Archive for the ‘habitação popular’ Category

FILHO DO BARÃO DE SÃO BERNARDO MORA DE FAVOR EM IMÓVEL DE LUXO – Com contratos milionários, filho de Lula mora de favor em imóvel

29 de outubro de 2015

Já houve casos de contribuintes apresentarem suas declarações de Imposto de Renda sem constar a propriedade do imóvel onde residem nem despesas com aluguel e a Receita pedir explicações. 

 
Normalmente são casos de pessoas que moram em imóvel cedido gratuitamente por pais ou familiares. O contribuinte fornece aquele endereço à Receita e esta quer saber a natureza de sua moradia no local.
Não é o caso do fidalgo que recebeu a visita da Polícia Federal em seu escritório, ao que se sabe.  
 
Por que a Receita faz isso? Obviamente, porque tais favores podem ocultar sonegação ou problemas com a origem do dinheiro usado para aquisição do imóvel em questão.  
 
Aliás, não se surpreenda se qualquer dia desses aparecer algum iluminado sedento de arrecadação que logo pensará em taxar, “atribuir valor”, a esse tipo de “mesada” ou rendimento indireto.
 
Na legislação eleitoral, por exemplo, quando um candidato recebe cedência de um bem, seja um carro para usar gratuitamente na campanha, ou um imóvel para nele poder instalar seu “Comitê Eleitoral”, o TSE exige que tais cedências não onerosas tenham o valor de mercado ATRIBUÍDO e sejam lançadas como CONTRIBUIÇÃO eleitoral de bem com valor “estimável em dinheiro”. 
 
Ai do candidato que esquecer de fazer isso! Terá suas contas rejeitadas e uma grande dor de cabeça.
 
Mas esse não é o caso do filho do Barão de São Bernardo.
 
A troco do quê este fidalgo mora “de favor”? 
 
Como seu pai não se deu conta que, sendo um ex-presidente, não pega bem receber favorecimentos deste tipo?
 
Afinal, dá a qualquer um o direito de suspeitar que isso poderia ser algum tipo de retribuição por favores ou serviços prestados, algum tipo de trapaça! Já pensaram?
Quem teria semelhante ousadia imaginar isso do pai dos pobres do século XXI, nosso nobre Barão de São Bernardo?  
 
Nenhum membro de sua vassalagem lembrou-se de avisá-lo que isso eticamente não era – e nem é – aconselhável para sua imagem inatacável?
 
Alguém pensa que todos no Brasil são tolos? 
Folha de São Paulo
“Empresário de marketing esportivo com contratos milionários, Luis Cláudio Lula da Silva mora, sem pagar aluguel, em um apartamento nos Jardins, em São Paulo, que pertence a amigos de seu pai, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Luis Cláudio é dono das empresas LFT Marketing Esportivo e Touchdown –alvos de busca e apreensão da Polícia Federal na segunda (28).
Ele e a mulher, Fatima Cassaro, vivem há três anos em um apartamento de 158 m², na alameda Jaú, nos Jardins, que pertence à Mito Participações Ltda, empresa que tem como cotistas a esposa e as filhas do advogado Roberto Teixeira –amigo do ex-presidente e padrinho de batismo de Luis Cláudio.
Construído nos anos 1970, o edifício Cristal não tem salão de festas, piscina ou academia e cada morador conta com uma vaga na garagem.
O apartamento do 6º andar tem três quartos e uma sala ampla (45 m²). Por causa da localização privilegiada, imóveis idênticos no mesmo prédio foram vendidos recentemente por R$ 1,2 milhão.

Segundo moradores, o aluguel gira em torno de R$ 5 mil mensais. Cristiano Martins, advogado de Luis Cláudio e genro de Teixeira, disse à Folha que o filho de Lula tem um “acordo verbal” com as donas do local para que não pague aluguel e apenas se encarregue das despesas do imóvel.

O compadre de Lula esteve envolvido em histórias controversas. Teixeira era o dono da casa em São Bernardo na qual o ex-presidente morou também sem pagar aluguel por quase oito anos.

Em 1997, ele foi citado em um esquema de desvio de recursos de prefeituras do PT.

Em 2006, quando era advogado da VarigLog, Teixeira foi suspeito de usar a amizade com o então presidente para intermediar a venda da Varig à Gol -um negócio que precisava do aval do governo.

Teixeira nega as acusações.

Ex-preparador físico de times como Palmeiras e Corinthians, hoje Luis Cláudio investe em uma liga de futebol americano no Brasil. Essa é uma das justificativas para não pagar o aluguel. “Hoje ele investe bastante na modalidade. Tem o patrocínio mas tem o investimento dele”, explica o advogado Martins.

A LFT Marketing Esportivo recebeu R$ 2,4 milhões de uma firma de lobistas suspeita de pagar propina para aprovar Medida Provisória que beneficiou montadoras.

O pagamento levou o MPF para pedir a busca no escritório de Luis Cláudio, ação que Martins classificou de “despropósito” e busca anular.”

AÇÃO ENTRE AMIGOS

“Pelos registros de cartório, a Mito Participações comprou o apartamento que empresta ao filho de Lula, em dezembro de 2011, por R$ 500 mil.

O dono anterior era a Peabody Trade, offshore sediada nas Bahamas, paraíso fiscal no Caribe.

Procurador da Peabody no país, o empresário uruguaio André Neumann disse que vendeu o imóvel a preços de mercado. Afirmou que o apartamento foi adquirido por uma empresa e disse que não conhecia os futuros donos do imóvel.

Já Martins diz que o empresário é “conhecido” da família de Teixeira, mas fala que a aquisição do imóvel de Neumann foi “coincidência”.

Segundo ele, quem intermediou a transação foi uma corretora de imóveis.

Neumann é marido de Maria Beatriz Braga, empresária chamada de “rainha da catraca”, dona empresas de ônibus em São Bernardo do Campo.

Além do transporte público, a família dela detém contratos com a prefeitura de Luiz Marinho (PT) por meio de uma construtora.”

FolhaSP – BELA MEGALE
GRACILIANO ROCHA
DE SÃO PAULO

29/10/2015  02h00

Em uma cortesia de O Antagonista, confira:   

A lista de imóveis ocupados por Lula e por seus familiares:

1 – O apartamento que Roberto Teixeira emprestou a Lula, por nove anos (Veja aqui)

2 – O apartamento que Roberto Teixeira empresta a Lulinhazinho, há três anos (Vejaaqui)

3 – O triplex de Lula no Guarujá, em nome da OAS (Veja aqui)

4 – A fazenda de Lula, reformada pela OAS e registrada em nome de Fernando Bittar e Jonas Suassuna (Veja aqui e aqui)

5 – O primeiro apartamento de Lulinha, registrado em nome de Jonas Suassuna (vejaaqui)

6 – O segundo apartamento de Lulinha, também registrado em nome de Jonas Suassuna (Veja aqui)

7 – O escritório emprestado a Lulinha por APS, preso pela Zelotes (Veja aqui)

8 – O escritório emprestado a Lulinha e a Lulinhazinho por José Carlos Bumlai (Vejaaqui e aqui)

9 – O apartamento que, segundo Fernando Baiano, foi comprado por José Carlos Bumlai com propina da Petrobras e doado a uma nora de Lula (Veja aquiaqui e aqui)

10 – O apartamento de Lurian em Paris, emprestado pela herdeira da Andrade Gutierrez (Veja aqui)

De quem é a sala ocupada pelas empresas de Lulinhazinho, reviradas pela PF, na Rua Padre João Manuel, 450, cj. 54/55?

os imóveis de lula:
http://www.oantagonista.com/posts/as-propriedades-de-lula
Ju

DILMA ESTÁ NAS CORDAS

29 de abril de 2015

panelaço

 

Depois de terceirizar o governo para Joaquim Levy e Michel Temer, dona Dilma dá sinais que abrirá mão do pronunciamento televisivo pelo dia do trabalho.

Se não for manobra para pegar a todos de surpresa, ela demonstra cabalmente que está nas cordas ao desistir de fazer o blá-blá-blá anual.

Ser acuada pela população por medo de vaias e panelaços é o fim da várzea para um governante. O segundo mandato de Dilma acabou sem sequer ter começado.

Desde sempre, será a primeira vez que o PT abrirá mão de fazer a demagogia anual com os trabalhadores.

Qualquer um que avalie minimamente a personalidade da madama, sabe a dureza que deve ter sido para ela, “terceirizar” o governo. Vai ser interessante assistir quanto tempo ela aguentará ver o país ser dirigido por Levy e Temer. Não é preciso bola de cristal para prever uma explosão temperamental para breve.

Quem leu os post antigos aqui mesmo neste blog, sabe que faz tempo que comentamos a vaca já foi para o brejo há muito tempo. Era só uma questão de acabar o dinheiro para o caldo entornar.

Um dos muitos sintomas é a modificação do percentual de financiamento de imóveis usados pela CEF. Agora serão necessários 50% de entrada para financiar os 50 % restantes. O mercado vai parar. Finalmente saberemos se havia ou não bolha imobiliária.

Muito mais do que transparecer falta de dinheiro para financiamentos, a medida indica elevada inadimplência. E se os preços vão cair, o valor dos imóveis retomados por falta de pagamento sequer serão suficientes para cobrir o saldo devedor dos contratos firmados com o preço dos imóveis nas alturas.

A medida, que atinge somente os imóveis usados, também busca desovar o estoque de imóveis encalhados dos lançamentos. Só que, como muitos negócios são fechados com o imóvel “velho” de entrada, a medida pode não ser suficiente.

Não adianta dourar a pílula. Virá coisa muito pior pela frente. A recessão nem começou. Quem sobreviver até setembro ou outubro, saberá do que estamos falando.

Lula (o pai da “marolinha”), Dilma e o PT destruíram a economia brasileira. Não foi por falta de aviso.

Só está surpreso quem quer.

Entrevista TVE – Baile de Cobras

10 de dezembro de 2012

Entrevistado por Ivete Brandalise no programa “Primeira Pessoa” da TVE em novembro último, falei sobre o  “Baile de Cobras – A Verdadeira História de Ildo Meneghetti”, lançado pela Editora AGE. Brilhantemente  conduzida pela Ivete, creio que a entrevista ficou constituindo um bom resumo do conteúdo do livro,  onde estão fatos  da História recente do RS e do Brasil. Confira a seguir.

Na primeira parte,  inquirido,  descrevo  Ildo Meneghetti e as razões e as origens de seu ingresso tardio na vida pública. Abordado, respondi sobre o desafio de debater com Leonel Brizola no primeiro debate político da TV brasileira. O RS era um barril de pólvora. E citei Jacob Gorender, que descreveu aqueles momentos: “o auge da luta de classes no Brasil”.

Parte 1

No segundo bloco, abordou-se a queda de Jango,  os desencontros do governador Meneghetti com Paulo Brossard e seu PL – um episódio muito desagradável.

Parte 2

Na terceira parte, a vida pessoal de  Meneghetti: uma pessoa absolutamente despretenciosa, levava uma vida comum e mesmo quando governante, evitava o uso de formalidades ou grandes aparatos.

Parte 3

No quarto bloco, foi abordada  a situação em que se encontrava o Internacional quando Meneghetti assumiu a presidência, em vias de ser liquidado. E poucos anos depois, o ambicionado Estádio dos Eucaliptos.

Parte 4

No último bloco uma curiosidade:  a participação do prefeito Ildo Meneghetti na solução da saída do Grêmio da Baixada dos Moinhos de Vento para a Azenha, onde o clube construiu o Estádio Olímpico.

Parte 5,

O Velho Meneghetti

14 de maio de 2012

Jornalista Rogério Mendelski faz uma bela referência ao livro “Baile de Cobras – A Verdadeira História de Ildo Meneghetti” em sua coluna no Correio do Povo deste domingo, 13.05.2012.

 

A transcrição é a seguinte:

O Velho Meneghetti

Assim era tratado o ex-governador Ildo Meneghetti por todos os gaúchos que privaram com ele, especialmente depois que ele deixou o governo, em janeiro de 1967. “O velho Meneghetti”, quando era citado desta maneira, trazia uma entonação vocal como nós damos ao “velho”, quando nos referimos aos nossos pais. “O velho Oswaldo”, diria o colunista, “era um excelente cozinheiro e nunca estava com mau humor”. Pois o livro “Baile de Cobras”, escrito pelo seu neto Enio Meneghetti, lançado na última segunda-feira, é um perfil do ex-governador que os gaúchos estavam esperando já faz algum tempo. Não se trata de uma ode na qual o neto elogia o avô, mas de um depoimento pleno de fatos importantes da vida política do RS da metade do século passado. O que enriquece “Baile de Cobras” não é somente a farta documentação da época com reproduções dos jornais (destaque para os jornais da Caldas Júnior), mas os detalhes do dia a dia de um homem cuja simplicidade o fazia dirigir o próprio carro quando era prefeito, refletindo uma honestidade nata que, nos dias de hoje, poderia ser considerada de ingênua diante do oceano de patifarias e de roubalheiras que se tornaram “métodos” e “programas” de governo. Um pequeno trecho narrado logo no início do livro provoca no leitor aquela vontade de não parar mais de lê-lo. Prefeito de Porto Alegre em seu segundo mandato, Meneghetti inaugurou, ao lado do presidente Getúlio Vargas, um conjunto habitacional no bairro Sarandi. Após o ato, Meneghetti entregou a Getúlio um cheque. “O que é isso, Meneghetti?”, perguntou o presidente. “É o dinheiro que sobrou da construção das casas”, respondeu. E o presidente, então, não resistiu: “Ora, é a primeira vez que vejo sobrar dinheiro de obras públicas”. Meneghetti: “É que aqui nós aplicamos as verbas na obra mesmo…”.

 
Reclama ao Menega (1)


Como prefeito, Meneghetti dirigia o seu automóvel particular, um Nash Rambler. Na estrada para Belém Novo, na companhia do vereador Braga Gastal, foi apertado por um ônibus da então DATC, autarquia municipal. Meneghetti ultrapassou, “fechou” o coletivo e saiu advertindo o motorista: “Seu mal-educado, onde já se viu dirigir assim? Poderia ter causado um acidente”. “Olha aqui, velhinho, se não tá satisfeito, vai reclamar com o Menega”, retrucou o motorista. “Mas o Meneghetti sou eu!”. “Brincadeira tem hora, velhinho. Tira o carro da frente que eu quero passar”.

Reclama ao Menega (2)


O vereador Braga Gastal aproximou-se e mostrou ao motorista quem era o cidadão. Meneghetti tirou o chapéu, foi reconhecido pelo motorista que ficou branco de susto. O prefeito, então, deu-lhe uma ordem: “O senhor, por favor, apresente-se amanhã na prefeitura, às 10 h”. No dia seguinte, lá estava o motorista. Meneghetti, que já tinha esquecido o incidente, recebeu o funcionário, perguntou-lhe sobre sua família (“mulher e quatro filhos”, informou o motorista). “Menega abriu a carteira, tirou algumas notas de cruzeiros, e fez-lhe uma recomendação: “Dê este presente aos meninos que eu mando, mas nunca mais faça aquilo, está bem?”.  

O Estádio Olímpico e os Projetos Habitacionais‏

5 de outubro de 2011

Então, em seqüência ao post anterior,  o Inter desde 1931 tinha seu Estádio dos Eucaliptos. 

 

O Grêmio permanecia no Estádio da Baixada dos Moinhos de Vento que, com a popularização do futebol, havia se tornado pequeno e não tinha como ser expandido no local onde se encontrava.  Ficava junto a Mostardeiro, à direita de quem descia a baixada que lhe emprestava o nome, onde hoje está parte do leito da II Perimetral.

 

Precisando de um local para erguer um novo estádio, o presidente gremista, Saturnino Vanzelotti, foi procurar a prefeitura. O prefeito era Ildo Meneghetti, que vencera o jovem líder trabalhista, Leonel Brizola, nas eleições de 1951.

 

Assim como em São Paulo já havia o Estádio Municipal do Pacaembú e o Rio teria, antes da Copa de 50, o Maracanã, havia o projeto de um Estádio Municipal em Porto Alegre no Plano de Urbanização de Loureiro da Silva, de 1943.  Tinha inclusive a área já definida, na Medianeira.

 

                                       Estádio Municipal

 

Dos entendimentos com a prefeitura, acabou sendo acertada com o Grêmio a permuta da área da baixada pelo local onde hoje está o Estádio Olímpico, na Avenida Carlos Barbosa. 

 

Desde o início de sua gestão, o prefeito debruçara-se sobre o problema crescente da falta de moradias populares. Já proliferavam as sub-habitações e o problema se agravava. Criou então um departamento específico na prefeitura para tratar da questão habitacional.

 

Com a definição da construção do Estádio do Grêmio no local e a prevista valorização dos terrenos lindeiros, pertencentes ao município, o prefeito enviou para a Câmara de Vereadores um projeto que autorizaria o Executivo a vender as áreas adjacentes, que loteadas e assim valorizadas, teriam os montantes apurados destinados obrigatoriamente à aquisição de áreas mais amplas, apropriadas à habitação popular.       

 

 

 

E assim, casualmente o prefeito, Patrono do Internacional, acabou tendo participação na história da construção do Estádio Olímpico, do rival Grêmio. 

Que, por outra coincidência, também era uma área muito próxima de onde localizara-se a antiga Chácara dos Eucaliptos, arrendada pelo Inter até meados de 1929.

Ressalte-se a atitude da Câmara Municipal, que aprovou um bom projeto, quando o mais comum em tempos recentes, seria torpedear um projeto proposto por adversários políticos…  

 

Nessa segunda gestão de Meneghetti como prefeito, foram produzidas e comercializadas, em uma Porto Alegre que contava ainda com menos de 400.000 habitantes, 4.469 unidades habitacionais. Foram 693 casas na Vila Batista Xavier, 994 no Sarandi, 1009 na Vila São José – no Partenon, 812 no Passo das Pedras, 713 no Parque Santa Anita. Eram casas populares, simples, de madeira, mas bem construídas. Eram vendidas a preços módicos e longos prazos para pagamento.  Muitas das casas estão de pé até hoje, passados quase sessenta anos.

 

 

 

Muitas das vilas que se denominaram depois São Gabriel, Batista Xavier, São José, Sarandi, Passo das Pedras, Vila Vargas eram chamadas, por seus moradores de Vilas Meneghetti. E na implantação de tais vilas, Meneghetti era o prefeito, o engenheiro, o urbanista, o assistente social. Participava da elaboração dos projetos, visitava e fiscalizava as obras pessoalmente. Nessas visitas ouvia a população, conversava, opinava. Nestes contatos, sem nenhum rigor de protocolo, confirmava sua impressão sobre a necessidade das demandas. Sem demagogia, sem exibicionismo, sem populismo.

 

Foi uma iniciativa pioneira. Até então, nunca uma prefeitura havia intercedido na questão dessa forma. 

 

Uma ocasião, na solenidade de entrega de um lote de casas construídas com o auxílio de verbas federais, convidado, compareceu Getúlio Vargas.  Meneghetti entregou ao presidente um cheque:

 

– O que é isso, Meneghetti?  – perguntou Getúlio, ao receber o cheque.

– Este é o dinheiro que sobrou da construção das casas.

– Ora, é a primeira vez que vejo sobrar dinheiro de obras públicas. – espantou-se Getúlio.

– É que aqui nós aplicamos o dinheiro na obra mesmo…
                  ZH  25/07/1999 – Meneghetti recebe Getúlio Vargas e Loureiro da Silva em 1953  

Mas o interessante mesmo, é que aqui eram os clubes, por seus dirigentes e torcedores, que resolviam seus problemas e construiam seus estádios. Enquanto em outros lugares, o poder público construía e pagava a conta.

 

Nota: para escrever este post, utilizei dados do livro “Baile de Cobras – A Verdadeira História de Ildo Meneghetti” – em edição.