Archive for the ‘Porto Alegre’ Category

Dilma ladeira abaixo!

18 de março de 2015

grafico

Pesquisa Datafolha mostra que 62% avaliam o governo Dilma como ruim ou péssimo.

Pois e não é que, dentro das circunstâncias, ela até que se saiu bem?

Os números certamente cairão mais. A divulgação da sucessão de escândalos deve aumentar muito. As notícias negativas serão cada vez mais divulgadas, à medida que a mídia patrocinada não terá como deixar de adequar a linha editorial ao clamor das ruas, em que pese o maciço investimento governamental em propaganda.  Afinal, o que é aquele comercial da Petrobrás, exibido já há mais de trinta dias em horário nobre, elencando virtudes que foram amputadas da maior estatal do país?

Os números do Datafolha podem deixar dúvidas, já que a avaliação do público contabilizado pelo instituto como presente no ato ocorrido em São Paulo, tenha sido flagrantemente inferior à avaliação da Polícia Militar daquele estado.

Sem falar no que as imagens evento evento mostraram: o maior público jamais visto em manifestações naquele local.

De qualquer modo, desde os momentos finais do governo Collor, não se via uma taxa de reprovação tão elevada de um presidente.

Os números de rejeição de Dilma devem subir.

A próxima manifestação, marcada para o domingo de 12 de abril deverá ter um público ainda maior.

Isso dever-se-á ao sucesso da manifestação de 15 de março e  ao fim do temor, que afastou muitas pessoas do evento do último domingo. Esse temor foi deliberadamente explorado pelos MAVs (Militância em Ambiente Virtual) a serviço do governo, para desestimula a participação popular.

A partir das ações dos MAVs, até uma imaginária possível presença de black blocks foi aventada. Além da possibilidade de quebra-quebra e depredações. Até instruções de como agir – sentar-se e tocar apitos) foi divulgada como precaução.

É claro que uma expectativa como essa afastou muitas pessoas.

http://www.eniomeneghetti.com

 

 

A passeata dos 100 mil em Porto Alegre

15 de março de 2015

https://www.youtube.com/watch?v=dvXBEow2AGc

Nunca aconteceu algo semelhante em Porto Alegre.

Nem nas “Diretas Já”, nem nas eleições de qualquer presidente, partido político ou mesmo vitórias da Seleção brasileira.

Não se viu uma só bandeira de partido.

Não havia militância paga.

Não houve distribuição de sanduíches nem “ajuda de custo”.

Não houve verba pública financiando o mega evento!

Milhares de pessoas abriram mão de seus domingos de descanso para um grito de B A S T A contra “tudo isso que aí está”.

Os gritos de Fora Dilma e Fora PT extravazavam o que está trancado na garganta das pessoas decentes, frente a roubalheira que assola este país.

Mesmo com a tentativa prévia de alguns, por simples medo ou por safadeza mesmo, de provocar temor em quem gostaria de ter comparecido, ora dizendo que haveriam petralhas infiltrados, que os “temidos” “black blocks” fariam quebra quebra para descaracterizar o movimento. Que nada!

E se tivessem aparecido intimidariam-se frente aquela massa humana,  pacífica, mas pronta a denunciar em altos brados qualquer baderneiro que ousasse infiltrar-se em meio a uma das mais marcantes manifestações nunca antes ocorrida na História de Porto Alegre. Sem um único incidente!

Não nos iludamos. O governo tentará descaracterizar o movimento com aqueles seus métodos tacanhos de repetir mentiras mil vezes.

Mas uma coisa é certa: quebrado o mito, na próxima manifestação serão muitos mais querendo participar de uma festa da liberdade e da verdadeira democracia.

Em São Paulo, a Polícia Militar estimou em 1 milhão o número de pessoas Avenida Paulista.

– Chegaremos lá!

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Dilma governo da mentira

http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2015/03/manifestantes-contra-o-governo-se-reunem-em-parque-de-porto-alegre.html

http://www.eniomeneghetti.com

1964: interpretações parciais

18 de março de 2014

Nos tempos “bicudos” que vivemos, é sempre bom conhecer os fatos de forma completa.
Quando somos ameaçados pela “Venezualização”, é importante saber o que passou perto de nossas cabeças.
Ofereço-lhes artigo de minha autoria publicado hoje, 18.03.2014 no jornal Zero Hora.

Artigo ZH 1964

Venezualização?

5 de fevereiro de 2014

Embora possa parecer um problema restrito a Porto Alegre, é bastante sintomático o que se viu até agora na greve dos rodoviários.

Centrais adversárias levam a disputa de poder dentro de um sindicato ao desrespeito de um acordo firmado no âmbito do Judiciário. Partidos da extrema esquerda mobilizam e radicalizam os grevistas nos bastidores. O governo estadual representado pelo senhor Tarso Genro recusa o pedido da prefeitura municipal do uso da Brigada Militar para garantir a circulação dos ônibus que atenderiam à população que segue desassistida. Depredações, desobediência civil.

O quadro alarmante pode ser colocado ao lado do que se vê no restante do país.

O dinheiro jogado fora com despesas além da conta para fazer estádios. Manifestações contra a copa num país de fanáticos por futebol, o que seria difícil de imaginar alguns anos atrás.

A inflação crescente com evidentes sinais de descontrole. Sintomas de bolha de crédito. Descontrole de gastos com a péssima gestão das contas públicas. Déficit nominal. Carga tributária cada vez mais alta.

Eterna tentativa de controle do Congresso via cofres públicos e distribuição de cargos no executivo. Controle das eleições por meio dos bolsas-miséria.

O aumento descontrolado da violência nas regiões metropolitanas. Crise econômica gerando maior custo de vida e descontentamento individual. Esgotamento do modelo político e econômico. Cenário de instabilidade, radicalização e cada vez mais corrupção.

A lembrança das várias obras prometidas que não saíram do papel.

Os investimentos na infraestrutura carente que não foram feitos enquanto o país torra dinheiro no exterior com gastos absurdos em viagens oficiais e obras que nenhum retorno trarão, como o porto cubano.

Investidores externos fogem de um Brasil caro, corrupto, politicamente subdesenvolvido e ineficiente para produzir e crescer de verdade.

Pessimismo? Onde tudo isso irá parar?

Dilma Rousseff tentará resistir às pressões programadas para infernizar sua pretensão de reeleição amparada pelos estimados US$ 2 bilhões que o esquema já conseguiu arrecadar para torrar em 2014.

Será o tórrido verão prenúncio de um ano “quente” inverno adentro?

Quem viver verá.

Entrevista TVE – Baile de Cobras

10 de dezembro de 2012

Entrevistado por Ivete Brandalise no programa “Primeira Pessoa” da TVE em novembro último, falei sobre o  “Baile de Cobras – A Verdadeira História de Ildo Meneghetti”, lançado pela Editora AGE. Brilhantemente  conduzida pela Ivete, creio que a entrevista ficou constituindo um bom resumo do conteúdo do livro,  onde estão fatos  da História recente do RS e do Brasil. Confira a seguir.

Na primeira parte,  inquirido,  descrevo  Ildo Meneghetti e as razões e as origens de seu ingresso tardio na vida pública. Abordado, respondi sobre o desafio de debater com Leonel Brizola no primeiro debate político da TV brasileira. O RS era um barril de pólvora. E citei Jacob Gorender, que descreveu aqueles momentos: “o auge da luta de classes no Brasil”.

Parte 1

No segundo bloco, abordou-se a queda de Jango,  os desencontros do governador Meneghetti com Paulo Brossard e seu PL – um episódio muito desagradável.

Parte 2

Na terceira parte, a vida pessoal de  Meneghetti: uma pessoa absolutamente despretenciosa, levava uma vida comum e mesmo quando governante, evitava o uso de formalidades ou grandes aparatos.

Parte 3

No quarto bloco, foi abordada  a situação em que se encontrava o Internacional quando Meneghetti assumiu a presidência, em vias de ser liquidado. E poucos anos depois, o ambicionado Estádio dos Eucaliptos.

Parte 4

No último bloco uma curiosidade:  a participação do prefeito Ildo Meneghetti na solução da saída do Grêmio da Baixada dos Moinhos de Vento para a Azenha, onde o clube construiu o Estádio Olímpico.

Parte 5,

O peso do sobrenome…

27 de setembro de 2012

Outro dia li uma reportagem retratando candidatos filhos ou netos de políticos ilustres nesta eleição. O texto não retratava meu nome.

Embora tenha muito orgulho e conhecimento acerca da trajetória de meu avô – que permanece sendo o único a ser eleito por duas vezes em eleições livres e diretas nosso governador – evito utilizar foto-montagens dele comigo, embora tenhamos tido uma boa e longa convivência.

Tinha eu 23 anos de idade quando de seu falecimento. Faz parte de minha trajetória pessoal inclusive ter escrito sua biografia, “Baile de Cobras”.

Tenho procurado ser sutil em relação ao uso do nome de meu avô. Evito abusar da boa fé dos eleitores pedindo votos por apenas ter nascido neto do Ildo Meneghetti. Em meus materiais, conforme se poderá constatar abaixo, procuro mostrar minha própria trajetória e as razões que me levam a postular uma vaga na Câmara de Vereadores.

E, é claro, faz parte de meu histórico o fato de ter escrito esse livro, no qual procuro trazer à luz fatos históricos desconhecidos de muita gente.

Afora isso, dedico-me a demonstrar o que penso ser possível para melhorar nossa Porto Alegre.

É só por essa razão – respeito ao eleitor – é que não se vêem nos canteiros das avenidas fotos-montagens minhas com meu avô nem alusões à minha ascendência no horário eleitoral da televisão.

FOLDER DE CAMPANHA (clique na imagem para ver o arquivo em tamanho original):

 

 

O Velho Meneghetti

14 de maio de 2012

Jornalista Rogério Mendelski faz uma bela referência ao livro “Baile de Cobras – A Verdadeira História de Ildo Meneghetti” em sua coluna no Correio do Povo deste domingo, 13.05.2012.

 

A transcrição é a seguinte:

O Velho Meneghetti

Assim era tratado o ex-governador Ildo Meneghetti por todos os gaúchos que privaram com ele, especialmente depois que ele deixou o governo, em janeiro de 1967. “O velho Meneghetti”, quando era citado desta maneira, trazia uma entonação vocal como nós damos ao “velho”, quando nos referimos aos nossos pais. “O velho Oswaldo”, diria o colunista, “era um excelente cozinheiro e nunca estava com mau humor”. Pois o livro “Baile de Cobras”, escrito pelo seu neto Enio Meneghetti, lançado na última segunda-feira, é um perfil do ex-governador que os gaúchos estavam esperando já faz algum tempo. Não se trata de uma ode na qual o neto elogia o avô, mas de um depoimento pleno de fatos importantes da vida política do RS da metade do século passado. O que enriquece “Baile de Cobras” não é somente a farta documentação da época com reproduções dos jornais (destaque para os jornais da Caldas Júnior), mas os detalhes do dia a dia de um homem cuja simplicidade o fazia dirigir o próprio carro quando era prefeito, refletindo uma honestidade nata que, nos dias de hoje, poderia ser considerada de ingênua diante do oceano de patifarias e de roubalheiras que se tornaram “métodos” e “programas” de governo. Um pequeno trecho narrado logo no início do livro provoca no leitor aquela vontade de não parar mais de lê-lo. Prefeito de Porto Alegre em seu segundo mandato, Meneghetti inaugurou, ao lado do presidente Getúlio Vargas, um conjunto habitacional no bairro Sarandi. Após o ato, Meneghetti entregou a Getúlio um cheque. “O que é isso, Meneghetti?”, perguntou o presidente. “É o dinheiro que sobrou da construção das casas”, respondeu. E o presidente, então, não resistiu: “Ora, é a primeira vez que vejo sobrar dinheiro de obras públicas”. Meneghetti: “É que aqui nós aplicamos as verbas na obra mesmo…”.

 
Reclama ao Menega (1)


Como prefeito, Meneghetti dirigia o seu automóvel particular, um Nash Rambler. Na estrada para Belém Novo, na companhia do vereador Braga Gastal, foi apertado por um ônibus da então DATC, autarquia municipal. Meneghetti ultrapassou, “fechou” o coletivo e saiu advertindo o motorista: “Seu mal-educado, onde já se viu dirigir assim? Poderia ter causado um acidente”. “Olha aqui, velhinho, se não tá satisfeito, vai reclamar com o Menega”, retrucou o motorista. “Mas o Meneghetti sou eu!”. “Brincadeira tem hora, velhinho. Tira o carro da frente que eu quero passar”.

Reclama ao Menega (2)


O vereador Braga Gastal aproximou-se e mostrou ao motorista quem era o cidadão. Meneghetti tirou o chapéu, foi reconhecido pelo motorista que ficou branco de susto. O prefeito, então, deu-lhe uma ordem: “O senhor, por favor, apresente-se amanhã na prefeitura, às 10 h”. No dia seguinte, lá estava o motorista. Meneghetti, que já tinha esquecido o incidente, recebeu o funcionário, perguntou-lhe sobre sua família (“mulher e quatro filhos”, informou o motorista). “Menega abriu a carteira, tirou algumas notas de cruzeiros, e fez-lhe uma recomendação: “Dê este presente aos meninos que eu mando, mas nunca mais faça aquilo, está bem?”.  

Baile de Cobras na Zero Hora

1 de maio de 2012

Matéria de Zero Hora desta terça-feira, 01 de maio.

Creio que o jornalista conseguiu captar com perfeição o que eu desejava passar ao leitor de “Baile de Cobras”.

Baile de Cobras

 

Um Presente de Natal Para Porto Alegre

24 de dezembro de 2011

Uma semana antes do Natal o mundo recebeu a notícia da morte do líder norte-coreano Kim Jong-il, que dominava o regime mais fechado do mundo atual.

No momento em que ainda nem secou a tinta dos jornais que publicaram reportagens sobre as peripécias do ex ministro do PC do B, Orlando Silva, frente a pasta do Ministério do Esporte, em nota oficial, seu Partido Comunista do Brasil, cujos maiores expoentes locais são Raul Carrion, Jussara Cony e a festejada deputada federal Manuela D’Avila, atual líder das pesquisas de intenção de votos à corrida pela prefeitura da capital gaúcha em 2012,  se solidarizou com a morte do ditador norte-coreano, vítima de um ataque cardíaco.

A nota, assinada pelo presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, e pelo secretário de Relações Internacionais do Partido, Ricardo Abreu Alemão, lamenta com “profundo pesar” o falecimento do líder. Vale a pena ler a íntegra da nota: 

Estimado camarada Kim Jong Un Estimados camaradas do Comitê Central do Partido do Trabalho da Coréia Recebemos com profundo pesar a notícia do falecimento do camarada Kim Jong Il, secretário-geral do Partido do Trabalho da Coreia, presidente do Comitê de Defesa Nacional da República Popular Democrática da Coreia e comandante supremo do Exército Popular da Coreia. Durante toda a sua vida de destacado revolucionário, o camarada Kim Jong Il manteve bem altas as bandeiras da independência da República Popular Democrática da Coreia, da luta anti-imperialista, da construção de um Estado e de uma economia prósperos e socialistas, e baseados nos interesses e necessidades das massas populares. O camarada Kim Jong Il deu continuidade ao desenvolvimento da revolução coreana,inicialmente liderada pelo camarada Kim Il Sung, defendendo com dignidade as conquistas do socialismo em sua pátria. Patriota e internacionalista promoveu as causas da reunificação coreana, da paz e da amizade e da solidariedade entre os povos. Em nome dos militantes e do Comitê Central do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) expressamos nossas sentidas condolências e nossa homenagem à memória do camarada Kim Jong Il. Temos a confiança de que o povo coreano e o Partido do Trabalho da Coreia irão superar este momento de dor e seguirão unidos para continuar a defender a independência da nação coreana frente às ameaças e ataques covardes do imperialismo, e ao mesmo tempo seguir impulsionando as inovações necessárias para avançar na construção socialista ena melhoria da vida do povo coreano. Renato Rabelo, presidente nacional do PCdoB e Ricaro Abreu Alemão secretário de Relações Internacionais do PCdoB 19de dezembro de 2011 

Durante 17 anos Kim Jong-il esteve à frente de uma dinastia comunista hereditária nos quais governou com mão de ferro um regime baseado no culto à personalidade  sempre detrás dos inseparáveis óculos de sol e uniforme militar, que se transformaram em sua marca registrada.

Os norte-coreanos, sem acesso à informação, a não ser a oficial, e sem liberdade, sempre foram levados a crer que Kim Jong-il era um semi-Deus. Segundo a TV estatal até a natureza ficou de luto, pois estranhos fenômenos estariam ocorrendo no país após sua morte. Em uma montanha, perto da cidade-natal de Kim Jong-il, o gelo teria se quebrado e o barulho teria sido tão forte que fez tremer os céus e a terra.

Cobrada via twitter pela nota oficial de seu partido, a deputada Manuela D’Avila teria reagido com desdém: “Vamos tratar do que realmente é importante para Porto Alegre”, teria dito. Confesso que não li o papo virtual, pois não sou “seguidor” da deputada.

Mas, sim, vamos tratar do que realmente é importante para Porto Alegre.

Será que eleita prefeita, como vaticinam aqueles profetas que sempre somem após constatarem o equívoco de seus prognósticos após a abertura das urnas (vide 2008), o partido comunista da deputada tentará implantar na capital gaúcha, um modelo inspirado no por eles tão admirado regime descrito na nota do PC do B? Será que a guarda municipal ou nossos conhecidos “azuizinhos” receberão orientação e treinamento inspirados no modelo norte-coreano cuja admiração a nota oficial reflete tão bem?

E o que dizem os fisiológicos que hoje cercam e adulam essa virtual “pule vencedora” ao paço municipal?

Nada. Tudo vale pela chance de pegar um carguinho, um posto, um espaço, não importando serem estuprados os princípios ideológicos. 

Fale mais sobre o tema, nobre deputada.    

A Desistência de Pont

1 de dezembro de 2011

O fato político do dia aqui na aldeia foi a desistência do deputado Raul Pont em disputar a indicação para concorrer a prefeito de Porto Alegre.

A coluna da jornalista Rosane Oliveira hoje destaca que seu objetivo principal foi atingido. Era impedir o PT de abrir mão da candidatura própria “como queria a direção nacional”. Diz mais: “Sua candidatura nasceu para contestar quem dizia que o PT deveria indicar o vice de Manuela D’Avila ou José Fortunatti”.

 

Aí é que está o ponto. Estamos então perto da situação de partido único. Fortunatti e Manuela estavam ávidos por conquistar o apoio petista, defendido pela direção nacional. O famoso José Dirceu chegou a vir a Porto Alegre para encontrar-se discretamente com o governador Tarso Genro para advogar o apoio a Fortunatti. Reuniu-se também com o atual prefeito. E ninguém fala nada! Onde está a oposição? O PMDB local, que faz um discreto barulhinho em contraponto a Tarso Genro, ocupa com o deputado Mendes Ribeiro Filho importante pasta no ministério, nada fala.

A tal “base aliada” de Fortunatti na Câmara de Vereadores, composta de ferrenhos adversários dos petistas, faz cara de paisagem. O PP não deveria se manifestar sobre o flerte do Prefeito com o PT? Mas o que é isso? Onde está a tão proclamada “politização” dos gaúchos nessa hora, onde o adesismo e a disputa por cargos falam mais alto que a coerência e o histórico? Como esperar que com um quadro fisiológico destes o eleitor, o contribuinte, o cidadão, seja representado dignamente?