Perfil
Enio Meneghetti, 60 anos, é administrador de empresas. Tem cursos de especialização em marketing e mercado de capitais.
Liberal convicto, atuou como empresário no setor automotivo, trabalhou em empresas públicas e privadas.
Assessorou o deputado Onyx Lorenzoni, foi Chefe de Gabinete do Vice-Governador Paulo Afonso Feijó, membro do Diretório Municipal de Porto Alegre e da Executiva do Diretório Regional do Democratas/RS. Membro do grupo “Pensar +”.
Autor do livro “Baile de Cobras – A Verdadeira História de Ildo Meneghetti” – Editora AGE. Livro biográfico, onde narra a trajetória pessoal, política e empresarial do avô, Engenheiro Ildo Meneghetti, que foi por duas vezes prefeito de Porto Alegre 1948/51 e 1952/54, além de duas vezes ex-governador do Rio Grande do Sul – 1955/59 e 1963/67.
Baile de Cobras faz um corte na história narrando a trajetória política de Ildo Meneghetti. Conta como um homem comum, que entrou na vida pública por acaso aos 52 anos e praticamente contra a própria vontade, foi prefeito de Porto Alegre, governou o Rio Grande do Sul por duas vezes, disputando eleições sempre como um candidato improvável.
Vereador de Porto Alegre em 1947, duas vezes prefeito da capital gaúcha, foi eleito por outras duas vezes governador do Estado do Rio Grande do Sul em eleições livres e diretas, Meneghetti disputou pelo menos três eleições consideradas impossíveis de serem vencidas nos momentos em que aconteceram. Venceu todas, batendo nomes consagrados como Leonel Brizola, Alberto Pasqualini, Fernando Ferrari, Egidio Michaelsen e outros. Protagonizou também o primeiro debate político transmitido pela TV brasileira, com o arqui-rival Leonel Brizola, em 1962.
Atravessando momentos conturbados da história brasileira, Baile de Cobras narra o início da carreira profissional de Meneghetti como engenheiro, depois sua atuação como presidente do Internacional num momento de grave crise para o Clube e por fim, suas “táticas eleitorais”.
O próprio Ildo Meneghetti admitia que não era um bom orador. Apesar do vigoroso timbre de voz, não tinha boa dicção, o que o desfavorecia num tempo em que o forte das campanhas estaduais eram os grandes comícios, com excelentes oradores. As pesquisas eleitorais não tinham um rigor científico como as atuais, as técnicas de marketing eram rudimentares e também não havia contribuições financeiras das grandes corporações. As doações de campanha funcionavam como “ação entre amigos” para financiar o esforço de uma eleição, onde os candidatos envidavam seus próprios recursos e, não raro, dissipavam suas fortunas.
Meneghetti então adaptou uma campanha ao seu estilo. Visitar todo o estado, cada município, vila ou rincão, onde nunca um candidato a governador havia pisado antes. Casa por casa. Não havia venda ou bolicho por onde passassem em campanha por este Rio Grande em que não parasse para uma conversa, um abraço, um aperto de mão. Na região de colonização italiana, onde havia trabalhado na construção de ramais ferroviários como engenheiro recém formado, mais de trinta anos antes, surpreendia os colonos quando chegava, falando no dialeto vêneto aprendido lá mesmo, com eles. Lembrava-se de seus nomes, os nomes dos filhos, dos parentes, perguntando sempre pelos velhos amigos. O fato daquele homem agora, “importante”em sua visão, vir vê-las, e mais do que isso, passados tantos anos ainda lembrar-se delas, facilitava novos contatos, transformando-se em assunto e votos. Tinha conhecidos e amigos nos mais remotos lugarejos. Nas viagens surpreendia, sempre lembrando de algum atalho, uma estradinha secundária qualquer, muitas delas quase intransitáveis, ao fim da qual parava para visitar outro velho conhecido. E acabava por conquistar a simpatia dos conterrâneos e os votos do distrito.
10 de maio de 2011 às 16:56 |
Tem razão Enio…
Somos um estado privilegiado para o desenvolvimento de uma fortíssima industria metroviária e ferroviária. Não só como usuários em nossa infraestrutura de mobilidade, como exportadores para todo o país e exterior. Poucos sabem, mas até já exportamos equipamento ferroviário de alta tecnologia. É!… Ali mesmo, em Canoas, Na Alston / Areva (antiga Coemsa), se produz equipamento para o TGV (trem de alta velocidade francês). Agora vamos a Caxias do Sul (Ana Rech)uma das maiores fábricas de ônibus do planeta – Marcopolo. Ali, desde 1981, se fabricam vagões de ônibus para o mundo inteiro. Eles têm até unidades em outros países como África do Sul e USA.
Então vamos supor que esses 2 gigantes (Marcopolo e Alston) conversassem; criassem um anteprojeto de composição ferroviária. Então o estado entrasse como interlocutor. Posicionando-se como cliente em potencial. Não como aconteceu no final dos anos 70; quando iludiram Oscar Coester (do aeromóvel). Mas com um projeto governamental com um planejamento consistente. Seria muito melhor que pensar nessas concorrências internacionais.
Os europeus valorizam seus fabricantes. Por que não fazemos o mesmo?!…
11 de maio de 2011 às 11:10 |
Éxcelente idéia. Aproveitando o gancho, muitos anos atrás, vi um projeto que me pareceu mais simples e barato do que os atuais metrôs subterrâneos que estão sendo propostos pelo poder público: uma linha ligando o Foro de Porto Alegre à Viamão, posicionada sobre o arroio Ipiranga – nada de túneis e escavações – suportada por estruturas metálicas.
14 de maio de 2011 às 18:39 |
ENIO ENTÃO VOÇE TRABALHOU COM O PAULO GIRARDI FEIJÓ….VE SE CONSEGUE ME CONTACTAR…OK E VOÇE É NÉTO DE UM DOS MAIORES E MELHORES GOVERNADORES QUE O RIO GRANDE TEVE SR ILDO MENEGUETTI…UM ABRAÇO GIRARDI DE CURITIBA
9 de junho de 2011 às 23:13 |
Vamos manter contato. Assuntos não faltarão.
Abraço
10 de outubro de 2012 às 7:46 |
O governador ildo menegheti foi sem duvida alguma, um dos melhores governadores de nosso rio grande do sul.
15 de fevereiro de 2013 às 11:53 |
Eu sempre admirei, o governador Ildo Meneghetti, por sua integridade moral.
19 de março de 2014 às 17:22 |
Prezado Sr. Enio Meneghetti:
Cumprimento pelo artigo que publicou na Zero Hora de ontem, o qual representa aquilo que efetivamente ocorreu e quase toda a nação se empolgou com a revolução. Ildo entrou triunfante num caminhão em Porto Alegre, acompanhado de políticos, muitos dos quais hoje esqueceram este passado. Seria interessante complementar o artigo com informes sobre as cassações. Conheci o govenador perla atividade em jornal, esporte, liderança estudantil e à época jovem advogado. Saúdo e abraço.
Atenciosamente,
Adalberto Alexandre Snel