
Muitos consideram uma temeridade correr-se o risco de uma manifestação fraca no dia 26.
Mas não será fraca. Será, sim, muito positiva.
Positiva para mostrar com quem está a opinião pública.
Pode ser que certos poderes superiores, que não dependem de votos, lixem-se para a opinião pública (a não ser quando são abordados em aviões ou no exterior).
Podemos até incluir entre esses “poderes superiores”, certos “movimentos”, ou a parcela interesseira da imprensa, ou ainda, certos “deformadores de opinião” que julgam-se maiores do que a totalidade daqueles para os quais falam.
Alguns, que tornaram-se grandes ao traduzirem o sentimento que vinha das ruas, agora superestimam-se, embriagados com o som de suas próprias vozes, achando que tem o poder de manobrar os desígnios das massas que ontem os ouviam embevecidos. Alto lá! Como diria um determinado apenado: “Menas!”, pseudo líderes!
Quanto aos políticos, se há alguma coisa que temem, é perda de votos. Ir contra a opinião pública. Está aí a verdadeira causa das críticas e o medo das manifestações previstas para o próximo domingo.
Os senhores congressistas foram eleitos para atender aos anseios de seus eleitores. Eles sabem muito bem o que desejam aqueles que os elegeram, sejam do campo ideológico que forem.
Vamos pensar um pouco: quando chegamos ao ponto de ver um político como o apenado José Dirceu fazer de carro o trajeto entre Brasília e Curitiba, para entregar-se à prisão, por medo de manifestações em um voo de carreira, começa-se a ter uma pálida ideia da força que tem a população.
Não se trata de emparedar o Congresso ou ameaçar a quem quer que seja. Mas sim, de apresentar claramente qual o sentimento que vem da opinião pública.
O povo votou em outubro. Agora, quem deve votar são os congressistas eleitos.
Qual a diferença prática entre aqueles que patrocinam chicanas jurídicas nos tribunais e os que usam manobras regimentais (ou anti regimentais) para impedir que as propostas que pretendem avanços – apresentados ao eleitorado por ocasião das eleições – sejam sequer apreciadas?
A já mencionada opinião pública está farta de muchochos ou nhé-nhé-nhés via imprensa para justificar o não avanço das pautas propostas e necessárias ao país.
Senhores congressistas, deixem o país andar. Ponham em votação as matérias de interesse da nação! Ninguém os obrigará a votar assim ou assado.
Mas quem votar contra os anseios do povo, que explique-se depois.
Não há nada de errado ou condenável, a nenhuma parcela da população, mostrar seu tamanho. Pacificamente.
A não ser que exista alguém com razões para temer a voz das ruas.
Simples assim.
22 de maio de 2019 às 17:15 |
Bem colocado!