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SAIA JUSTA

17 de fevereiro de 2016

 

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Além dos relevantes serviços que o juiz Sergio Moro vem prestando ao Brasil até agora, o magistrado colocou  o TSE em uma situação muito interessante.

Como se sabe, quatro ações correm no TSE contra a campanha de Dilma Rousseff. Em uma delas, a candidata é acusada de abuso de poder político e econômico e “recebimento de doações oficias de empreiteiras contratadas pela Petrobras como parte de distribuição de propinas”. 

O doutor Sérgio Moro indicou o mapa da mina, sugerindo ao TSE que ouça seis delatores da Lava Jato: Alberto Youssef, Paulo Roberto Costa, Pedro Barusco, Augusto Mendonça, Milton Pascowitch e Ricardo Pessoa. São delatores premiados que confirmaram uso de propina oriunda da Petrobrás como doações eleitorais oficiais e em caixa dois de campanha.

Sergio Moro foi claro:

“Destaco que na sentença prolatada na ação penal 5012331-04.2015.404.7000 reputou-se comprovado o direcionamento de propinas acertadas no esquema criminoso da Petrobras para doações eleitorais registradas.”

O processo mencionado é aquele em que foram condenados o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto e o ex-diretor da Petrobras, Renato Duque.

De posse das informações remetidas pelo juiz federal encarregado da Operação Lava Jato, o TSE poderá, entre outras coisas, ouvir de viva voz Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC, explicar como foi coagido pelo petista Edinho Silva a repassar R$ 7,5 milhões, desviados da Petrobras, para a campanha à reeleição de Dilma Roussef, quando o atual ministro da Comunicação Social da Presidência era tesoureiro de campanha da atual presidente.

De toda a forma, será interessante aguardar para ver qual tratamento o TSE dispensará às recomendações vindas do juiz encarregado da operação Lava Jato.

Há poucos dias, dona Dilma declarou que seu mentor, criador e antecessor Lula estava sendo alvo de “uma grande injustiça”, referindo-se às investigações que estão em andamento sobre o apartamento triplex e o sítio de Atibáia. Como tratam-se de investigações promovidas e/ou autorizadas pelo Judiciário, a chefe do Executivo meteu o bedelho no poder Judiciário, o que contraria a Constituição. Mais uma vez.

Até quando?

Como falamos repetidas vezes aqui neste espaço, 2016 será um ano de fortes emoções.

Enio Meneghetti

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Veja: Dinheiro para pagar Dirceu saiu de ‘conta-propina’ do PT

4 de julho de 2015

 

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DISFARCE – José Dirceu faturou 39 milhões de reais supostamente prestando serviços de consultoria. Os documentos de Pessoa mostram que o dinheiro usado para pagar o ex-ministro saiu da conta-propina do PT, abastecida com dinheiro desviado da Petrobras(Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)

O petista José Dirceu ganhou muito dinheiro. Desde que deixou a Casa Civil abatido pelo escândalo do mensalão, em 2005, o ex-ministro recebeu cerca de 39 milhões de reais oficialmente fazendo consultorias para o setor privado. As investigações da Operação Lava-Jato, no entanto, desvendaram a verdadeira natureza dos serviços do mensaleiro. Em sua delação premiada, o empreiteiro Ricardo Pessoa apresenta documentos que mostram que as consultorias nada mais eram do que fachada para o recebimento de dinheiro desviado da Petrobras. O dono da UTC contou aos investigadores que foi procurado pelo ex-ministro em meados de 2012. Dirceu, que exercia forte influência sobre os diretores da Petrobras, ofereceu ao empreiteiro os seus serviços de consultor. Assim como no caso do pedido de Edinho Silva, negar dinheiro a Dirceu poderia ser sinônimo de problemas. Melhor não arriscar. Afinal de contas, os negócios iam muito bem. O empreiteiro fechou um acordo para pagar 1,4 milhão de reais ao mensaleiro. O objeto do contrato: prospectar negócios no exterior.

A única coisa que José Dirceu prospectou foram aditivos ao contrato. Sem nenhum tipo de serviço prestado, o consultor conseguiu mais 906 000 reais da UTC no ano seguinte. Quando a última parcela desse segundo contrato venceu, Dirceu já fazia parte da população carcerária do presídio da Papuda, em Brasília. Mas nem a prisão foi capaz de atrapalhar os negócios do ex-ministro. Ricardo Pessoa contou aos investigadores que, a pedido do próprio Dirceu, assinou um segundo aditivo, de 840 000 reais. O contrato foi firmado quando o mensaleiro já estava no terceiro mês de prisão. “Apenas e tão somente em razão de se tratar de José Dirceu e da sua grande influência no PT é que, mesmo sabendo da impossibilidade de ele trabalhar no contrato firmado, porque estava preso, o aditamento foi feito e as parcelas continuaram a ser pagas”, disse o dono da UTC aos procuradores. O mais impressionante: como a tabela acima comprova, metade do dinheiro pago pela UTC a Dirceu foi debitada com autorização de Vaccari da conta-corrente que a empreiteira administrava para o PT. Ou seja, o ex-ministro foi pago com propina da Petrobras.

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Matéria da revista Veja

“José Dirceu foi alertado por advogados para a possibilidade de ser preso a qualquer momento.”

14 de maio de 2015

“Se Lula e Dilma estão ou não no pacote da barganha.”  

“A eventual prisão de José Dirceu seria também mais um passo a ser dado por Sergio Moro na direção de Lula. O juiz suspeita que Lula está por trás do que aconteceu na Petrobras” – disse Ricardo Noblat no último parágrafo de um texto no Globo.

Lula investigação

O juiz Sergio Moro mandou a empreiteira OAS entregar todos as cópias de documentos relativos aos pagamentos de R$ 2,9 milhões a José Dirceu.

A OAS recusou-se a obedecer Moro, temendo que – como já aconteceu – “esse douto juízo as utilizar para decretação injusta de prisão de particulares”.

A empreiteira já apresentou documentos relativos aos pagamentos ao doleiro Alberto Youssef e Moro os usou para incriminar a própria empreiteira.

Agora usam o trauma sofrido para recusar-se  a fazer prova contra si mesma.

O juiz federal Sérgio Moro decidiu não entrar em polêmica com a empreiteira OAS. Em despacho nos autos do processo criminal Moro decidiu sobre a comunicação de não entregar cópias dos contratos firmados com a JD Assessoria e Consultoria, empresa de José Dirceu:

“Se armadilha houve, foi da empresa que não alertou o advogado para a natureza dos documentos ou do advogado que não alertou o cliente das consequências do ato”, escreveu Moro em seu despacho.

“Não pretendendo apresentá-los, como exercício do direito ao silêncio, é o quanto basta, sem falsas polêmicas e sem prejuízo da continuidade das investigações por outros meios”, continuou.

Só faltou escrever: “vocês não perdem por esperar”.

íntegra em http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/wp-content/uploads/sites/41/2015/05/depachooasdirceu2.pdf

Por outro lado, há quem avalie que o excelente juiz Sergio Moro pode ter espremido demais Ricardo Pessoa nas negociações de sua delação premiada. O que teria feito o dono da UTC correr para o abraço com Rodrigo Janot, Procurador Geral da República. O que poderia significar o pulo de Curitiba para Brasília?

Ricardo Pessoa delação

A promessa de Ricardo Pessoa de devolver R$ 55 milhões está sendo considerada uma pechincha pelos advogados dos colegas presos.

 

Se a barganha for somente financeira, menos mal.

O que o povo quer saber?

Se Lula e Dilma entraram ou não no pacote da barganha.

 

CONVOCAÇÃO DE LULA: 

Os petistas ensebaram mais de quatro horas para impedir a apreciação do requerimento de autoria do deputados do DEM, Onyx Lorenzoni e Efraim Filho para a convocação de Lula para depor na CPI da Petrobras. Após o início da sessão no plenário as comissões não podem votar requerimentos.

Mas como a OAS, aí em cima, eles não perdem por esperar. É bem possível que logo existam fatos ainda mais escabrosos que os impeçam de continuar poupando o grande padrinho. 

 

http://www.eniomeneghetti.com

Ricardo Pessoa, finalmente, assinou a DELAÇÃO PREMIADA!

13 de maio de 2015

 

 

 

Ricardo Pessoa, tido e havido como o líder do cartel das empreiteiras, finalmente assinou um acordo de deleção premiada que vinha sendo adiado desde janeiro.

Esse, se falar MESMO, tem potencial para detonar tudo. TUDO!

Mas não gostei do fato de o acordo ter sido assinado em Brasília. Preferia que tivesse sido firmado em Curitiba. Por razões óbvias.

Não é preciso desenhar, né?

Enfim, aguardemos que dias piores possam vir para Dilma, Lula e Cia. Ltda.

Tem motivos para perder o sono.

Ricardo Pessoa

 

Ricardo Pessoa, dono da UTC e da Constran, assinou o acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República em Brasília e prometeu revelar o que sabe sobre pagamentos de suborno na Petrobras e outras estatais.

Foram quatro horas de reunião, com a participação de Rodrigo Janot.

Nas negociações para o acordo, o empreiteiro disse que deu R$ 7,5 milhões à campanha à reeleição de Dilma Rousseff no ano passado, negociados com o tesoureiro Edinho Silva.

Pessoa também se comprometeu a pagar uma multa de R$ 55 milhões.

Ele antecipou aos investigadores da Operação Lava Jato que o senador Edison Lobão (PMDB-MA), ex-ministro de Minas e Energia, pediu recursos para a campanha da ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB).

Segundo Pessoa, Lobão recebeu R$ 1 milhão para não criar empecilhos na obra da usina nuclear de Angra 3.

A obra foi estimada em R$ 2,9 bilhões, em consórcio formado com Odebrecht, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez, todas elas investigadas pela Lava Jato sob suspeita de terem pago propina para conquistar contratos da Petrobras.

A delação de Pessoa chegou em boa hora para tirar o sono de Dilma Rousseff, Edinho Silva, Edison Lobão, José Dirceu, Fernando Haddad, Jaques Wagner, Rui Costa, Marcelo Odebrecht e Lula.

Todos soltos. Por enquanto.

Felipe Moura Brasil ⎯ http://www.veja.com/felipemourabrasil

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