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O DIA EM QUE LULA DEIXARÁ A PRISÃO

24 de julho de 2018

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Será no onze de setembro. Mas não para prantear as vítimas do atentado ao Word Trade Center.

 

Neste dia, Lula deixará por algumas horas sua cela no prédio da PF para depor na 13.a Vara Federal de Curitiba. Será interrogado no processo do Sítio de Atibaia.

 

Antes do interrogatório de Lula acontecerão, em 29 de agosto, os depoimentos de Emílio e Marcelo Odebrecht.  Depois, dia 3 de setembro, Leo Pinheiro. No dia 5, Roberto Teixeira e Fernando Bittar, o “amigo” que aparece como “dono” do sítio.

 

Dificilmente Lula deixará de ser condenado. A reunião de provas no caso do sítio é ainda mais farta do que a documentação relativa ao caso do triplex do Guarujá.

 

A defesa do réu esperneou o quanto pode, chegando a arguir mais uma vez a pretensa ‘parcialidade’ do juiz Sergio Moro. A PGR manifestou ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) sua visão acerca da imparcialidade do magistrado ao longo do processo:

“(…) inviável a declaração de nulidade dos atos praticados no curso da ação penal processada e julgada pelo Juízo Criminal Federal de Curitiba, que se manteve imparcial durante toda a marcha processual”, afirmou o subprocurador-geral da República, Nívio de Freitas Silva Filho.

 

O relator do recurso será o ministro Felix Fischer,  responsável pelos processos da Lava-Jato no STJ. Ele já negou outros recursos similares da defesa de Lula.
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Durante o último final de semana, uma revista semanal – que já viveu dias melhores – estampou  uma matéria sob o título “Ninguém quer o líder”, referindo-se a Jair Bolsonaro.

 

Seria risível, se não fosse patético.

 

Há um bilhão de interessados em aderir ao líder, se lhes fossem garantidas as mesmas benesses outrora concedidas pelo PT e sua base aliada, atolada em encrencas com a lei.

 

Seria suficiente que Bolsonaro aceitasse aquilo gente como Valdemar da Costa Neto, “dono” do PR, pede para “fechar negócio” e viriam correndo juntar-se ao líder nas pesquisas.

 

É triste constatar como o tradicional “toma-lá, dá cá” é digerido com tanta facilidade por certos veículos.

 

Enfim, tratam-se de ausências que trarão excelentes resultados.

 

O QUE NOS RESTA?

27 de março de 2018

Suprema vergonha nacional, menos de uma dúzia de velhotes fizeram aquilo que se imaginava passar por suas cabeças, mas que não teriam o topete de fazê-lo nas barbas de todo o mundo.   Aliás, exatamente uma dúzia, se incluído aquele “ex”, contratado para Sepultar o que resta de decência neste país.

Definitivamente, não vivemos em um país sério.

Um criminoso é condenado com o devido processo legal. Primeira instância, confirmada na segunda instância, novamente na terceira, com  a negativa de um habeas corpus pela unanimidade de cinco desembargadores.

Aí a quarta instância dá o golpe para favorecer o maior criminoso deste país, o mesmo que já havia dito temos “uma suprema corte completamente acovardada”.

Será que os semi-deuses não se dão conta da magnitude da barbaridade que estão cometendo?

Será que o ex-ministro do STF Sepúlveda Pertence, advogado de Lula, está orgulhoso de seu trabalho, cuja remuneração só poderá vir com dinheiro suspeito?

No momento em que escrevo estas linhas, o TRF4 ainda não tomou a provável decisão de recusar o recurso final da defesa de Lula. O que resultaria em prisão imediata, dentro da regra vigente de decisão condenatória, por colegiado, em segunda instância.

Lula, seus advogados e todos, sabem que o TRF-4 negará seus recursos. O que já definiria sua prisão imediata. Será interessante ver qual será a atitude do juiz Sergio Moro. Ele poderá até mesmo não tomar nenhuma atitude. Mas não seria surpresa se ele tirasse um coelho da cartola da rebeldia e da revolta. Aguardemos…

Palhaçada-mor, uma das cabeças coroadas teve o desplante  de brandir um formulário de check in como arma para congelar a manobra vergonhosa por duas semanas, com direito a feriadão! Em que mundo vivem estas pessoas?

Será oficialmente implantado no dia 04 de abril o Império da Impunidade, se algo de muito sério não sobrevier até aquela data. Na sequência, a derrubada da prisão após condenação em segunda instância.

 

Para beneficiar Lula, suas excelências estenderão o mesmo tratamento a qualquer condenado. Milhares de presos nas mesmas condições de condenação não terão também direito de liberdade?

Vai piorar. Dentro de seis meses, em setembro, assume a presidência do STF o ex advogado do PT, Dias Toffoli.

Se o consolo vem do fato de que mesmo solto, Lula é inelegível, não se surpreendam se o STF e o TSE inventarem alguma tese safada para permitir que Lula volte a disputar o Planalto.

Se isso não acontecer, Elio Gaspary trouxe a arquitetura de outro golpe. Estaria sendo negociada a promessa de um indulto para Lula com os candidatos que poderiam chegar ao segundo turno.

Ressalva que se o outro candidato for Jair Bolsonaro, esse caminho estará fechado.

Só a urna nos salva. Se também não forem roubadas.

BOLSONARO QUER PAULO GUEDES  

5 de dezembro de 2017

 

Na última segunda feira, em seminário da revista Veja, Jair Bolsonaro surpreendeu ao antecipar que, se for eleito no ano que vem, seu provável ministro da Fazenda poderá ser o economista Paulo Guedes.

Registre-se que Bolsonaro tem tido a humildade de admitir não entender de economia.  Demonstra uma qualidade importante a quem queira ter sucesso na Administração Pública: reconhecer a obviedade de que é impossível saber sobre tudo, e por isso mesmo, a capacidade de saber assessorar –se é fundamental.

O economista Paulo Guedes é professor de macroeconomia da PUC e da FGV no Rio. Tem PhD pela Universidade de Chicago. Reconhecido como liberal e crítico da social democracia.

O blog do jornalista José Fucs, no Estadão, pinçou pensamentos de Paulo Guedes, alguns dos quais destacamos:

“A morte da velha política em 2017, sob a guilhotina da Lava-Jato, é o nosso mais importante episódio de aperfeiçoamento institucional desde a redemocratização e a convocação da Assembleia Constituinte.”

“Os corruptos destroem muito mais do que escolas e hospitais não construídos. Destroem também a crença da população nas instituições das modernas democracias liberais.”

“A classe política não representa mais o povo, e sim seus próprios interesses. E os empresários não criam mais riqueza, apenas dela se apropriam em negociatas com o poder político.”

“A Nova República morreu, porque manteve o Antigo Regime. Não fez a reforma da estrutura de Estado brasileiro.”

“O político que enriqueceu na vida pública e o empresário que tem muito poder político são aberrações de um capitalismo de Estado que degenerou para um capitalismo de quadrilha.”

“A concentração de poder político e recursos financeiros no governo federal, explica muito de nossa degeneração política.”

“O baixo crescimento e a corrupção sistêmica marcaram a transição do capitalismo de Estado do regime militar para um capitalismo de quadrilhas sob a obsoleta e despreparada social-democracia.”

“O Brasil é o paraíso dos rentistas e dos empresários escolhidos e o inferno dos trabalhadores, dos empreendedores e dos empresários que acreditam na economia de mercado.”

“Em 30 anos, a social democracia, dominante desde os anos 1980, não conseguiu fazer o que tinha que ser feito. A esquerda não tem coragem de enfrentar corretamente, tecnicamente, o problema. O que eles fazem? Aumentam os gastos até serem chamados a realidade.”

“A educação é libertadora e transforma vidas. É o maior fator de criação de riqueza.”

Soa como música!

SUPREMO RETROCESSO

24 de outubro de 2017

Mesmo diante do quadro de criminalidade – em todos os níveis – que assola o país, o STF esta pretendendo revisar a posição que garante a prisão de condenados por crimes em segunda instância.

Esse avanço foi adotado pelo plenário de nossa Corte Superior em fevereiro de 2016 e confirmado em outubro do mesmo ano. O assunto pode voltar à pauta pela terceira vez, com grave risco de ocorrer um recuo.

Quem mais vem se destacando nas discussões a favor do retrocesso é o Ministro Gilmar Mendes, que ano passado votou a favor da possibilidade de execução da pena após condenação em segunda instância. Porém, desde maio passado, Gilmar vem se posicionando publicamente pela rediscussão do tema, seja em entrevistas ou em decisões proferidas.

Considerando que a última votação foi de seis a cinco a favor da prisão, há risco sério de retrocesso. A mudança de voto de Gilmar poderia inverter o resultado.  Embora se comente que Rosa Weber também inverteria seu voto, no sentido contrário ao de Gilmar, não se sabe a posição de Alexandre Moraes, substituto de Teori Zavascki – que foi favorável a prisão. Mas como Moraes vem se manifestando favoravelmente ao reexame do tema, pode-se concluir que …

A associação dos delegados de Polícia Federal já divulgou nota assinalando o “anseio da sociedade pela rápida conclusão dos processos e pelo fim da sensação de impunidade”.

Integrantes do Ministério Público Federal também já se manifestaram repetidas vezes, assinalando que uma revisão na posição do Supremo pode atrapalhar investigações e desestimular as colaborações com a Justiça de pessoas investigadas ou acusadas.

O juiz Sérgio Moro, em encontro com a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, também revelou sua preocupação com uma eventual revisão da decisão da de 2016. “Eu não mudei”, respondeu Cármen Lucia.

Se ocorrer a demonstração explícita de divórcio com os anseios gerais por parte do STF, isso poderá trazer consequências imprevisíveis. A opinião pública já vem emitindo sinais de que não aguenta mais.

Vindo esse retrocesso, talvez o maior beneficiado seja… Jair Bolsonaro!

O descaso para com os anseios da população poderá turbinar os índices de uma candidatura que se manifesta-se publica e claramente pelo combate a bandidagem.