A semana começou fervendo. A Ministra Carmen Lúcia homologou as delações premiadas da Odebrecht. Permanecerão ainda sob sigilo, mas o PGR Rodrigo Janot deverá pedir logo a liberação dos conteúdos.
O outro fato quente foi o retorno de Eike Batista. Direto para o cárcere. Tudo indica que o outrora “homem mais rico do Brasil”, com fortuna estimada em US$ 34,5 bilhões, paparicado, invejado e apresentado por Lula e Dilma como exemplo de capitalista, voltou para negociar seu acordo de delação premiada.
Sérgio Cabral e Eike Batista travam uma corrida pela delação. Não há espaço para os dois como delatores neste inquérito. Com o retorno, Eike larga na frente. Se fechar o acordo, a delação premiada de Marcelo Odebrecht tem tudo para parecer historia de ninar crianças.
Sem curso superior, Eike ocupará uma cela comum. Acostumado desde menino a ambientes climatizados e seleta companhia, quanto tempo ele aguentará em uma cela, num beliche de concreto e apenas um ventilador para dar conta do verão carioca?
As relações incestuosas entre Eike e os governos Lula e Dilma tiveram uma boa indicação nos vídeos de you tube que rechearam as redes sociais durante o último fim de semana. Contém discursos patéticos, de uma falsidade constrangedora, onde Lula, Dilma e Cabral exaltam o dono do grupo EBX como um Rei Midas, um modelo de empreendedor de sucesso, num imaginário Brasil sem pobreza.
Um enredo de fraude, corrupção e favorecimento recíproco.
No mega esquema em que Eike Batista e a turma de Sergio Cabral são acusados, foram lavados pelo menos US$ 100 milhões. Ora, quem também tem de dar explicações são Lula e Dilma. Grande parte deste dinheiro veio de mega-obras superfaturadas do PAC.
Igualmente, quem ajudou para que o Grupo X conseguisse pegar R$ 10 bilhões no BNDES?
O advogado que negocia a possível delação de Cabral é o mesmo de Fernando Baiano, operador de Eike. Que pagou 3 milhões de reais para que Lula e José Carlos Bumlai o ajudassem junto à Sete Brasil, para entrar em um negócio que envolvia 28 navios-sonda da Sete.
Sim, só esquemas megalomaníacos.
Que seja logo escolhido o novo relator da Lava Jato no STF. Que o caso seja sorteado entre os dez ministros que compõe o plenário da Corte. Porque, se o sorteio for realizado somente entre os membros da segunda turma, há uns 50% de chances de a relatoria cair em mãos erradas. Espera-se que isso não ocorra.
O Brasil inteiro está olhando.
Enio Meneghetti
Tags: BNDES, Carmen Lucia, corrupção, Dilma, Eike Batista, José Carlos Bumlai, Lava Jato, Lula, Odebrecht, PAC, PGR, Rodrigo Janot, Sergio Cabral, Sergio Moro, STF, Teori Zavascki
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