofertas de empréstimo de jatinhos particulares para seus deslocamentos. Ninguém nunca viu isso acontecer antes.

Antecipou que, eleito, abrirá caixas pretas como a do BNDES e seus empréstimos bilionários. Deixou clara disposição de combater a criminalidade em todos os níveis. E, supremo desaforo: promete rever a generosa publicidade governamental que sempre irrigou veículos mais amistosos.

Mortes suspeitas já aconteceram no Brasil. De Celso Daniel e Toninho do PT e testemunhas importantes destes casos, às mortes Teori Zavaski e Eduardo Campos. Várias teorias de conspiração circulam à respeito.

Assim, muito conveniente o surgimento de um fanático, ex filiado ao PSOL, que demonstrava estar disposto ir as últimas consequências para liquidar alguém cujo pecado é possuir convicções ideológicas opostas às suas.

A saída de Bolsonaro do jogo eleitoral seria a solução que traria de volta o sono de muita gente. Sem falar que sua eliminação traria até a possibilidade de eleger o candidato preferido dos alvos da lei.

O atentado foi planejado com muita antecipação. Aguardou-se que não fosse necessário, caso o alvo caísse nas pesquisas naturalmente. Como tal fato não aconteceu, foi levado a efeito.

Obviamente Adélio Bispo de Oliveira contou com auxílio. É improvável que tenha agido sozinho. A lógica indica que ele foi o braço armado de uma conspiração sem ter sequer noção do quanto foi usado.

A presença de outros “paus mandados” gravitando a seu redor no momento do atentado, a pronta intervenção de muitos defensores, as vaquinhas para juntar dinheiro de uma eventual fiança. Tudo bem organizado e rápido.

A tese de que seria “doente mental”, que cometeu o crime “a mando de Deus” foi abraçada imediatamente pela grande imprensa e oferecida à opinião pública.

Como Adélio arcava com os custos de viagens e hospedagens? Para que quatro celulares? Como pode adquirir um laptop caro?

Sua antiga vinculação ao PSOL, absolutamente sem chances na corrida eleitoral, veio tão a calhar como sua disposição ao cometimento do crime.

Morto o líder das pesquisas, tudo voltaria ao normal em semanas, imaginavam, tal e qual ocorreu em 2014, após a morte de Eduardo Campos.

O azar dos conspiradores, é que o alvo, milagrosamente, não morreu. E o que era ruim para eles, agora ficou pior.

Agora, Bolsonaro, que tinha grandes chances de ser eleito, tem a vitória ainda mais próxima.

Esta história irá longe. Pode apostar.

 

 

CIVILIDADE X CUMPLICIDADE

17 de julho de 2018

 

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Adeptos de Lula & Cia protocolaram  264 pedidos de habeas corpus em favor de Lula, mesmo depois que a presidente do STJ, Laurita Vaz, negou outras 149 solicitações padronizadas para soltar o apenado.

Não adiantam os processos , as delações, as fotografias, os documentos, provas, as sentenças condenatórias irrepreensíveis. Mesmo com toda a farta comprovação do envolvimento dos governos Lula e Dilma em esquemas de corrupção bilionários, membros da seita continuam a afirmar que Lula é inocente e não tinha conhecimento de coisa alguma.

O grande perigo é que existam pessoas dispostas a sair em defesa – e até votar – em criminosos notórios condenados em duas instâncias, portanto,  inelegíveis conforme a lei.  Mesmo assim, acham que alguém assim possa ser presidente.

Assusta mais ainda quando assistimos tais demonstrações de atropelamento à legislação até mesmo no âmbito do Judiciário.

Magistrados que já serviram ao partido do apenado Lula e a governos seus e de aliados, que foram nomeados por eles, ao invés de declararem-se impedidos, tentam beneficiá-lo fazendo uso de nossa intrincada legislação, repleta de regras que dificultam o cumprimento da essência das leis, onde é comum uma norma contradizer outra.

O STF, que existe para cuidar de questões constitucionais, passou a cuidar de qualquer coisa,  já que nossa Constituição, querendo dar solução para tudo, permite às mais variadas interpretações.

Assim é que temos assistido decisões recentes beneficiando, com a libertação, bandidos e corruptos.

Parece incrível, mas esse tipo de realidade faz com que milhões de pessoas passem horas frente à TV esperando o cumprimento de um mandato judicial.

O problema em si não é a pessoa de Luiz Inácio Lula da Silva. A questão preocupante é que possam existir pessoas que sigam alguém tão cegamente, como em uma seita de fanáticos. Embora não sejam tantos como apregoam, essas criaturas ainda existem em número considerável para fazer barulho, desordem, arruaças na tentativa desesperada de atrair incautos ou criar problemas para quem não aceita a corrupção como forma de governar.

Não se trata de preconceito, mas da constatação de que, em que pese tudo o que já foi revelado e do que ainda falta revelar, exista tal grau de fanatismo.
Nunca antes se viveu, neste país, tempos como os que estamos vivendo.

FOI GOLPE SIM!

10 de julho de 2018

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Filiado ao PT por 20 anos e indicado por Dilma Rousseff para o cargo de desembargador , Rogério Favreto é um exemplo do abuso de poder que alguns integrantes do Judiciário têm capacidade de cometer.

 

A falta de respeito à hierarquia judiciária deixou atônito o país inteiro, mesmo que já nos tenhamos habituado às peripécias praticadas por Toffoli ou Lewandowski.

 

O q​ue ocorreu no TRF-4 foi uma articulação político-partidária cuidadosamente planejada entre deputados e um desembargador e deflagrada no momento exato, aproveitando-se de férias forenses e de um plantão judiciário.

 

Rogério Favreto foi filiado ao PT desde 1991. Quando Tarso Genro se elegeu prefeito de Porto Alegre, designou-o procurador-geral da prefeitura.

 

Depois da derrota do PT nas eleições a prefeito de Porto Alegre em 2004, Favreto foi abrigar-se na Casa Civil do governo Lula.

 

Em 2007, o então Ministro da Justiça, Tarso Genro chamou-o para comandar a Secretaria da Reforma do Judiciário. Até que em 2011, Dilma Rousseff  indicou Favreto como magistrado do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.
O relator da Lava Jato no TRF4, Desembargador João Gebran Neto, deixou bem claro que um magistrado não pode passar por cima de uma decisão de um órgão colegiado, acatada pelos Tribunais superiores.

 

A presidente do STF, Ministra Cármen Lúcia emitiu uma nota onde esclareceu que “a Justiça é impessoal, sendo garantida a todos os brasileiros a segurança jurídica, direito de todos. O Poder Judiciário tem ritos e recursos próprios, que devem ser respeitados. A democracia brasileira é segura e os órgãos judiciários competentes de cada região devem atuar para garantir que a resposta judicial seja oferecida com rapidez e sem quebra da hierarquia, mas com rigor absoluto no cumprimento das normas vigentes”.

 

Supremo deboche, o pedido de soltura veio de três deputados petistas.

 

No final do mês, Michel Temer viaja à Africa do Sul para a reunião dos países que formam os Brics. Rodrigo Maia e Eunício Oliveira não podem assumir a Presidência, pois são candidatos. A terceira na linha de sucessão é a ministra Cármen Lúcia, que assumiria a Presidência da República.

 

 

Seu vice é o ministro Dias Toffoli, que será presidente do Supremo por alguns dias.  Do que ele seria capaz no comando do STF? O que estarão eles planejando?

 

Não se morre de tédio no Brasil.

 

Estamos em meio a um circo de horrores.

 

LEIS QUE SÓ VALEM PARA OS OUTROS

3 de julho de 2018

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Como se sabe, sentindo que a decisão da Segunda Turma do STF seria favor da libertação de Lula, o Ministro Edson Fachin encaminhou o caso ao Plenário do Supremo. Surpreendida, a reação da defesa do criminoso foi requerer a troca do relator. O sorteio colocou o requerimento da defesa nas mãos de Alexandre Moraes.

 

Alexandre Moraes, que foi indicado por Michel Temer, ex vice de Dilma, em substituição ao falecido Teori Zavaski, em seu despacho decidiu dizendo que ”Inexistiu qualquer violação ao princípio do juiz natural, pois a competência constitucional é desta Suprema Corte, que tanto atua por meio de decisões individuais de seus membros, como por atos colegiados de suas turmas ou de seu órgão máximo, o plenário”,  em mais uma derrota da defesa de Lula.

 

Agora, um novo fantasma parece que assombra a defesa do ex-presidente. Como eles tinham como favas contadas a libertação de seu cliente, contando com os votos favoráveis de Levandowski, Toffoli e Gilmar Mendes, foram surpreendidos com o perfeito jogo de corpo de Fachin, que desarmou a manobra com uma esquiva no momento exato. Com isso, o medo da defesa do apenado agora é outro.

 

Eles temem que com a decisão em suas mãos, o Plenário sepulte de uma vez por todas as absurdas pretensões eleitorais de Lula da Silva.  No ofício em que encaminhou a matéria ao Plenário, Fachin ressaltou que estava em jogo também a questão eleitoral, pois pressentiu que a libertação do condenado fazia parte de um plano maior para embaçar o jogo eleitoral. Solto, Lula iria agir em favor da própria candidatura.

 

Ao ver que sua manobra havia sido pressentida e, percebendo que o tiro saíra pela culatra quando o caso saiu da esfera da Segunda Turma, o medo da defesa de Lula é que o Supremo encerre a questão, dizendo o óbvio: que Lula é inelegível.

 

Na noite de quinta feira, em nova petição, os trapalhões caíram da malandragem e tiveram que passar recibo. Protocolaram uma nova petição onde pedem que o Supremo Tribunal Federal se abstenha de decidir sobre a inelegibilidade do seu cliente.  Realmente, eles não param quietos.

Para estas pessoas, a Lei da Ficha Limpa só vale para ou outros, para eles não.

Outro casuísmo, como o que se viu na manutenção dos direitos eleitorais de Dilma, que mesmo tendo sido impichada, rasgou-se a Constituição a olhos vistos e diante de todos, com o beneplácito de quem devia zelar por ela, como foi o caso de Lewandowski na ocasião.

Eles não vão parar por aí.

Pelo menos, quando setembro vier e Toffoli assumir a presidência da Suprema Corte, resta o consolo e a garantia de que ele terá de sair da Segunda Turma, onde será substituído por Carmen Lucia.

Perdem-se garantias de um lado, ganha-se de outro.

 

DUAS CACETADAS! 

26 de junho de 2018

Eles já estavam com tudo pronto para soltar Lula!

Como não conseguiram, soltaram José Dirceu!

https://g1.globo.com/politica/noticia/segunda-turma-do-stf-manda-soltar-ex-ministro-jose-dirceu.ghtml

 

A Segunda Turma do Supremo havia marcado para hoje, terça-feira (26) o julgamento de um recurso extraordinário que pedia a libertação de Lula. Este já esfregava as mãos, sentindo o cheirinho da liberdade. Afinal de contas, a decisão, em meio a Copa do Mundo, sairia da caneta de nomes como Lewandowski (que propôs até mesmo realizar uma sessão secreta para analisar a questão), Dias Toffoli e Gilmar Mendes, para não falar no imprevisível Celso de Mello, além de Edson Fachin.

 

Os companheiros de partido de Lula estavam esperançosos, pois a mesma Segunda Turma do Supremo já havia “surpreendido”, absolvendo incrivelmente a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, numa das ações movidas contra ela por corrupção e lavagem de dinheiro.

Foi quando a vice-presidente do TRF-4, desembargadora Maria de Fátima Freitas Labarrère, em despacho divulgado no final da tarde de sexta-feira, decidiu que no recurso não há pendências constitucionais a serem julgadas.

O ministro Edson Fachin, relator da causa no Supremo, aproveitou a deixa do despacho da desembargadora e cancelou o julgamento que estava marcado para terça-feira. “Diante do exposto, (…) retire-se de pauta”. Ufa!

Antes dos lulistas recobrarem-se veio ainda outra cacetada. A (finalmente!) homologação da delação de Antonio Palocci. De potencial explosivo.

Embora os depoimentos de Palocci estejam em segredo de Justiça e o conteúdo, portanto,  não tenha sido divulgado, sabe-se que  Palocci é conhecedor de todos os detalhes dos esquemas de corrupção nos governos petistas. Quem lembra do depoimento de Palocci em setembro de 2017 ao juiz Sergio Moro, sabe que ele ali já falou poucas e boas. Acusou Lula de ter celebrado um “pacto de sangue” com a Odebrecht. É certo que uma delação de Palocci trará enorme fortalecimento das acusações contra Lula, além de novas frentes de investigação que serão abertas.

Virão temas como as suspeitas de compras de medidas provisórias editadas pelo governo, que teriam beneficiado o setores financeiro e automobilístico. Mais os empréstimos catastróficos realizados via BNDES, a países estrangeiros e às tais “campeãs nacionais”, empreiteiras atoladas na lama e empresas como JBS.

Mais aquela afirmação do ex-ministro, que afirmou ter Kadafi, líder líbio morto em 2011, doado um milhão de dólares à campanha de Lula em 2002. Fato que, comprovado, levaria até à cassação do registro do partido.

Independentemente disso, já condenado a 12 anos e 1 mês de cadeia no caso do tríplex, Lula deverá sofrer uma segunda sentença antes da eleição de outubro, sobre a propriedade do sítio em Atibaia. Até lá, a munição fornecida por Palocci movimentará muito o noticiário policial. Muita gente perdeu o sono com a notícia.

Muito provavelmente, agora dona Dilma estará no enredo.

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É A DEMOCRACIA, ESTÚPIDO!

19 de junho de 2018

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Na disputa eleitoral de 1992 nos Estados Unidos, o caminho para a vitória de Bill Clinton sobre George Bush foi resumido por James Carville, que cunhou a frase – “É a economia, estúpido!”,  referindo-se a recessão existente, apesar dos louros pela vitória na Guerra do Golfo obtida por Bush.

 

A frase virou “case” de marketing eleitoral nos Estados Unidos e, com a pequena variação observada no título deste artigo, poderia ensinar alguma coisa a certos grupos que insistem em negar a realidade de hoje, no Brasil.

 

Refiro-me a ditadura das minorias barulhentas. Um bom exemplo é a síndrome do “politicamente correto”. Essa mania de tentar dizer a todos o que devem pensar, a imposição do que é certo ou errado, na visão autoritária dos radicais de sempre.

Assim, seria bom que examinassem com lupa os resultados de uma pesquisa encomendada pela Record TV e pelo R7 ao instituto Real Time Big Data, que desenhou o perfil desejado pelo eleitor para o próximo Presidente da República.

 

Entre os dados apurados, 85% dos entrevistados não querem que o presidente esteja sendo investigado por corrupção. Parece meio óbvio, não? Mas não é só isso.

 

Os temas mais importantes, na avaliação dos eleitores, são o combate à corrupção, com 21%, economia e geração de empregos, com 20%. Saúde, 18%, segurança pública, 17%, Educação, 13%, desenvolvimento social com 11%.  Destaque-se o empate técnico entre os quatro primeiros itens.

 

Com as devidas variações regionais, a média aponta também que 75% dos  eleitores desejam ver eleito um candidato de cor branca. Do sexo masculino, preferem 65%. Que acredite em Deus, para esmagadores 89%. Logo, não surpreende que 70% queiram um presidente que seja contra o aborto. Assim como 64% são contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Deu para começar a interpretar os anseios da população ou vão continuar tentando impor às pessoas o que devem pensar e querer?

Amplos 92% querem a diminuição da maioridade penal para os 16 anos. 74% são contrários à liberalização da maconha.

Ao contrário do que se poderia imaginar, experiência política é considerada como imprescindível para 80% dos entrevistados.

Fica absolutamente claro o divórcio entre o que esperam os eleitores em relação ao que a mídia apregoa no dia a dia.

A pesquisa,  que está disponível no site da emissora que a encomendou, revela uma tendência claramente conservadora por parte do eleitorado. Mas não apenas isso.

 

Chama atenção que a maioria silenciosa pensa de forma muito diferente do que certos grupos induzem a pensar. Estes buscam impor suas preferências, mesmo que, se necessário, tenham de trapacear as regras do jogo, se farejarem que algo possa sair de forma contrária a seus interesses.

 

Recentemente tivemos um exemplo claro deste tipo de atitude, aqui mesmo no Rio Grande do Sul.

 

Depois de incluírem na Constituição Estadual a exigência de plebiscito para privatizar empresas estatais, imaginando que jamais a população votaria favoravelmente à venda dessas empresas, ao sentirem que havia o perigo do povo decidir contra o que desejavam, tiraram do eleitor a possibilidade de escolher. Vergonhosamente tiraram do povo a faculdade de decidir o que quer, imposta por eles mesmos, como forma de impedir decisões de governo.

 

Estes são os agentes públicos que costumam tachar de “golpistas”, “fascistas,” a qualquer um que se atreva a pensar de forma diferente da deles.

 

Para o desespero desse tipo de personagem, só faltou desenhar o rosto de quem a maioria da população deseja ver eleito.

ESTÁ NA CARA

5 de junho de 2018

Os caminhoneiros pararam por onze dias e fizeram o governo recuar na política de preços dos combustíveis.

Isso representa uma reversão no discurso de recuperação econômica, que vinha mantendo a sustentação do governo junto ao empresariado.

A greve foi motivada pela política de preços da Petrobras, mas não foi só isso.

As pessoas estão descrentes, a vida cada vez mais difícil. É o mesmo grito de indignação que se pode ver diariamente através das redes sociais.

A esquerda perdeu para as redes sua reconhecida capacidade de fazer mobilizações.

Os caminhoneiros, como várias outras categorias, estão sofrendo as consequências da gastança e roubalheira vistas nos anos Lula/Dilma.

O apoio inicial dado à greve mostrou nossas fragilidades. Nunca se imaginou que pudesse ser tão fácil e rápido parar o país.

A falta de autoridade do governo, divorciado da chapa que o elegeu, os eleitores de Dilma, e da maioria daqueles que lutaram a favor do impeachment da ex- presidente, quase cria um impasse a quatro meses das eleições.

O pavor de setores da esquerda e seus aliados, é que o candidato que mais se encaixa no perfil desejado pela população indignada é o de Jair Bolsonaro.  Ele foi ouvido de forma espontânea durante a greve. Deu seu apoio inicial, mas depois que o recado estava dado, pediu o fim dos bloqueios, antes das consequências maiores do desabastecimento. Concedeu entrevistas onde arrefeceu os ímpetos dos que pregavam uma intervenção militar:  “Se tiver de voltar, que seja pelo voto. Aí vem com legitimidade e não dá espaço para o PT dizer que foi golpe. Querem tirar o Temer? A eleição está chegando, faltam menos de cinco meses”, completou.

O clima do movimento grevista de agora foi o mesmo que levou às manifestações de junho de 2013. É um grito de “Chega!”.

A decepção com a esquerda e a ausência uma de candidatura de centro minimamente viável, tornam os problemas expostos pela insatisfação popular um caminho pavimentado para a candidatura Bolsonaro.

Os demais nomes até agora apontados estão longe de empolgar o eleitor. Mesmo aleatoriamente, em meio às grandes expressões nacionais, é quase impossível apontar um nome que possa rivalizar com os índices de Jair Bolsonaro.

Nomes ligados ao atual governo e seus aliados, estão praticamente inviabilizados. Geraldo Alckimin não tem conseguido empolgar e é difícil que isso ocorra. As candidaturas ligadas ao PT ou às pré-candidaturas de Ciro Gomes (PDT), Guilherme Boulos (PSOL) ou Manuela D’Ávila (PCdoB), não parecem minimamente robustas para acalentar qualquer expectativa sucesso. Afinal, como bem ensinava o sábio Barão de Itararé: “De onde menos se espera, daí mesmo é que não sai nada”.

Bolsonaro continuará sendo o alvo preferido das críticas da imprensa engajada, estará na mira da fuzilaria de todos os adversários, que não tem nada a perder ao ataca-lo de todas as formas que conseguirem. Porém, isso é tão acintoso, que poderá até beneficiá-lo.

Se não acontecer algo de muito sério, já sabe quem será o futuro presidente.

Nunca foi tão claro.

As fórmulas vazias de Marina Silva

20 de abril de 2018

A Folha de S. Paulo, em editorial, mostrou o vazio de Marina Silva:

“Sua entrevista ilustra à perfeição aquele velho hábito de não se comprometer com nada de palpável, repetindo rigidamente fórmulas vazias, como que memorizadas a custo, a despeito do que lhe perguntem os jornalistas.

Declara, por exemplo, não estar à esquerda nem à direita, mas ‘à frente’. Sim, pode-se aceitar a caracterização, desde que acompanhada de alguma especificidade. À frente do quê? O que pretende deixar para trás, e para onde caminha?

O auge de Marina: Ministra de Lula. 

(…)

Sua resposta é pouco mais do que uma fórmula verbal. Ao famigerado ‘presidencialismo de coalizão’, a candidata apresenta a alternativa de um ‘presidencialismo de proposição’ — pelo qual a sustentação parlamentar se faria em torno de iniciativas programáticas.

Quais? A candidata nada especifica. Condena a reforma trabalhista do governo Michel Temer, sem apresentar a sua. Foi ainda mais vaga no tocante a possíveis ajustes na Previdência —cuja necessidade reconhece, advertindo todavia para a conveniência de um amplo diálogo com todos os setores antes de maior definição (…).

No mais cansativo estilo do político tradicional, Marina Silva procura agradar a todos os lados. Pede votos pelo que é, foi ou será, e não pelo que pretende fazer.”

O Antagonista – 20.04.18 08:21 

A MAIOR FAÇANHA DO PT

17 de abril de 2018

Durante anos no Brasil, foi moda ser petista. O pessoal “descolado” achava legal ser esquerdista e depois de 1979, petista.

Atravessamos décadas onde, admitir-se “de  direita”, era o mesmo que declarar-se extraterrestre.  O trabalho de isolamento promovido pela esquerda funcionou muito bem. A maioria dos conservadores, por puro medo, ou na melhor das hipóteses, desconhecimento, ficava calada.

Equiparados durante anos neste país a palavrões, as posições “conservador”, “direita” ou “liberal”, voltaram a ser admitidas com naturalidade, apesar de ainda haver patrulha de vários dinossauros.

Pois e não é que foi o próprio PT, do alto de sua arrogância e corrupção, que conseguiu a façanha de ressuscitar o conservadorismo e a direita no Brasil? Coincidentemente, tomou-se conhecimento dos escândalos e da roubalheira dos criminosos exatamente quando o mundo ocidental parece ter acordado para o lado ideológico racional.

Confesso, e quem me conhece sabe disso, que durante anos fui abertamente minoria, por nunca ter sido enganado pela síndrome esquerdista que assolou este país. Jamais poderei deixar de lembrar que até bem pouco tempo, quase todos os partidos existentes entre nós queriam estar associados e tirar proveito dos governos corruptos comandados pelo PT. Felizmente, dentro de minhas limitações, sempre pertenci a um grupo de bravos companheiros que jamais se dobraram a este lado escuro da força, mesmo nos piores momentos de isolamento político.

A parte tragicômica é que agora surgiram por aí uns novatos, que portam-se estrategicamente tal e qual o PT fazia no passado. Agem como se o mundo tivesse começado quando eles nasceram. Só eles são os sabidos, os corretos, os honestos. A mesma ladainha que o PT usava desde seu surgimento, apesar de apresentarem-se em espectro contrário.

Vamos ver nas próximas eleições, com o batismo de fogo, o que sucederá com estes debutantes que anunciam que nada presta, só eles. Enquanto isso não acontece, eles não hesitam em atacar à sorrelfa, mesmo os que pertencem ao seu mesmo lado ideológico, mas que não pretendem se submeter a seu comando. Espera-se que eles aprendam logo que um pouco de humildade não faz mal a ninguém, antes que provoquem maiores estragos.

Porque apesar da prisão do inimigo público número treze, o ano será agitadíssimo.

Para os remanescentes do grupo que vem saqueando o país nos últimos anos, a pior ameaça seria a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República. Os ataques virão contra ele. A divisão da centro direita é a coisa mais primária que acontecerá, possibilitando até o sucesso dos representantes do atraso, dos quais  parece que nos livramos. Parece.

Além do “fogo amigo”, que de amigo não tem nada, é nítida também a má vontade com que determinados setores da imprensa, sabidamente simpáticos à esquerda, referem-se ao candidato.

Menos mal que as manobras são tão torpes, que podem ter efeito oposto. Podem consolidar sua imagem como a de alguém que está contra o sistema em vigor. E está mesmo.

Dos nomes até agora oferecidos, parece ser o único com disposição para romper com práticas nocivas, como o loteamento do governo.

 Essa novela irá longe.

artigo publicado no jornal “Folha de Cachoeirinha”, na terça feira, 17.04.18