Archive for the ‘Problemas Internacionais’ Category

SURPRESA ZERO

18 de novembro de 2015

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Não vou entrar na análise dos acontecimentos da última sexta feira em Paris. Isso já vem sendo feito exaustivamente por especialistas desde então.

 

Vou ater-me a uma incômoda contradição que aflorou junto com o atentado.

 

Em nome do Brasil, onde certos governantes e alguns arautos do “politicamente correto” vivem sempre amenizando atos de bandidos e terroristas, onde sentimos nas ruas a guerra civil não declarada promovida pelo crime organizado em todo o território nacional, dona Dilma veio a público na manhã de domingo, logo depois dos atentados em Paris, por ocasião da realização do grupo dos Brics, na Turquia, para condenar os atentados terroristas lá ocorridos.

 

“Expresso o meu mais veemente repúdio, que é também o de todo o povo brasileiro, aos atos de barbárie praticados pela organização terrorista ‘Estado Islâmico’ que levaram mortes e sofrimento a centenas de pessoas de várias nacionalidades em Paris”, disse, no encontro que antecedeu a reunião da cúpula do G20. “Essas atrocidades tornam ainda mais urgente uma ação conjunta de toda a comunidade internacional no combate sem tréguas ao terrorismo.” – completou magistralmente.

 

Quem disse isso foi a mesma Dilma que em 24 de setembro de 2014  criticou a ação dos Estados Unidos e países aliados contra o ISIS, grupo militante do mesmo Estado Islâmico que agora, ela tardiamente, condena.

 

Numa entrevista coletiva em Nova York, onde fez o discurso de abertura da 69.a. Assembléia Geral da ONU, Dilma condenou  as ações militares realizadas “sem o consentimento da ONU” e ainda comentou em tom de pergunta:

 

“Vocês acham que bombardear o Isis resolve o problema? Se resolvesse eu acho que estaria resolvido no Iraque”, chegou a disparar ela, na ocasião.

 

Ok, errar é humano. Mas não foi bem o caso. Dona Dilma, no mínimo, poderia ter se referido ao equívoco de sua posição anterior antes de externar a nova. Sobre aquela posição anterior, só mesmo uma política externa completamente míope não enxergaria que algo como o atendado da última sexta feira  poderia ser cometido pelos fanáticos a quem defendeu em um passado recentíssimo.

 

Contou com a memória curta da população brasileira.

 

Porém, quem esqueceu de algo foi ela. Da realidade que não se cansa de demonstrar que todos os fanáticos movidos por religião ou ideologia estão sempre condenando o“imperialismo” por todos os seus males. E sempre encontrarão algo, alguém ou alguma coisa para justificar o uso de sua natureza violenta e doentia que sacrifica inocentes como método de luta.

 

Enio Meneghetti

 

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http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/dilma-critica-acao-contra-estado-islamico-e-diz-que-bombardeios-nao-levam-a-paz-2

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Essa é prá matar!

21 de outubro de 2015

Cortesia de “O Antagonista”: 

Trata-se de uma mensagem descarada, decifrada do celular do temporariamente preso, Marcelo Odebrecht. 

Personagens mencionados: 

JEC = José Eduardo Cardozo, nada menos que o atual Ministro da Justiça;

FEIRA = o marqueteiro oficial, João Santana;

VACA = João Vaccari Neto, preso preventivamente, ex-Tesoureiro do partido da presidente da República;

EDINHO SILVA = Atual Ministro de Estado, ex Tesoureiro da campanha eleitoral da atual Presidente da República;

HADDAD = Ex Ministro de Estado e atual prefeito de São Paulo;

DELA = “MRF: dizer do risco cta suiça chegar campanha dela?” – Você decide quem é esta tal “DELA”. Mas boa coisa não deve ser…

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Segue o texto da postagem original de “O Antagonista”:

Uma mensagem e cinco impeachments

Aquela mensagem de Marcelo Odebrecht deveria ser o bastante para levar ao impeachment de Dilma Rousseff.

Não apenas um impeachment – cinco impeachments.

Impeachment número 1: a blindagem contra a Lava Jato negociada com José Eduardo Cardozo, o JEC.

Impeachment número 2: o pagamento ilegal a João Santana, o Feira.

Impeachment número 3: os prédios (?) de João Vaccari Neto, o Vaca.

Impeachment número 4: o dinheiro sujo arrecadado pelo tesoureiro da campanha, Edinho Silva.

Impeachment número 5: a propina vinda da conta da Odebrecht na Suíça para eleger Dilma Rousseff.

Francamente: só nós vemos essas coisas?

http://www.oantagonista.com/posts/uma-mensagem-e-cinco-impeachments

SÓ NÃO VÊ QUEM NÃO QUER

21 de outubro de 2015

Z

Este artigo foi publicado na quarta feira, 21 de outubro.

Hoje, 24/10 a Folha publica a matéria cujo link segue abaixo.

Por que será que agora ninguém mais quer ouvi-lo? Leia o artigo “Só não vê quem não quer” e saberá.

Lava Jato freia contratação de Lula para dar palestras

http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/10/1697967-lava-jato-freia-contratacao-de-lula-para-dar-palestras.shtml?cmpid=newsfolha

SÓ NÃO VÊ QUEM NÃO QUER

Lula deixou a presidência da República e passou a fazer palestras.

Isso era noticiado e perguntava a mim mesmo: Como funciona esse negocio? Por que vêm esses convites? Qual a razão, o interesse de uma empresa privada em pagar tanto dinheiro para ouvi-lo? Afinal, sem ofensa, mas qualquer pessoa do mundo corporativo ou com um mínimo de cultura, sabe que embora seja esperto e um mestre na comunicação, o discurso de Lula é absolutamente raso.

Hoje sabemos, as palestras dele encomendadas pela Odebrecht, viajando mundo afora em aviões fretados pela empresa, geraram obras fantásticas nos países visitados. O BNDES bancando a farra.

Aqui no Brasil Lula também fez das suas. E como! Antes de recordarmos as estrepolias na Petrobras, podemos lembrar a história mal contada da construção do estádio do Corinthians, o famigerado Itaquerão. Exemplo claro da orgia que se fez com o dinheiro dos brasileiros.

Aliás, como torcedor do Internacional sempre estranhei aquela intervenção de Dilma para solução do impasse entre Inter e Andrade Gutierrez. Dilma mandou e a Andrade Gutierrez obedeceu e fez a reforma de nosso Beira Rio. Lembro bem da descrição fantástica do diálogo da “madrinha” como os veículos mais aduladores a classificaram.

“É meu clube, é meu Estado. Não há hipótese nenhuma de a empresa sair e deixar todo mundo na mão.”

Ora, será que não conhecem a máxima de Milton Friedman, que ensina que “não existe almoço grátis”?

Impressiona o fato de que as pessoas esqueçam fatos como esses e se surpreendam quando após anos de esbanjamento em parcerias para lá de esquisitas, como nas obras da Petrobras e tantas outras, Lula, Dilma e seu partido tenham levado o Brasil à breca.

Em meio à mais terrível crise que já vivemos – e vai piorar! – a opinião pública se pergunta: como isso aconteceu?

Enquanto o mundo enfrentava com galhardia e responsabilidade a crise de 2008, o “mago” Lula dizia: gastem, comprem, torrem, endividem-se. É só uma marolinha!

Pois agora é que vamos recém começar a ver o tamanho do tsunami causado por esses aventureiros. O esquemão econômico que tomou conta do Estado brasileiro ainda permanece no Palácio do Planalto. E Lula está sendo investigado pelo Ministério Público por tráfico de influência internacional.

Seus problemas legais crescerão proporcionalmente ao agravamento da crise que recém inicia.

Enio Meneghetti

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NÃO É PIADA!

2 de outubro de 2015

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A força-tarefa da Operação Lava Jato recebeu um premio na noite de 24 de setembro, em Nova York. O prêmio daGlobal Investigations Review na categoria “órgão de persecução criminal membro do Ministério Público do ano”, foi outorgado para celebrar os investigadores e as práticas de combate à corrupção que mais impressionaram o mundo no último ano.

Desde abril de 2014 o time que atua na Lava Jato apresentou 31 acusações criminais contra 143 pessoas pelos crimes de corrupção, crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, organização criminosa, lavagem de dinheiro, entre outros. Detalharam o pagamento de propina de cerca de R$ 6,2 bilhões, sendo que R$1,5 bilhão já foram recuperados. Também foram propostas cinco acusações de improbidade administrativa contra 37 pessoas e empresas pedindo o ressarcimento total de R$ 6,7 bilhões.

 Os procuradores Deltan Dallagnol, Carlos Fernando dos Santos Lima e Roberson Pozzobon representaram a equipe de 11 membros da LavaJato, na cerimônia realizada em Nova York, para onde viajaram a expensas próprias.

 Quase ao mesmo tempo, Dilma Rousseff faz mais uma viagem internacional, de quatro dias, a Nova York, acompanhada de extensa comitiva.

Dona Dilma fez-se acompanhar dos ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores), Tereza Campello (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), Izabella Teixeira (Meio Ambiente), Luís Inácio Adams (Advocacia-Geral da União) e Eleonora Menicucci (Política para as Mulheres). Há menos de noventa dias, dona Dilma já tinha gasto bons dólares na mesma Nova York.

Hóspede do Hotel St Regis, na Fifth Avenue, Sua Excelência ocupou a suíte Tiffany de 158 m2. Sala de jantar para dez pessoas mais sala de estar, ao módico preço de US$ 11 mil dólares a diária. Sem falar na hospedagem da comitiva, transporte terrestre, diárias, etc.

Sem medo de cair em demagogia, é impossível resistir a tristeza do contraste entre o fato acima, em comparação ao fato de que os procuradores pagaram a própria viagem.

A Força Tarefa da Lava Jato conseguiu uma façanha . O trabalho deles desnudou um projeto político de crime organizado.

 Enquanto no exterior há o reconhecimento do trabalho da Operação Lava Jato,  aqui no Brasil, concomitantemente aconteceu uma vergonhosa tentativa de impedir que ela produza seus resultados.

Sim, o Supremo Tribunal Federal desvinculou dos processos da Operação Lava Jato a investigação que corre contra a ex senadora paranaense Gleisi Hoffman, do PT. A manobra foi para esvaziar a 13a Vara Federal em Curitiba, onde o juiz Sérgio Moro vem atuando de forma impecável na condução dos processos oriundos das investigações da Operação LavaJato.

O ministro Gilmar Mendes foi o único a expor as graves consequências de se retirar do juiz Sérgio Moro a atribuição de julgar os escândalos da Lava Jato:

“No fundo, o que se espera é que o processo saia de Curitiba e não tenha a devida sequência em outros lugares. Vamos dizer em português bem claro”(…). ” não tem, na história desse país, nenhuma notícia de uma organização criminosa desse jaez, fato que nos envergonha por completo. Estamos falando do maior caso de corrupção do mundo”.

Felizmente, como não poderia deixar de ser, a vergonhosa manobra pegou muito mal, e o golpe contra a Lava Jato, contra o juiz Sérgio Moro e a força-tarefa do MPF e PF poderá ainda ter um resultado inesperado.

A sociedade reagiu e está se manifestando contra o abuso consciente de fatiar os processos da Lava Jato.

Estejamos atentos.

Enio Meneghetti

Pixuleco na prisão

11 de setembro de 2015

http://www.youtube.com/watch?v=KwEZ0InXSvM

Polícia Federal pede ao STF para ouvir Lula em inquérito da Lava Jato

Para delegado, petista pode ter se beneficiado de esquema na Petrobras.

Em visita à Argentina, ex´presidente disse não ter sido comunicado. 

A Polícia Federal pediu autorização ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tomar depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na maior investigação em curso na Corte sobre a Operação Lava Jato. A informação foi antecipada nesta sexta-feira (11) pelo site da revista “Época”.

Para justificar o pedido (veja no Blog do Matheus Leitão), enviado ao ministro Teori Zavascki na última quarta (9), o delegado Josélio Azevedo de Sousa diz que o petista “pode ter sido beneficiado pelo esquema em curso na Petrobras”.

Na Argentina, antes de visita à Universidade Metropolitana, no centro de Buenos Aires, o ex-presidente disse desconhecer a informação. Indagado sobre o assunto por jornalistas, Lula afirmou (veja vídeo de ‘O Globo’): “Eu não sei como é que comunicaram a vocês e não me comunicaram. É uma pena”.

A assessoria do Instituto Lula informou que o ex-presidente está em viagem de trabalho à Argentina, não tem conhecimento do documento da Polícia Federal e por isso não vai comentar.

O inquérito apura a suposta participação de 39 políticos e operadores em esquema de distribuição de recursos ilícitos a agentes parlamentares do PT, PMDB e PP. Embora Lula não tenha mais o chamado foro privilegiado, o pedido foi enviado ao STF porque o inquérito envolve políticos que só podem ser investigados pelo tribunal.

“Atenta ao aspecto político dos acontecimentos, a presente investigação não pode se furtar de trazer à luz da apuração dos fatos a pessoa do então Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que, na condição de mandatário máximo do país, pode ter sido beneficiado pela esquema em curso na Petrobras, obtendo vantagens para si, para seu partido, o PT, ou mesmo para seu governo, com a manutenção de uma base de apoio partidária sustentada à custa de negócios ilícitos na referida estatal”, diz o pedido.

O pedido também diz que a investigação “não pode estar dissociada da realidade fática que se busca elucidar”. O documento sublinha que trata-se de um “esquema de poder politico alimentado com vultosos recursos da maior empresa do Brasil” e que teria durado por aproximadamente 10 anos, compreendendo o período de governo de Lula.

Outro trecho diz que nenhum dos investigados nega que nomeações para diretorias da Petrobras “demandaram apoio político-partidário que, por sua vez, reverteu-se em apoio parlamentar, ajudando a formar, assim, a base de sustentação política do governo”.

“Dentro dessa lógica, os indícios de participação devem ser buscados não apenas no rastreamento e identificação de vantagens pessoais porventura obtidas pelo então presidente, mas também nos atos de governo que possibilitaram que o esquema se instituísse e fosse mantido, uma vez que, tal como já assinalado, não se trata apenas de um caso de corrupção clássico”.

No pedido, a PF relaciona diversos trechos das delações premiadas de Paulo Roberto Costa – ex-diretor de Abastecimento da Petrobras suspeito de operar os desvios – e Alberto Youssef – doleiro que seria responsável por pagar propinas e lavar o dinheiro –, em que indicam anuência do ex-presidente ao esquema.

No mesmo pedido, a PF pede também para ouvir os ex-ministros petistas José Dirceu (Casa Civil), Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) e Ideli Salvatti (Secretaria de Relações Institucionais). Todos são relacionados como integrantes do “Primeiro Escalão do Poder Executivo Federal”. Há também pedidos para ouvir o presidente do PT, Rui Falcão, os ex-presidentes da Petrobras José Sérgio Gabrielli e José Eduardo Dutra.

Segundo a a PF, as investigações serão complementadas pelas investigações realizadas sobre Dirceu e o também ex-ministro Antonio Palocci sob a supervisão do juiz Sergio Moro, da primeira instância da Justiça Federa em Curitiba, e também com a delação premiada do dono da UTC Engenharia Ricardo Pessoa, considerado líder do cartel que atuava na Petrobras.

O documento também menciona a presidente Dilma Rousseff, citando cargos que ocupou durante o governo Lula – ministra de Ministra de Minas e Energia (2003 a 2005), presidente do Conselho de Administração da Petrobras (2003 a 2010) e chefe da Casa Civil (2005 a 2010) –, mas que ela não pode ser investigada por determinação da Constituição.

 

 

http://g1.globo.com/politica/operacao-lava-jato/noticia/2015/09/policia-federal-pede-ao-stf-para-ouvir-lula-em-investigacao-da-lava-jato.html

SERÁ APENAS COINCIDÊNCIA?

10 de setembro de 2015

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Há nove meses o ex-primeiro-­ministro português, José Sócrates, está em prisão preventiva. A acusação seria de receber propina de empresas em troca de favores. Já foram localizadas contas na Suiça em nome de familiares dele e o mais surpreendente é a existência de personagens do mensalão e do petrolão no esquema.

O Grupo Lena, acusado de ser contratante dos serviços de Sócrates, tem relações com a Odebrecht. As relações entre o PT brasileiro e o Partido Socialista português, nos anos do governo de José Sócrates e de Lula pavimentaram negócios de pelo menos três empreiteiras brasileiras ligadas ao petrolão.

Outras empresas portuguesas investigadas, como o Banco Espírito Santo,  já apareceram em esquemas do mensalão.

Isso pode não ser nada bom, no momento em que o Juiz Sérgio Moro está prestes a aceitar a denúncia contra José Dirceu e mais 16 pessoas, tornando-os réus denunciados na 17ª fase da Lava Jato. Junto pode aceitar a denúncia contra a filha de Dirceu, Camila Ramos e o irmão Luiz Eduardo de Oliveira, suspeitos de terem ficado com parte da propina oriunda de contratos da Engevix com a Petrobrás.

José Dirceu até pode querer dar uma de Marcos Valério e suportar uma possivelmente longa condenação. Mas já se sabe os  efeitos que produziram  –  denúncia de familiares – entre outros acusados da Lava Jato.

Esta é uma hipótese que provoca calafrios nas hostes petistas, em se tratando de Dirceu.  Sim, estamos falando na possibilidade de uma apavorante delação premiada do “guerreiro do povo brasileiro”.

Se tudo isso fosse pouco, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao ministro Teori Zavascki o pedido para que o Ministério Público investigue o pagamento de propina nas campanhas presidenciais de Lula, em 2006, e de Dilma em 2010 e 2014.

Os pedidos de Janot, foram baseados nos depoimentos de Ricardo Pessoa, dono da UTC.

Zavaski ainda não se manifestou sobre o assunto, mas já encaminhou para o juiz Sérgio Moro em Curitiba os documentos que apontam suspeitas de arrecadação ilegal feitas pelas coordenações de campanhas presidenciais de Lula em 2006 e de Dilma referentes  a 2010.

 

Enquanto isso, Lula passava pelo Palácio da Alvorada, na noite de quinta-feira. Encontrou Dilma atordoada em meio a um turbilhão de problemas.

Estava em meio a crise com a quase saída de Joaquim Levy e com a fala de Michel Temer.

Aquela: “Hoje, realmente, o índice [de aprovação do governo] é muito baixo. Ninguém vai resistir três anos e meio com esse índice baixo. Se continuar assim, eu vou dizer a você, 7%, 8% de popularidade, de fato, fica difícil.”

Parecia que a visita fora para ajudar com conselhos sua criatura. Pelo sim, pelo não, Lula tem mais é que tentar salvar a própria pele. E Dilma, a esta altura, só pode piorar ainda mais a situação de seu criador.

Em meio a esta infinidade de sintomas que o barco está fazendo água por todos os lados, ainda há quem pense que tudo isso “não vai dar em nada”.

Será?

Enio Meneghetti 

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HÁ PROVAS, SIM!

3 de setembro de 2015

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O fato da última semana foi a publicação de documentos constantes de inquéritos do Ministério Público mostrando o lobby de Lula, como ex-presidente, nas negociações para a concessão de empréstimo do BNDES para a construção do Porto de Mariel, em Cuba, obra feita pela Odebrecht.

 

A obra consumiu US$ 682 milhões de dinheiro público brasileiro, via BNDES.

 

O contrato foi celebrado em condições consideradas como “excepcionalidades”: prazo de 25 anos contra 12 habituais, taxas de juro de mãe brasileira e garantias questionáveis.

 

A transação foi classificada como “secreta” pelo ex-ministro do Desenvolvimento e hoje governador mineiro, Fernando Pimentel.

 

Essa classificação contraria preceitos constitucionais básicos da administração pública, como transparência e publicidade, entre outros.

 

A revista Época mostrou  telegramas do diplomata que acompanhou um encontro entre Lula e Raul Castro. Lula, já como ex-presidente, garantiu que o financiamento para o Porto de Mariel estava garantido e “não haveria mudanças”.

 

Outro telegrama relatou uma conversa reservada de Lula com os representantes da Odebrecht sobre novos financiamentos, porque, dado o imenso volume de dinheiro que já tinha sido empregado em Cuba, dificilmente o BNDES aprovaria novos empréstimos sem conseguir “garantias soberanas” – que são aquelas oferecidas por um país.

 

Foi então sugerida oferta de medicamentos cubanos no SUS e a venda de parte da produção de nafta de Cuba para a petroquímica Braskem, que pertence à Odebrecht. Até o dinheiro dos pagamentos do Brasil aos cubanos do “Mais Médicos” chegou a ser cogitado como garantia.

 

O diplomata narra que antes de embarcar, Lula confidenciou-lhe ter tratado da questão das garantias, inclusive a venda de nafta à Braskem. Lula retornou ao Brasil após essa conversa em avião pago pela Odebrecht.

 

Desnecessário dizer que um ex-presidente não pode tratar de temas intestinos de um governo após o término de seu mandato.

 

Questionada sobre o assunto, a construtora Odebrecht afirmou que o financiamento para as obras foi concedido ao governo de Cuba e não a construtora (JN 29.08.2015).

 

Ora, o artigo 49, ítem 1 da Constituição Brasileira dispõe que quaisquer contratos gravosos do Brasil com países estrangeiros deve obrigatoriamente ser referendado pelo Congresso Nacional. Isso não aconteceu.

 

Sendo assim, a afirmação da Odebrecht acima, veiculada em ampla reportagem do Jornal Nacional da TV Globo, edição de 29.08.2015, coloca os empréstimos concedidos pelo Brasil a Cuba – e não a Odebrecht – em condição de ilegalidade.   

 

Essa questão dos empréstimos internacionais sem anuência do Congresso, inclusive foi tema de uma pergunta em um dos debates da última campanha presidencial.

 

Indagada pelo candidato Aécio sobre o fato de não terem sido submetidos ao Congresso os empréstimos internacionais concedidos pelo Brasil via BNDES,  Dilma respondeu que tais empréstimos foram concedidos “às empreiteiras” e não aos países.

 

Não é o que afirma a Odebrecht.

 

E agora?

 

Enio Meneghetti

 

Veja aqui a reportagem do JN e o contraponto da Odebrecht onde a empresa diz que NÃO foi a tomadora do empréstimo, e sim, o governo cubano.

http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2015/08/mp-investiga-emprestimo-do-bndes-para-construcao-de-porto-em-cuba.html

 

 

DESESPERO!

12 de agosto de 2015

DESESPERO!

O advogado de José Dirceu tem repetido que ele não vai fazer acordo de delação premiada. Azar dele. Com a fartura de indícios, evidências e provas existentes, sua opção lhe garantirá mais anos vendo o sol nascer quadrado.

Porém, o indício mais forte para demonstrar que o desespero bateu definitivamente na cúpula, foi a absurda ideia de algum demente de nomear Lula ministro de Dilma para garantir-lhe o foro privilegiado e sair do alcance do juiz Sérgio Moro.

Para início de conversa, embora venha desenvolvendo um excelente trabalho, a limpeza moral que começou lá em Curitiba não é obra apenas da pessoa do juiz Dr. Sérgio Moro.

Quando ele defere um pedido de prisão, logicamente é devido a alguma solicitação do Ministério Público. Funciona assim no estado de direito, embora uns por aí não compreendam bem o que seria isso…

E o MPF, ao pedir a prisão temporária ou preventiva de algum desses criminosos, obviamente vem se pautando no admirável trabalho da competente investigação da Força Tarefa da Lava Jato.

Essa mania de achar que uma caneta só decide tudo, é bem cacoete de apreciadores de regimes totalitários, ditadores, déspotas ou outras anomalias tão ao gosto dos membros do Foro de São Paulo.

A quantidade de material já apurado e que sequer veio à tona ainda, é garantia de fortes emoções para quem vem acompanhando as falcatruas que dia a dia vem sendo reveladas.

Tanto em matéria de nomes que muito em breve deverão estar atrás das grades, como em revelações de outras ilegalidades.

Muitas transferências ilegais descobertas no exterior ainda não chegaram a público. Há muito esgoto ainda para passar debaixo da ponte. Há indícios de negociatas em Portugal, que deverão trazer mais de nove dedos de preocupação.

Para quem acha que a CPI da Petrobrás já trouxe tudo em matéria de bandalheiras, que aguarde a CPI do BNDES.

Seria o famoso “não perde por esperar”.

Tem gente que está visivelmente desesperada, mas nem viu ainda o tamanho da encrenca em que se meteu.

Quem nunca comeu melado, quando come se lambuza.

Enio Meneghetti

Bah, mas demorou, hein?

16 de julho de 2015

Lula investigado. 

Abaixo: Portaria de Instauração de Procedimento Investigatório Criminal n.o. 66/2015, de 8 de julho de 2015.

“Possível ocorrência de tráfico de influência na atuação do ex-presidente da República Luis Inácio da Silva, o qual teria obtido vantagens econômicas da empreiteira Odebrecht a pretexto de influir em atos praticados por agentes públicos estrangeiros, notadamente dos governos da Rep´[ublica Dominicana e Cuba (neste caso, em relação a obras financiadas pelo BNDES) e por agentes públicos federais brasileiros.”     

Lula-investigado

 

A Procuradoria da República do Distrito Federal abriu inquérito contra Lula para investigar a relação dele com a Odebrecht.

O Ministério Público quer examinar as ações de Lula na concessão dos famigerados empréstimos do BNDES –

saiba mais aqui: https://eniomeneghetti.com/2014/03/17/emprestimos-ilegais/

O MPF também quer saber por que a empreiteira pagou para Lula viajar para intrometer-se em negociações de contratos no exterior.

Na portaria o MPF está pedindo também que a força-tarefa da Operação Lava Jato compartilhe todas as informações que envolvem Lula e a Odebrecht.

O Ministério Público poderá também pedir a quebra de sigilo do investigado e buscas e apreensões.

Antes da abertura da investigação, a procuradoria deu quinze dias de prazo para explicações de Lula.

Finalmente aconteceu. Já estava mais do que na hora.

Enio Meneghetti

ANOTE ESTE NOME!

15 de julho de 2015

Bernardo feiberhaus

Bernardo Freiburghaus. Ele está na lista de procurados pela Interpol. Atua desde os anos 90 guardando discretamente dinheiro dos clientes em contas secretas nos bancos suíços. 

A força-tarefa da lava-jato quer ouvi-lo há meses.

Lembram que no início do ano vazou o acontecimento de uma visita de advogados da Odebrecht ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo? Pois é. Preocupados com a colaboração das autoridades suíças com a força-tarefa da lava-jato, os advogados da empreiteira foram até José Eduardo Cardozo, justamente para tentar saber quais os dados bancários haviam sido enviados pelos suíços. 

Tudo porque Paulo Roberto Costa havia confessado ter conta na Suiça,  aberta por Freiburghaus no banco Julius Baer, para depositar parte de uma propina de US$ 5,6 milhões que teria sido paga pela Odebrecht. 

Paulo Roberto Costa declarou ainda que Freiburghaus agira assim orientado pelo ex-diretor da Odebrecht, Rogério Araújo.

A Odebrecht nega tudo isso, evidentemente.  Mas Bernardo Freiburghaus é  peça-chave para que o Ministério Público Federal possa comprovar, de forma testemunhal e/ou documental, se a cúpula da Odebrecht operava ou não um esquema de corrupção a partir de negócios com a Petrobras e outras estatais ainda sequer sonhadas.

O fato é que enquanto Freiburghaus não for encontrado pela Interpol, dificilmente haverá o relaxamento da prisão preventiva de Marcelo Odebrecht.

 E a manutenção de sua prisão preventiva preocupa – e muito –  o governo. Afinal, ele tem grandes conhecimentos. Sabe muito. Sabe tudo.

Em matéria de prisões preventivas, só há uma que preocupa ainda mais o Planalto: a de José Dirceu, que já andou insinuando que pode aderir a uma delação premiada que teria o efeito de uma bomba atômica no colo de uns e outros.

Será que trataram disso na escala da cidade do Porto?

Aposto que sim.

Enio Meneghetti