Archive for the ‘Gastos Públicos’ Category
28 de março de 2017

Com medo de sofrer punições da Justiça Eleitoral, o PT desistiu de lançar a candidatura de Lula à Presidência da República em evento que estava previsto para o mês que vem. Os petistas pretendiam que Lula sentasse diante do juiz Sérgio Moro no próximo dia 3 de maio já como pré-candidato, para criar constrangimentos para o magistrado.
Em um seminário contra a Lava Jato em São Paulo, Lula referiu-se à questão: “Agora vai começar um outro processo contra mim porque dizem que estou num processo de antecipação de campanha e tenho que ter a candidatura vetada”. Ele continuou a bravatear: “Nem o Moro, nem o Dallagnol, nem o delegado da Polícia Federal têm a lisura, a ética e a honestidade que eu tenho nestes 70 anos de vida. Eles deram azar porque foram mexer com quem eles não deveriam ter mexido. Vou nessa briga até o fim. Não tenho negociata. Eles vão ter que provar. A Lava-Jato não precisa do crime. Primeiro, ela acha o criminoso e depois coloca o crime em cima do criminoso. Quero ver qual vai ser o crime a ser imputado a mim”.
Não serão poucos e ele sabe. Pelo menos dez serão as situações suspeitas que virão nos depoimentos de executivos e ex diretores da Odebrecht:
– O sítio: o executivo Alexandrino Alencar teria dito em seus depoimentos que a Odebrecht pagou a reforma do sítio de Atibaia, em 2010;
– O terreno: a construção de uma nova sede do Instituto Lula. A Odebrecht teria oferecido ao ex-presidente vantagem indevida, de cerca de R$ 12 milhões de reais, com a compra do imóvel da Rua Dr. Haberbeck Brandão;
– Cobertura em S Bernardo: utilizada pelo ex-presidente, foi adquirida no nome de Glauco da Costa Marques. Seria mero testa de ferro. Segundo o MPF, Marisa Letícia assinou contrato fictício de locação do imóvel, datado de fevereiro de 2011, mas nunca houve pagamento;
– “Amigo”- um total de R$ 8 milhões debitados do saldo do que a PF chamou de “conta-corrente da propina”, na planilha italiano;
– Itaquerão: Emílio Odebrecht, teria dito que o estádio do Corintians foi retribuição a Lula pela ajuda prestada em seus oito anos de mandato;
– Luiz Cláudio: a Odebrecht, a pedido de Lula, teria alavancado a empresa Touchdown Promoções e Eventos Esportivos;
– Frei Beto – a empreiteira teria pago mesada a Frei Chico, irmão de Lula por mais de dez anos;
– Conta corrente: Marcelo Odebrecht teria detalhado sobre a conta corrente gerenciada por Antônio Palocci, usada para manter em alta a influência política de Lula, com investimentos nas campanhas de líderes de esquerda em países vizinhos;
– Tráfico de influência: Lula teria ajudado a Odebrecht na obtenção de contratos na América Latina e na África com recursos do BNDES. O esquema teria sido iniciado em 2011, e durado até 2014;
– Palestras: sempre que a empreiteira precisasse ajuda para resolver algum problema em contratos nos respectivos países, providencialmente, uma palestra do ex presidente acontecia no país demandado.
Tudo invenção, certamente.
Tags:Amigo, Delações, Lava Jato, Lula, Odebrecht
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21 de março de 2017

FALA ALEXANDRINO!
Conforme vínhamos antecipando há bastante tempo neste espaço, o depoimento mais bombástico entre os mais de setenta executivos da Odebrecht, deverá mesmo ser o do ex diretor de relações institucionais da empreiteira, Alexandrino Alencar.
Neste final de semana foi publicado na revista Veja parte das revelações que deverão constar na delação premiada do mais frequente acompanhante e interlocutor de Lula em assuntos não republicanos.
Alencar acompanha Lula desde os tempos de sindicalismo em São Bernardo. Em sua delação, ele revela que a Odebrecht pagou mesada por mais de dez anos para Frei Chico, irmão de Lula. Isso começou durante o mandato presidencial e só parou com o estouro do Petrolão.
Como se sabe, Lula responde por crimes de corrupção passiva e tráfico de influência. Um dos casos é o do sobrinho, Taiguara Rodrigues, que recebeu 20 milhões da Odebrecht por obras do mesmo tipo das palestras de Lula: nunca foram encontradas. Alencar explica isso e também os pagamentos mensais ao irmão do ex presidente. Segundo o delator, tudo foi feito após pedido pessoal de Lula.
Além disso, segue Alexandrino, a falecida Marisa Letícia pediu pessoalmente ajuda para a realização da reforma do sítio de Atibaia.
Ou seja, enquanto era diretor da empreiteira, Alencar afirma que fez pagamentos à família presidencial. Inclusive o patrocínio a Luís Cláudio Lula da Silva, a ponto de transformá-lo de professor de educação física a empresário bem sucedido do ramo esportivo.
Alencar montou um diagrama com todo o esquema de pagamentos feitos, mais a compra do famoso terreno para construir a sede do Instituto Lula. Segundo Alencar, Lula recebeu cerca de três milhões de reais para defender os interesses da Odebrecht. Os pagamentos vieram na forma das famigeradas “palestras” de Lula, de 2011 até 2014.
O advogado de Lula, José Roberto Batochio, nega tudo.
Lula e Dilma Rousseff estão com outro problema sério. Edson Fachin logo desmembrará a lista de Janot enviando as acusações referentes aos apontados que não tem foro privilegiado, caso de Lula e Dilma e eles responderão diretamente ao juiz Sergio Moro em Curitiba. Com isso os ataques contra a Lava Jato vão aumentar.
Já está marcado para a sexta feira próxima encontro do partido. O presidente do PT, Rui Falcão, declarou que “será um grande debate cujo tema é ‘O que a Lava Jato tem feito pelo Brasil’.”
Participarão Lula, juristas, economistas, sindicalistas, jornalistas, cientistas políticos ligados ao PT. Pretendem transmitir ao vivo pela Internet e disponibilizá-lo no Brasil e exterior. Marketing de defesa.
O PT alegará que a Lava Jato se desviou de seus objetivos e está causando paralisia da economia. E que é uma manobra para “impedir a candidatura do Lula à Presidência da República”.
A estratégia óbvia da vitimização, confirmada por Ruy Falcão.
Tags:Alexandrino Alencar, Dilma, Lava Jato, Lula, mesada, Odebrecht, Petrolão, tráfico de influência
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14 de março de 2017

Muitos devem ter notado que começaram a circular com mais insistência nos últimos dias posts, notas e até um videozinho de youtube com Lula malhando com seu personal e mostrando suas “ótimas” condições físicas. No final, diz a mensagem: “Até 2018”.
Compreensível isso acontecer pouco antes de seu interrogatório pelo juiz Sérgio Moro, marcado para o próximo dia 3 de maio. Há petralhas falando em organizar uma caravana e cercar o prédio do tribunal. O fato é que mostrar disposição para concorrer à presidência apenas evidencia o temor de ser condenado e preso, sem falar na tentativa de refrear a debandada que seu partido sofre.
Ontem, Emilio Odebrecht prestou depoimento a Sérgio Moro. Infelizmente o conteúdo ainda permanece sob sigilo, até que o teor dos relatos dos demais delatores da Odebrecht sejam liberados.
Antes de chegar o dia “L”, do depoimento de Lula, Marcelo Odebrecht será interrogado no mesmo processo, que apura as responsabilidades de Antonio Palocci. Estima-se que Marcelo revele que Palocci, além de operador da propina do partido, cuidava também da propina tocante a Lula, o “Amigo”.
Circula a notícia de que Lula teria tido um desentendimento com seu advogado, José Roberto Batochio, também defensor de Palocci e Mantega. O motivo seria Palocci estar tentando obter o benefício da delação premiada.
Depois de Marcelo dia 10 de abril, virá o depoimento de José Oldemario (Léo) Pinheiro, da OAS, no dia 20. Leo Pinheiro deverá confirmar que Lula sabia muito bem que a OAS pagou pelo triplex e o valor seria descontado da propina do PT.
O depoimento que deverá causar maior sensação será o de Alexandrino Alencar. Ele poderá detalhar os pagamentos para a reforma do sítio de Atibaia, a compra do terreno para o Instituto Lula, a compra do apartamento vizinho, as palestras milionárias, os negócios dos filhos e muito mais. Ele era o acompanhante de Lula nas viagens ao exterior, quando as palestras “coincidiam” com o fechamento de grandes contratos financiados pelo BNDES.
Entre 2007 e 2015 Alexandrino acompanhou Lula nas viagens ao exterior, sempre nos jatinhos pagos pela Odebrecht e presenciou diversas negociações que levaram o BNDES a financiamentos ruinosos de obras realizadas pela Odebrecht no exterior. Foram torrados mais de R$ 28 bilhões. Só em Angola do amigo de Lula, o ditador José Eduardo dos Santos, foram 42 contratos de obras, que totalizaram 2,6 bilhões de dólares, a juros e prazos – literalmente – de mãe brasileira. Na República Dominicana, foram outros 1,8 bilhões de dólares. Sem falar no Porto de Mariel, no Metrô de Caracas e muito mais dinheiro jogado fora. Enquanto isso acontecia, Lula e Dilma, ajudados por aquele marqueteiro tipo exportação, que já andou preso, mentiam para os otários que o Brasil estava rico. Alexandrino assistiu a tudo. Quando os bastidores dessa orgia com o dinheiro público começarem a ser revelados, vamos ter a mesma sensação que tivemos da pequenez do mensalão frente ao Petrolão. Virá logo a vez do Petrolão, com todo o escândalo da Petrobrás, parecer pequeno frente aos estragos feitos via BNDES. Coitado do muquirana Marcos Valério, frente ao tamanho dos roubos que o seguiram.
Hoje temos o Brasil com a com a malha rodoviária sucateada, o país financeiramente em frangalhos, carente de tudo e em meio a uma crise que levaremos mais de dez anos para superar graças a estes criminosos irresponsáveis eleitos à base de compra de votos e corrupção desenfreada.
Não foi por falta de aviso. Aqui mesmo isso foi escrito, com todas as letras.
Tags:BNDES, Caixa preta BNDES, corrupção, Dilma, Lula, Odebrecht, Petrolão
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14 de fevereiro de 2017

Após a morte de dona Mariza, com direito ao velório comício, verificou-se uma nova investida dos admiradores do ex-presidente, insistindo na absurda tese de que “não há provas” contra Lula.
Ora, quando uma denúncia é oferecida pelo Ministério Público, vários tipos de provas podem ser apresentadas. São depoimentos, fotos, recibos, notas fiscais, fotografias, extratos bancários, etc. No caso de Lula, é avassalador o conjunto de evidências, a ponto do MPF mostrar-se convencido e apresentar as denúncias, aceitas pelos juízes após constatarem existência de fundamentos para a instauração dos vários processos aos quais Lula responde.
Colocar imóveis em nome de terceiros é a medida mais comum no mundo da corrupção. Soaria ridículo esperar uma confissão do suspeito ou esperar que deva aparecer uma gravação dele combinando a tramoia com os comparsas.
Antes mesmo que se conheçam os detalhes das delações premiadas que ainda permanecem em sigilo, sabe- se que há documentos que detalham a relação incestuosa com empreiteiros.
O teor da delação do ex diretor da Odebrecht Alexandrino Alencar, é um dos que deverá ser avassalador para Lula. Além da reforma do sítio em Atibaia, na qual atuou, Alencar foi companhia habitual nas viagens de Lula. Juntos estiveram em países da África, Cuba, Panamá, Peru, sempre usando os jatinhos da Odebrecht. Tais contatos resultaram em obras com financiamentos do BNDES. A revista Época já revelou em reportagem a atuação de Lula como lobista da Odebrecht em Havana, onde a empreiteira faturou US$ 898 milhões, 98% dos financiamentos do BNDES em Cuba. Revelou telegramas secretos do Itamaraty, cujos diplomatas relataram as conversas de Lula em Havana, onde foram tratadas condições dos empréstimos e até as garantias para que o BNDES financiasse as obras. Em seu depoimento Alencar relata também pagamentos e interesses da empreiteira em receber apoio do ex-presidente.
Há ainda o caso do pagamento da OAS pelo armazenamento dos bens retirados por Lula dos Palácios de governo. As doações para o Instituto Lula pelos mesmos contratantes de palestras da L.I.L.S., a empresa de palestras de Lula, pagos pelas mesmas Camargo Correa, Odebrecht, Queiroz Galvão, OAS, Andrade Gutierrez, todas envolvidas na Lava Jato. O Instituto Lula recebeu R$ 34.940.522,15. Sessenta por cento vieram das empreiteiras envolvidas na Lava Jato. A L.I.L.S. recebeu R$ 21.080.216,67, metade vieram das mesmas também envolvidas na Lava Jato. Pretender que nada exista de muito esquisito nestes milionários pagamentos é zombar da inteligência alheia. E ainda nem entramos nos negócios do sobrinho Taiguara ou nos pagamentos feitos às empresas dos filhos do suspeito. Não ha´provas? Pois sim!
Agora a suprema ironia: o grande aliado petista, amigo de Lula e Dilma, Nicolás Maduro, pediu determinou ao Ministério Público e ao Poder Judicial venezuelanos que prendam as pessoas que receberam propinas da Odebrecht em seu país. De acordo com Marcelo Odebrecht, sua empresa pagou 98 milhões de dólares em propinas na Venezuela, ficando atrás apenas do Brasil neste quesito.
Tags:Alexandrino Alencar, BNDES, Chavez, Denúncia, Lava Jato, Lula, Maduro, Odebrecht, provas contra Lula
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7 de fevereiro de 2017

Ao longo da semana que passou, assistimos a uma série de manifestações de formadores de opinião sobre a “crueldade” de alguns comentários nas redes sociais sobre a saúde da ex primeira dama, senhora Mariza Letícia.
O fato lamentável é que já a partir da hospitalização de dona Mariza, petistas já vinham responsabilizando a terceiros pelo AVC da ex primeira dama, numa antevisão do que viria depois.
Em seu discurso à beira do caixão, Lula não se fez de rogado. ”Marisa morreu triste porque a canalhice, a leviandade e a maldade do que fizeram com ela…”, disse. “Acho que ainda vou viver muito, porque quero provar para esses facínoras… (…). Que eles tenham um dia a humildade de pedir desculpas a essa mulher. Esse homem que está enterrando sua mulher não tem medo de ser preso.”
Lula profanou o velório da esposa ao transformá-lo em um comício. Ele poderia ter dito também que Mariza tinha um aneurisma diagnosticado há dez anos. Que poderia ter sido operado ainda quando ele era presidente, mas sabe-se lá por que, não o foi. Optou por não fazer. Um dia o aneurisma se romperia.
Mas Lula poderia tê-la poupado. De envolver-se e aos filhos em situações nebulosas.
O contrato de locação da cobertura vizinha à que mora estava assinado por dona Mariza. Os investigadores da Lava Jato suspeitam que o imóvel foi comprado por pessoas ligadas a amigos de Lula como laranjas, com dinheiro de corrupção. Sua defesa alega que esta segunda cobertura é alugada. E o contrato de locação está assinado por dona Mariza.
Lula também poderia ter evitado que os filhos se metessem em negócios fantásticos, que de tão bons geraram suspeitas. Isso pouparia o sofrimento e a saúde de uma mãe enferma, ante o risco dos filhos serem investigados e até de acabarem presos. Poderia igualmente ter poupado a mãe do sobrinho Taiguara de idênticas preocupações.
Pela ótica de Lula, frente ao sofrimento de qualquer mãe, nenhum crime poderia ser punido, sequer investigado, pois poderia vitimar parentes de qualquer suspeito. Patético, lamentável e inaceitável o que aconteceu. Sequer pode-se creditar à dor tal comportamento, eis que evidentemente premeditado, dadas as manifestações na mesma linha que foram sendo feitas ao longo da semana por próceres petistas.
É sempre bastante delicado referir-se a tais temas. É muito fácil ser mal interpretado. Mas o comportamento do ex presidente vai contra a população brasileira, que espera ver a apuração completa do mar de corrupção.
O senador Ronaldo Caiado foi um dos que condenaram a postura. Para Caiado, ao politizar o falecimento da esposa, Lula se expôs ao vexame público. O senador goiano apontou a inversão de papéis de Lula:
“Lula não tem limites em sua capacidade de ser indecoroso. Conseguiu ir além mais uma vez desse limite ao profanar a própria viuvez e ousar atribuí-la a terceiros. Se alguém pode ser responsabilizado é quem a envolveu nesse mar de delitos, que não poupou a própria família. (…) Agora quer acusar a justiça, na tentativa de inverter os papéis. O réu é ele, não a justiça. Lula, se não consegue respeitar o Brasil, deveria ao menos respeitar a sua família.”, completou.
Lula espera “viver muito”. Todos desejamos que sim. Para assistir o desfecho da confusão armada a partir de seus governos e de sua sucessora.
Tags:aneurisma, AVC, Comício, Lava Jato, Lula, Mariza Letícia, Petrolão, profanação, velório, Viúvo
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31 de janeiro de 2017

A semana começou fervendo. A Ministra Carmen Lúcia homologou as delações premiadas da Odebrecht. Permanecerão ainda sob sigilo, mas o PGR Rodrigo Janot deverá pedir logo a liberação dos conteúdos.
O outro fato quente foi o retorno de Eike Batista. Direto para o cárcere. Tudo indica que o outrora “homem mais rico do Brasil”, com fortuna estimada em US$ 34,5 bilhões, paparicado, invejado e apresentado por Lula e Dilma como exemplo de capitalista, voltou para negociar seu acordo de delação premiada.
Sérgio Cabral e Eike Batista travam uma corrida pela delação. Não há espaço para os dois como delatores neste inquérito. Com o retorno, Eike larga na frente. Se fechar o acordo, a delação premiada de Marcelo Odebrecht tem tudo para parecer historia de ninar crianças.
Sem curso superior, Eike ocupará uma cela comum. Acostumado desde menino a ambientes climatizados e seleta companhia, quanto tempo ele aguentará em uma cela, num beliche de concreto e apenas um ventilador para dar conta do verão carioca?
As relações incestuosas entre Eike e os governos Lula e Dilma tiveram uma boa indicação nos vídeos de you tube que rechearam as redes sociais durante o último fim de semana. Contém discursos patéticos, de uma falsidade constrangedora, onde Lula, Dilma e Cabral exaltam o dono do grupo EBX como um Rei Midas, um modelo de empreendedor de sucesso, num imaginário Brasil sem pobreza.
Um enredo de fraude, corrupção e favorecimento recíproco.
No mega esquema em que Eike Batista e a turma de Sergio Cabral são acusados, foram lavados pelo menos US$ 100 milhões. Ora, quem também tem de dar explicações são Lula e Dilma. Grande parte deste dinheiro veio de mega-obras superfaturadas do PAC.
Igualmente, quem ajudou para que o Grupo X conseguisse pegar R$ 10 bilhões no BNDES?
O advogado que negocia a possível delação de Cabral é o mesmo de Fernando Baiano, operador de Eike. Que pagou 3 milhões de reais para que Lula e José Carlos Bumlai o ajudassem junto à Sete Brasil, para entrar em um negócio que envolvia 28 navios-sonda da Sete.
Sim, só esquemas megalomaníacos.
Que seja logo escolhido o novo relator da Lava Jato no STF. Que o caso seja sorteado entre os dez ministros que compõe o plenário da Corte. Porque, se o sorteio for realizado somente entre os membros da segunda turma, há uns 50% de chances de a relatoria cair em mãos erradas. Espera-se que isso não ocorra.
O Brasil inteiro está olhando.
Enio Meneghetti
Tags:BNDES, Carmen Lucia, corrupção, Dilma, Eike Batista, José Carlos Bumlai, Lava Jato, Lula, Odebrecht, PAC, PGR, Rodrigo Janot, Sergio Cabral, Sergio Moro, STF, Teori Zavascki
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3 de janeiro de 2017

A Lava Jato terá momentos emocionantes em 2017. As inevitáveis revelações que virão nos depoimentos das delações premiadas dos setenta e sete executivos da Odebrecht, trarão choro e ranger de dentes.
Os detalhes, provas e novas denúncias, serão a sensação do noticiário dentro de bem pouco tempo.
Isso é bom, mas se pode antever uma bem azeitada máquina nos bastidores para tentar sabotar tudo que é feito por procuradores e juízes empenhados em desvendar os tempos de baixaria explícita que atravessamos.
Temos alguns poucos parlamentares que tentam equiparar esse jogo desproporcional. Com remédios como a implantação das Dez Medidas Contra a Corrupção, que teve o condão de tirar da toca mostrar o atrevimento dos que insistem em preservar a impunidade.
O que podemos fazer para conter a falta de vergonha proporcional ao desespero dos acuados? Acompanhar passo a passo a tentativa de reversão no Senado do conjunto das dez medidas, desfigurado no âmbito da Câmara Federal. O presidente da Comissão Especial, deputado Joaquim Passarinho e o relator das 10 medidas, deputado Onyx Lorenzoni, estão realizando esse trabalho silencioso nos bastidores do Senado Federal.
Chegará o momento decisivo onde a sociedade brasileira, vigilante, poderá usar a força da instantaneidade da comunicação. Que armas dispomos? Com um simples smartphone, pode-se instantaneamente interagir. Registrar a desconformidade e arrefecer o atrevimento dos corruptos. Essa é uma grande diferença entre os tempos que vivemos e iniciativas de combate à corrupção que outrora fracassaram e são constantemente lembradas, como a Operação Mãos Limpas, na Itália.
Se a população continuar mobilizada, o cerco aos corruptos trará resultados. Atualmente, em minutos se forma um ato de protesto. Em poucos dias, massas podem ser motivadas a se manifestarem maciçamente nas ruas. Esses fatos, mais a comunicação imediata com as redes dos corruptos, que sabem que terão dificuldade até para andar em locais públicos, como já tem acontecido, tem peso enorme.
As revelações da Odebrecht multiplicarão o tamanho da Lava Jato. Dos cerca de setenta delatores até agora, a investigação passará a contar com mais 77 executivos da Odebrecht que terão que entregar informações sobre pagamentos indevidos em cerca de 100 projetos espalhados pelo Brasil e mais 13 países.
Em 2017 os números da operações da PF baterão recordes. Entraremos no auge da apuração do maior escândalo de corrupção da história mundial. Não é pouca coisa. Já se contam 103 prisões temporárias, 79 prisões preventivas, 197 conduções coercitivas, 730 buscas e apreensões. Está sendo pedido o ressarcimento de R$ 38,1 bilhões aos cofres públicos.
A população precisará ter foco, paciência, sangue frio, persistência. Haverá de surgir alguém para coordenar os esforços contra as tentativas de acomodação. O ano de 2016 se foi e 2017 passará velozmente. 2018 será o ano em que, se nada for implantado em matéria de contenção legal ao que estamos assistindo, caberá ao povo fazer a reforma legalmente. Nas urnas.
A bandidagem sabe o que quer. Nós também.
Enio Meneghetti
Tags:acordo de leniência, corrupção, delação premiada, força tarefa, Joaqueim Passarinho, Lava Jato, Odebrecht, Onyx Lorenzoni, Operação Mãos Limpas, Sergio Moro
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13 de dezembro de 2016

Finalmente ficou escancarada a razão do papelão protagonizado na Câmara Federal no episódio da votação das 10 medidas semana passada. Também daquela manobra de Renan Calheiros, ao tentar aprovar goela abaixo dos senadores a morte das medidas contra a corrupção.
A revelação do conteúdo da delação do executivo Cláudio Mello Filho é apenas a primeira dentre os 77 executivos da Odebrech que vão dizer tudo o que sabem. Entre eles Marcelo Odebrecht, seu pai Emílio e executivos como Alexandrino Alencar.
Conforme Época de junho de 2015 já revelava, em março de 2013, Lula e Alexandrino embarcaram no aeroporto de Guarulhos com destino a Nigéria, Benin, Gana e Guiné Equatorial. Quatro meses depois dessa passagem de Lula pela África, a Odebrecht ganhou um contrato de uma obra de transporte com o governo ganês, contando com financiamento de US$ 200 milhões do BNDES. A revista publicou ainda um relatório da PF com entradas e as saídas do Brasil de Lula e do lobista Alexandrino, entre 2011 e 2015. Além de Cuba e Guiné Equatorial, ambos estiveram juntos no Panamá, Colômbia, Peru, Equador, Portugal, Angola e Gana.Obviamente, não foram a turismo.
Na iminência da prisão do filho Marcelo, o patriarca Emílio Odebrech cunhou aquela frase célebre: “Se prenderem o Marcelo, terão de arrumar mais três celas, uma para mim, outra para o Lula e outra ainda para a Dilma.” Donde se conclui que vai sobrar para dona Dilma também.
Cabe lembrar ainda, que Alexandrino Alencar era figura carimbada nos pagos rio-grandenses no quesito doações de campanha.
Faltará dinheiro para as campanhas eleitorais em 2018. Quem mais sofrerá com a escassez de verbas, serão justamente aqueles que tinham acesso aos corruptores.
Inevitavelmente circularão nas redes sociais as listas dos “em quem não votar”, compostas por nomes figurantes nas delações como suspeitos de terem sido abençoados com o dinheiro da corrupção. O resultado será um aumento exponencial de processos na célere e eficaz vara do juiz Sérgio Moro, na primeira instância em Curitiba, a partir de 31 de janeiro de 2019.
Sim, os processos do Petrolão, para quem não tem foro privilegiado ou perdê-lo, serão todos julgados em Curitiba.
Ainda há muita lama por vir. A delação vista neste final de semana em reportagem de mais de 40 minutos no Jornal Nacional, é apenas um trailer do que teremos pela frente.
As revelações serão devastadoras. Isso não é premonição. É constatação.
Enio Meneghetti
Tags:Alexandrino Alencar, Claúdio Mello Filho, delação premiada, delator, Emilio Odebrecht, Lava Jato, Lula, Marcelo Odebrecht, Medidas Contra A Corrupção, Odebrecht, Petrolão, Sergio Moro
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6 de dezembro de 2016

Os brasileiros voltaram às ruas no último domingo. Um dos principais alvos das manifestações foi o presidente do Senado, Renan Calheiros.
Mais uma vez ficou claro que a sociedade não aguenta mais conviver com tanta corrupção.
O apoio à Magistratura e ao Ministério Público nas manifestações demonstra bem o equívoco cometido na semana passada pela Câmara dos Deputados ao retalhar as medidas contra a corrupção anteriormente aprovadas.
A sociedade exige o combate à corrupção. Para isso são necessários instrumentos modernos de enfrentamento.
O presidente do Senado, Renan Calheiros, além de ter tentado empurrar goela abaixo do plenário do Senado o pacote que os deputados desfiguraram, também teve topete de declarar que a maioria das medidas só poderia ser adotada no fascismo, e não no Estado Democrático de Direito.
Para ele, medidas como a do “Reportante do Bem” só seriam “defensáveis no fascismo e não no estado democrático de direito”.
Se Calheiros é contra, algo de muito bom elas devem ter…
O que Renan jamais dirá é que nos Estados Unidos, país que não é fascista, algo similar ao “Reportante do Bem” existe. Lá é chamado de Whistleblower.
O que Calheiros também jamais dirá é que a simples existência da figura legal de um programa de recompensas a quem apresente provas contra atos de corrupção, por si só, já inibiria em muito a audácia dos criminosos como estes tantos que estão sendo processados atualmente por juízes como estes que querem calar.
Uma das críticas que são feitas ao programa do “Reportante do Bem” seria justamente pelo fato de que ele prevê recompensa em dinheiro. É o ranço socialista arraigado na mente de muitos brasileiros. Tem gente que acha isso “feio”. Que enriqueceria os delatores.
E daí?
Se a conta for favorável e trouxer economia aos cofres públicos, qual o problema?
Por acaso não se viu o efeito positivo que as atuais delações premiadas trouxeram – e muito mais trarão – para elucidação e punição da infinidade de crimes praticados, como no âmbito da Petrobrás?
Por seu conhecimento das circunstâncias e dos indivíduos envolvidos, os denunciantes podem ajudar a identificar fraudes com antecedência muito maior do que pelas vias atuais. Isso minimizaria os prejuízos ao erário, e garantiria punição mais rápida e eficaz à corrupção.
Os prêmios ou recompensas só seriam pagos aos delatores que apresentassem informações precisas que levassem à recuperação ou que evitassem desvios devidamente comprovados. Qual o problema de recompensá-los pecuniariamente, lembrando ainda que o simples fato de tal probabilidade existir, já reduziria drasticamente sua ocorrência. Nos EUA, a premiação pode ser de 10% e 30% do roubo evitado.
Renan Calheiros será sempre contra a existência de uma ferramenta legal como esta.
Enio Meneghetti
Tags:10 medidas, corrupção, Lava Jato, manifestações, MP, Onyx Lorenzoni, relator, Renan Calheiros, Reportante do Bem
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22 de novembro de 2016

Esta terça feira pode ser um dia decisivo.
Depois de ter sido cancelada por falta de quórum no último dia 17, está marcada para hoje a reunião para analisar o parecer sobre as 10 medidas contra a corrupção.
O que está acontecendo nos bastidores é algo muito simples de ser compreendido: aliados de políticos investigados na Lava Jato estão articulando para derrubar o relatório do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e encerrar de vez a discussão de um projeto de lei apoiado por milhões de brasileiros.
Trata-se de um golpe para tentar melar a punição aos corruptos.
O relatório do deputado Onyx conta com o apoio do Juiz Sérgio Moro e dos procuradores da força tarefa da Lava Jato.
O procurador Deltan Dallagnol comentou a situação:
– Essas 10 medidas, se forem aprovadas na forma do relatório do deputado Onyx, que foi acordado com o Ministério Público, vão significar uma revolução no enfrentamento a corrupção, este crime tão doloso para a sociedade brasileira.
Porém, a turma anti-Lava Jato tem feito de tudo para tentar melar a aprovação do texto do relator.
Na reunião passada, não compareceram os 16 deputados necessários para dar o quórum. Além disso, utilizaram outras manobras, como a troca de membros titulares da comissão por integrantes dispostos a votar contra o relatório de Lorenzoni. Também planejam a apresentação de voto em separado para que seja rejeitado o relatório para apresentarem uma versão alternativa que garanta a impunidade aos corruptos.
O relator vem afirmando ser contra a anistia ao crime de caixa dois e disse acreditar na possibilidade da aprovação de seu relatório.
– O Brasil não merece ter hoje uma legislação tão falha que permita que a relação público- privada seja desse nível, onde permite que a corrupção seja a regra. Queremos que a correção seja a regra e a corrupção o acidente. – declarou.
Cabe a população estar atenta ao que ocorrerá hoje na reunião da Comissão que discute as medidas anti-corrupção.
De um lado estarão aqueles que defendem a impunidade e de outro os que defendem a apuração dos desvios e a punição dos corruptos. Não há outra forma de definir o que ocorrerá nesta terça feira.
Se o plano de melar o relatório vingar , será um descaramento frente aos milhões de brasileiros que querem ver estancada a praga da corrupção.
Toda nossa atenção e vigilância ao acontecerá hoje.
Enio Meneghetti
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