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O SAMBA DE PAULO FERREIRA

5 de julho de 2016

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Pela segunda vez teve prisão preventiva decretada  o ex deputado federal (PT) gaúcho Paulo Ferreira. Entre 14/03/2012 a 17/03/2014, assumiu como suplente. Condição que mantém na atual legislatura, porém sem assumir.

 

Paulo Ferreira foi um dos alvos de prisão da Operação Abismo, deflagrada nesta segunda feira, 04 de julho, na 31ª fase da Lava Jato. Ferreira já estava preso, já que foi um dos alvos da Operação Custo Brasil, aquela que prendeu o ex-ministro de Lula e Dilma, Paulo Bernardo, marido da senadora (PT) Gleisi Hoffman.

 

O ex-tesoureiro do PT foi delatado pelo ex vereador petista Alexandre Correa de Oliveira Romano, o  Chambinho.  O delator  entregou documentos que comprovam as transferências bancárias e pagamentos que efetuou a pedido de Paulo Ferreira, detalhando ainda o vínculo entre os beneficiários das remessas e o ex-tesoureiro.

 

Chambinho explicou que utilizava suas empresas, Oliveira Romano Sociedade de Advogados, a Link Consultoria Empresarial e a Avant Investimentos e Participação Ltda., para simular contratos de prestação de serviços para esconder o recebimento de valores recebidos como propina.

 

Entre as empresas que lhe repassaram valores, algumas que compuseram o Consórcio Novo Cenpes, objeto da Operação Abismo. Chambinho declarou que a pedido de Paulo Ferreira recebeu recursos destinados ao PT e ao próprio Paulo Ferreira.

 

Chambinho contou que apelou ao ex tesoureiro pedindo para que lhe fizesse indicações de clientes. Ferreira propôs que trabalhassem “em parceria”, onde ele indicaria a empresa e Chambinho simularia os serviços prestados. Depois também ajudaria Ferreira a financiar sua campanha eleitoral. assim, Paulo Ferreira indicou ao depoente seis empresas. Atuaram com o superfaturamento de contratos de prestação de serviços advocatícios ou pela simulação de contratos de consultoria.

 

Não havendo efetivo trabalho, Paulo Ferreira recebia 70% do valor da nota emitida e o Chambinho com 30%. Em havendo, com contratos superfaturados, o percentual era de 60% para Paulo Ferreira e 40% para Chambinho. A parceria funcionou entre 2009 e 2012.

 

A força-tarefa da Operação Abismo trouxe ainda uma notícia sobre a comemoração do aniversário do ex-tesoureiro: “Uma dupla homenagem a Paulo Ferreira, pelos seus 53 anos de vida e por sua nova empreitada em Brasília, onde recentemente foi empossado como deputado federal pelo PT.”

A luz dos fatos atuais a festança é de embrulhar o estômago. Como convidado de honra, José Dirceu, veio a Porto Alegre para o evento digno da revista Caras. 

Marco Maia e outras  figuras do mesmo naipe deram o ar da graça. 

Um luxo!

puxa saquismo explícito, em estado de graça! A prodigalidade com o dinheiro dos outros em seus dias de glória!

Que vexame!

 

 

Assista: 

 

 

 

Deputado Onyx Lorenzoni demonstra que Vaccari, tesoureiro do PT, mentiu.

10 de abril de 2015

Aos 5:50 seg o depoente chega a balançar a cabeça concordando com a demonstração da mentira.

O arrogante e todo poderoso tesoureiro do PT é destruído ante a argumentação do deputado Onyx.

Assista:

 

A corrupção em escala industrial na Petrobrás

12 de março de 2015

“Ninguém tirará do lulopetismo a primazia de ter feito um assalto amplo e bem organizado à estatal, inclusive com o toque requintado de converter propina em doação formalmente legal a partido e candidatos.”

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Editorial de O Globo 12.03.2015

“Não causou o impacto do depoimento do marqueteiro de Lula, Duda Mendonça, na CPI dos Correios, em agosto de 2005, em que ele, ao dizer que recebera do PT em uma conta em paraíso fiscal, confirmou que o partido transacionava com dinheiro sujo no exterior.

Ainda assim, a ida do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, personagem de primeira grandeza no petrolão, à CPI da Petrobras, terça, teve peso equivalente, considerando-se as peculiaridades de cada momento.

Àquela altura de 2005, o escândalo do mensalão mal acabara de ganhar vida própria a partir da entrevista de denúncia concedida à “Folha de S.Paulo” pelo então deputado petebista fluminense Roberto Jefferson.

A ideia de o PT ser um partido com velhos e distorcidos costumes da política brasileira já não era inconcebível, mas comprovadamente fazer traficância financeira pelas Bahamas foi uma novidade.

Do Duda Mendonça de 2005 ao Barusco de 2015, pode-se dizer que o PT de oposição, pré-2002, desapareceu. Nada do que surge no petrolão surpreende. Porém, o depoimento de Barusco serviu para demonstrar como o esquema de corrupção montado na maior estatal do país sob as bênçãos do lulopetismo, em sociedade com os aliados PMDB e PP, foi uma roubalheira em escala industrial.

Petistas com assento na CPI — o relator Luiz Sérgio (RJ), Afonso Florence (BA) e Maria do Rosário (RS) — tentaram fazer com que Barusco, confesso corrupto desde 1997, testemunhasse que havia esquema de mesma dimensão já no governo FH. Não conseguiram.

O testemunho do ex-gerente, do alto dos US$ 97 milhões que conseguiu surrupiar da estatal, foi que, a partir do início do governo Lula, cobrança e recebimento de propinas se institucionalizaram. Antes, eram artesanais, individualizadas. Depois, ficaram sistêmicas.

Com a tranquilidade de quem contava uma viagem de férias, Pedro Barusco relatou negociatas feitas na diretoria de Renato Duque, da área de Serviços, a quem era subordinado, e nome indicado pelo PT.

Barusco mantinha contato com o operador do PT no esquema, João Vaccari Neto, tesoureiro do partido, para quem, o ex-gerente estima, devem ter sido canalizados entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões provenientes de propinas geradas pelo superfaturamento de contratos firmados entre o “clube de empreiteiras” e a estatal. Ou seja, dinheiro público desviado. A base da estimativa de Barusco é realista: o próprio roubo.

Cabe frisar: o depoimento de Pedro Barusco, um dos que fizeram delação premiada, não aponta o PT como inventor da corrupção na Petrobras. São conhecidas histórias de desfalques na estatal em vários governos, inclusive no dos tucanos.

Mas ninguém tirará do lulopetismo a primazia de ter feito um assalto amplo e bem organizado à estatal, inclusive com o toque requintado de converter propina em doação formalmente legal a partido e candidatos.”

Grifos do blog.

http://www.eniomeneghetti

Delator na CPI: detalhamento da patifaria institucionalizada

10 de março de 2015

Pedro Barusco

Pedro Barusco, ex gerente da Petrobrás que comprometeu-se a devolver 97 milhões de dólares para ter direito à delação premiada, afirma em depoimento a CPI da Petrobrás que a corrupção na estatal foi “institucionalizada” a partir de 2003 ou 2004, já no governo Lula, conforme já havia feito em seu acordo de delação.

O depoimento de mais de sete horas acabou há pouco, às 16:40.

O relator da CPI, o petista Luiz Sérgio (PT-RJ), foi o primeiro a fazer perguntas e quis saber quando o esquema mais amplo de corrupção se instalou: “A forma mais ampla, em contato com outras pessoas da Petrobras, de uma forma mais institucionalizada, foi a partir de 2003, 2004. Não sei precisar exatamente a data, mas foi a partir dali”, afirmou o ex-gerente.

Pedro Barusco disse que “praticamente” toda a propina que recebeu foi paga no exterior, em contas na Suíça. Ele afirmou que não tem detalhes de com o dinheiro era repassado a Vaccari (João Vaccari Neto – tesoureiro do PT) http://veja.abril.com.br/infograficos/rede-escandalos/perfil/joao-vaccari-neto.shtml. “Eu recebia só para mim e para o Renato Duque”. O ex-gerente reafirmou, entretanto, que havia até mesmo uma “prestação de contas” na divisão da propina. Ele contou aos parlamentares que fazia o controle dos pagamentos por meio de planilhas e que, periodicamente, em um período de dois a quatro meses, havia um acerto de contas com os operadores do esquema. “O mecanismo envolvia o representante da empresa, eu , o diretor Duque e João Vaccari. São os protagonistas”, resumiu.

O delator deixou claro que a participação de Vaccari não era por conta própria, mas sim em nome do partido. “O rótulo era PT”, explicou, acrescentando que o tesoureiro petista também esteve à frente do recebimento de comissões em obras do Gasene, uma rede gasoduto construída entre Rio de Janeiro de Bahia. As obras foram questionadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). “Eu sei que a propina foi destinada a mim, ao Duque e à parte relativa ao PT. A gente sempre combinava esse tipo de assunto com o Vaccari. Ele era o responsável”, disse o ex-gerente da Petrobras.

Barusco também disse que o PMDB se beneficiou dos desvios na Diretoria de Abastecimento, sob comando de Paulo Roberto Costa, e que a Diretoria de Serviços era da cota do PT. “A divisão da propina, até onde eu sabia, iria para o PP e, mais recentemente o PMDB no caso do diretor Paulo Roberto Costa. E no caso do diretor Renato Duque atendia ao PT. É isso que eu sabia e que eu vivenciava”, afirmou.

Sete Brasil
Quando se aposentou, aos 55 anos de idade, Barusco assumiu o cargo de diretor operacional da Sete Brasil, empresa dedicada ao aluguel de sondas para a exploração do pré-sal e que é fruto de uma sociedade da Petrobras com empresas privadas, como BTG, Santander e Bradesco, e fundos de pensão. Barusco admitiu que a Sete cobrava 1% de propina sobre os contratos, que somam 22 bilhões de reais (BILHÕES!!!). O ex-diretor disse que seu cargo era da cota de indicação da Petrobras, sob responsabildade do então presidente José Sérgio Gabrielli. “Quem me indiciou foi a Petrobras. Quem foi a pessoa que defendeu a minha colocação eu acho que foi o Renato Duque e o presidente Gabrielli”, afirmou.

“Sobre a divisão [de propina] da Sete, como tinha o Vaccari e outras pessoas envolvidas, houve uma divisão prática: um estaleiro pagava a mim e ao Duque, outro pagava ao Vaccari, e assim seguia, porque senão ficava uma movimentação financeira cruzada muito complexa”, explicou.

O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) questionou a forma como a Sete Brasil foi criada. “É carta marcada. O senhor chega lá colocado do nada, a empresa nasce do nada e ela de repente tem 22 bilhões para roubar?”, disse.

SBM
Pedro Barusco também confirmou que Renato Duque pediu à holandesa SBM um pagamento de 300 000 dólares para a campanha de Dilma Rousseff à Presidência de 2010. Embora diga não ter tratado diretamente de indicações políticas com os diretores, ele disse ainda que, internamente, “havia rumores de que o PT através do José Dirceu teria indicado Renato Duque e que o PP, através do deputado José Janene, havia indicado o Paulo Roberto”.

Por Reinaldo Azevedo – Veja.com