
O STF, em decisão do Ministro Luiz Fux, determinou o arquivamento do inquérito que investigava se o deputado Onyx Lorenzoni teria recebido uma contribuição de R$ 175 mil em caixa dois da Odebrecht nas eleições de 2006.
A decisão de Luiz Fux decorreu do posicionamento da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que destacou que o executivo da empreiteira que fez acusação, Alexandrino Alencar, sequer soube dar detalhes, como data, local ou quem teria feito a entrega ou recebido o suposto recurso.
Onyx sempre se posicionou desafiando que alguém apresentasse uma foto, um e-mail, ou o registro de alguma visita dele à Odebrecht, empresa com a qual sempre afirmou nunca ter tido qualquer relação.
Até porque, há tempos Onyx já havia acusado o ex presidente Lula, ainda antes do estouro da Lava Jato, como traficante de influência a serviço da Odebrecht e, por isso mesmo, pago pela empresa. Por trás estariam não só o projeto de poder do PT, mas o enriquecimento pessoal do ex presidente e membros da cúpula do partido. Fato depois fartamente provado a ponto de estarem presas as principais figuras envolvidas na sucessão de crimes, sempre denunciados por Onyx, seja na tribuna da Câmara, em entrevistas, ou nas sessões das CPIs.
Porém, o que mais chama a atenção no episódio, é a facilidade com que se consegue manchar a reputação de uma pessoa honesta, perante a opinião pública.
Pegue-se como exemplo o caso de Onyx Lorenzoni. O parlamentar sempre foi uma pedra no sapato do projeto de poder do PT. Presos seus dirigentes, foi acusado pela Odebrecht, empresa que, junto com o PT, foi responsável pelo maior roubo de todos os tempos.
Quando surgiu uma brecha, veio a vingança. A acusação falsa, através de Alexandrino Alencar, acompanhante de Lula nas viagens ao exterior pagas pela Odebrecht, sempre de jato particular, onde eram realizadas as “palestras” que sempre precediam os contratos criminosos para obras faraônicas em países falidos, financiadas pelo BNDES.
Assim ficou pairando por mais de um ano uma suspeita sobre um homem honesto. Submetida a uma investigação, viu-se que não havia nenhum fundamento, a ponto do processo ser arquivado.
Agora estamos às vésperas de mais uma eleição. Será o primeiro pleito após o avanço das apurações e as primeiras condenações.
O povo clama por “vingança”. E nesta seara, oportunistas apresentam-se como “renovação”.
Falo à vontade sobre o tema, porque além de conhecer o deputado em questão, do qual sou amigo pessoal há mais de trinta anos e seu eleitor desde sempre, conheço também alguns dos(das) tais que apresentam-se como novidade.
Entre estes há oportunistas que não só foram aliados dos criminosos do PT, mas até mesmo ex membros da sigla. Cuidado!
O fato é que, aproxima-se a eleição mais importante de todos os tempos ocorrida em solo brasileiro.
Será ela que definirá se o Brasil aprendeu ou não alguma coisa com tudo o que vem acontecendo entre nós.
Temos nossas responsabilidades. Desde a imprensa até o inocente útil que acredita, escreve ou divulga bobagens absurdas nas redes sociais.
Confesso que me preocupam nossas fragilidades institucionais.