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O NOME DELA É VALDIRENE

1 de agosto de 2017

 

                Aldemir Bendine foi indicado por Dilma Roussef para presidir a Petrobras, em substituição a Graça Foster, em meio a apuração da mega rapinagem que fizeram na estatal, ao ponto de praticamente quebra-la.

                 Dilma colocou Bendine na estatal mesmo sendo de conhecimento público grave incidente ocorrido em sua gestão na presidência do Banco do Brasil.

                 Bendine concedeu um empréstimo de 2,7 milhões a juros subsidiados de 4% ao ano,  para a compra de caminhões,  usando uma linha de crédito subsidiada do BNDES, favorecendo sua amiga, a socialite Valdirene (Val) Marchiori, contrariando normas das duas instituições.

                 Valdirene tinha restrições de crédito no BB por não ter pago empréstimo anterior, não tinha capacidade financeira para obter o crédito. Ela tomou o empréstimo em nome da Torke Empreendimentos, apresentando como comprovação da receita de sua empresa a pensão alimentícia de seus dois filhos menores de idade. A empresa não tinha atuação na área de transportes, tampouco Valdirene, que usou parte do dinheiro para comprar um Porsche.

                 Conforme relatou ao MPF o motorista de Bendini, Sebastião Vieira da Silva, ele costumeiramente fazia vultosos pagamentos em dinheiro vivo para o chefe e também transportava Valdirene para cima e para baixo, em São Paulo, a mando de Bendini.

                 Mesmo tendo conhecimento de tudo isso, Dilma colocou Bendine na presidência da Petrobras.

                 Não é piada, é verdade.

                 Demorou, mas Bendine foi preso temporariamente na manhã da última quinta feira, dia 27, em São Paulo, na 42.a fase da Lava Jato, batizada de “Operação Cobra”. Esse era o codinome dele nas planilhas de propina da Odebrecht.

                 Bendine já havia pedido R$ 17 milhões de propina quando era presidente do BB, para fazer a rolagem de dívida de um financiamento da Odebrecht Agroindustrial. Marcelo Odebrecht negou o pedido por não ter confiado no cacife de Bendine para conceder a vantagem.

                 Segundo o MPF, há provas de que NA VÉSPERA de assumir o comando da Petrobrás, Bendine enviou um emissário pedindo propina para Marcelo Odebrecht tão somente para não prejudicar os interesses do grupo na estatal. E conseguiu. Os pagamentos ao “Cobra”, só pararam quando Marcelo Odebrecht  foi preso.

                Essa foi a escolha da “competente” Dilma Roussef para presidir a Petrobras em meio a revelação dos escândalos de corrupção.

                Em relatório, o MPF diz que há indícios de que Aldemir Bendine  “é um criminoso habitual”.

O delator Fernando Reis, executivo da Odebrecht, entregou ao MPF vários documentos que confirmam o acerto da propina de Bendine, entre estes, prints de mensagens e registro de contatos telefônicos.

Consta que Bendine era um dos “queridinhos” de Lula, pois soube atender as expectativas do governo de tal maneira que recebeu a Petrobras de bandeja das mãos de Dilma para “obrar”.

Quanto a Valdirene “Val” Marchiori, ela nega ter sido favorecida por Aldemir Bendini.

Ela é do naipe de Rosemery Noronha.

APURE-SE E DIVULGUE!

17 de maio de 2016

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APURE-SE E DIVULGUE!

 

Dilma vem repetindo a tese do golpe há algum tempo. Alega que atos idênticos aos que foi acusada foram executados pelos presidentes que a antecederam.

 

Sem falar em outros escândalos de seu governo, o que ela não explica é que usou o artifício das pedaladas fiscais de forma quase contínua, como cheque especial do governo. Usou um total de 33 bilhões de reais, 35 vezes mais que a soma utilizada momentaneamente pelos antecessores, Lula, FHC, ou Itamar Franco.  

Sacar a descoberto nos bancos públicos é uma falta grave. Não declarar isso corretamente na contabilidade oficial, pior ainda. Da forma contínua como foi utilizada no governo Dilma, é fraude fiscal, na opinião de especialistas.

Segundo cálculos ainda não concluídos, estima-se que o governo recém afastado deixará um rombo superior a 120 bilhões de reais, superando o valor admitido, que seria cerca de “apenas” 97 bilhões. Isso se o quadro ainda em apuração não chegar a números ainda maiores.   

Com os tempos difíceis que teremos pela frente, é de se esperar que o governo interino abra completamente os números para conhecimento total e absoluto pelo contribuinte. É preciso indicar de maneira muito clara a atual situação.  Do contrário, o discurso de “golpe” será repetido “ad eternum” para amenizar o que fizeram.

Aliás, um parêntese: falar em “golpe” para quem ficará ocupando um palácio, recebendo salário, com direito a avião, equipe de seguranças,  assessoria completa, tudo pago pelo erário, é uma piada!  

Por isso é imperativo que se mostre a situação real encontrada nas finanças públicas. É hora de abrir as caixas pretas. A do BNDES, dos demais bancos públicos, sem falar na Petrobras e na Eletrobras.  

É preciso também atacar de frente o problema do aparelhamento da máquina pública. Fatos como os que aconteceram no MEC, quando o ministro empossado foi recebido no órgão com faixas taxando o governo de golpista e vaiado,  não pode ser amenizado ou tolerado.

É imprescindível um pente-fino nas nomeações. Assim como nos programas de governo.

Há estados em que a parcela de beneficiários do bolsa família beira os 50% da população. É impossível que, dentro das regras que criaram o programa, uma parcela deste tamanho receba dinheiro público indefinidamente.    

Dentro dos princípios gerais da administração pública, da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, não seria mais do que o cumprimento da lei.

Esta é a expectativa majoritária da população, a apuração completa da situação e a responsabilização por eventuais erros. Não tem outra razão o apoio que tem recebido a Operação Lava Jato, sendo levada a bom termo pelo Judiciário e Ministério Público.

Cabe ao Executivo, portanto, executar a sua parte. E convenhamos, das tarefas que terá pela frente o novo governo, essa será a mais fácil.

Apure-se e divulgue. Doa a quem doer.  

Enio Meneghetti

artigo publicado no Jornal Correio de Cachoeirinha, edição de 17.05.2016

Pizzolato – Homem bomba?

20 de fevereiro de 2015

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Neste momento, certamente muitos petistas estão com as barbas de molho.

Depois da decisão da Corte de Cassação em Roma, concordando com a extradição do ítalo brasileiro Henrique Pizzolato, condenado na Ação Penal 470, o caso do Mensalão, a decisão na Itália agora é política. Caberá ao governo italiano referendar ou não a decisão judicial.

A dúvida é: a Itália fará como Lula e Tarso Genro, que acolheram Cèsare Battisti no Brasil, um terrorista condenado na Itália em devido processo legal, ou devolverá Henrique Pizzolato?

São casos bem distintos. Embora a semelhança de ambos terem entrado ilegalmente nos dois países, Pizzolato é cidadão ítalo brasileiro. Battisti não tem nenhum vínculo com o Brasil que pudesse garantir sua presença aqui.

Mesmo assim, na ocasião do acolhimento de Battisti, Tarso Genro chegou ao cúmulo de criticar a justiça italiana pelo processo que resultou na condenação por quatro homicídios do terrorista. Um caso raro, onde um ex-advogado trabalhista, ministro de outro país, toma ares de corte revisora da justiça italiana. E Lula concordou com a permanência do terrorista condenado na Itália, aqui defendido pelo companheiro advogado Luiz Henrique Greenhald.

O que garantiu maior repercussão ao caso Pizzolato na imprensa italiana foi o fato de ele ter usado documentação do irmão falecido para entrar na Comunidade Europeia.  Fez “mala figura”,  numa expressão usada pelos italianos para referir-se a uma situação vergonhosa. Para muitos italianos, mais condenável até no aspecto moral do que no jurídico: mexer com os mortos!

Abandonado pelo PT desde seu primeiro depoimento na CPI dos Correios lá no distante ano de 2005, Henrique Pizzolato caiu em desgraça ao afirmar a CPI dos Correios que liberou, como diretor de marketing do Banco do Brasil, o pagamento antecipado de uma fatura a uma das empresas de Marcos Valério por “ordem de Luiz Gushkein”, o então Ministro de Comunicações e homem de confiança de Lula. Ali selou seu destino, mesmo que, em depoimentos posteriores, tenha desmentido a afirmação.

Aprovado em um concurso para escriturário do Banco do Brasil nos anos 70, Pizzolato começou carreira como sindicalista no Rio Grande do Sul. Designado para trabalhar em Porto Alegre, passou a estudar arquitetura na Unisinos, em São Leopoldo, cidade onde passou a residir.

Envolvido no movimento sindical,  passou a se destacar. Pediu transferência para o interior do Paraná. Lá concorreu a prefeito de sua cidade e até a governador do estado, em uma eleição impossível. Fez votação irrisória em ambas.

Mesmo assim, teve o apoio da classe e foi escolhido pelos funcionários do banco como seu representante no Conselho de Administração da instituição, passando instantaneamente do salário de escriturário para o de diretor. Sempre escolhido pelos colegas, passou a ter assento no órgão de previdência do BB. Posição na qual passou a ter contato com a nata financeira e empresarial do país.

Com o relacionamento e experiência obtidos, engajou-se na campanha de Lula, onde, diz-se, teve papel importante na captação de recursos.

Queria ser presidente do Banco. Segundo confidenciou a amigos, chegou a receber sinais positivos de Lula que isso pudesse ocorrer. Lula chegou a indagar-lhe que planos teria para a administração do órgão. Mas foi preterido. Quando achava que ficaria sem lugar na “dança da vassoura”, finalmente foi designado Diretor de Marketing do BB.

Muitos comentavam que Lula nutria certa antipatia por ele, principalmente devido a seu hábito de apresentar-se de gravata borboleta e por gostar dos holofotes.

Pelo sim, pelo não, daí talvez certo temor de muitos que, de volta, possa se transformar em um explosivo “colaborador premiado” nos inúmeros processos que vêm por aí.

Ninguém sabe o que podem conter os três computadores e a documentação apreendida com Pizzolato em Maranello e na casa alugada que ele mantinha na Riviera italiana ao ser preso. A Polícia Federal quer que o material seja enviado para a Superintendência em Santa Catarina, local onde foi aberto inquérito para investigar a fuga de Pizzolato. Espera-se que os dados não passem por nenhuma censura…

Por fim, esta é a situação do homem cuja caneta podia estar decidindo até hoje pela aprovação ou não de campanhas, apoios e patrocínios, alguns milionários, do Banco do Brasil.

E já que estamos tratando dos patrocínios do Banco do Brasil, alguém poderia informar qual é o plano de marketing relativo ao patrocínio – certamente vultuoso – da equipe suíça Sauber, de Fórmula 1? Qual o retorno pretendido? Qual o público a ser atingido? Quantas novas contas o Banco espera abrir com este investimento? Em que país? E, principalmente, qual o valor do contrato?

Enio Meneghetti