Aldemir Bendine foi indicado por Dilma Roussef para presidir a Petrobras, em substituição a Graça Foster, em meio a apuração da mega rapinagem que fizeram na estatal, ao ponto de praticamente quebra-la.
Dilma colocou Bendine na estatal mesmo sendo de conhecimento público grave incidente ocorrido em sua gestão na presidência do Banco do Brasil.
Bendine concedeu um empréstimo de 2,7 milhões a juros subsidiados de 4% ao ano, para a compra de caminhões, usando uma linha de crédito subsidiada do BNDES, favorecendo sua amiga, a socialite Valdirene (Val) Marchiori, contrariando normas das duas instituições.
Valdirene tinha restrições de crédito no BB por não ter pago empréstimo anterior, não tinha capacidade financeira para obter o crédito. Ela tomou o empréstimo em nome da Torke Empreendimentos, apresentando como comprovação da receita de sua empresa a pensão alimentícia de seus dois filhos menores de idade. A empresa não tinha atuação na área de transportes, tampouco Valdirene, que usou parte do dinheiro para comprar um Porsche.
Conforme relatou ao MPF o motorista de Bendini, Sebastião Vieira da Silva, ele costumeiramente fazia vultosos pagamentos em dinheiro vivo para o chefe e também transportava Valdirene para cima e para baixo, em São Paulo, a mando de Bendini.
Mesmo tendo conhecimento de tudo isso, Dilma colocou Bendine na presidência da Petrobras.
Não é piada, é verdade.
Demorou, mas Bendine foi preso temporariamente na manhã da última quinta feira, dia 27, em São Paulo, na 42.a fase da Lava Jato, batizada de “Operação Cobra”. Esse era o codinome dele nas planilhas de propina da Odebrecht.
Bendine já havia pedido R$ 17 milhões de propina quando era presidente do BB, para fazer a rolagem de dívida de um financiamento da Odebrecht Agroindustrial. Marcelo Odebrecht negou o pedido por não ter confiado no cacife de Bendine para conceder a vantagem.
Segundo o MPF, há provas de que NA VÉSPERA de assumir o comando da Petrobrás, Bendine enviou um emissário pedindo propina para Marcelo Odebrecht tão somente para não prejudicar os interesses do grupo na estatal. E conseguiu. Os pagamentos ao “Cobra”, só pararam quando Marcelo Odebrecht foi preso.
Essa foi a escolha da “competente” Dilma Roussef para presidir a Petrobras em meio a revelação dos escândalos de corrupção.
Em relatório, o MPF diz que há indícios de que Aldemir Bendine “é um criminoso habitual”.
O delator Fernando Reis, executivo da Odebrecht, entregou ao MPF vários documentos que confirmam o acerto da propina de Bendine, entre estes, prints de mensagens e registro de contatos telefônicos.
Consta que Bendine era um dos “queridinhos” de Lula, pois soube atender as expectativas do governo de tal maneira que recebeu a Petrobras de bandeja das mãos de Dilma para “obrar”.
Quanto a Valdirene “Val” Marchiori, ela nega ter sido favorecida por Aldemir Bendini.
Ela é do naipe de Rosemery Noronha.