Archive for the ‘Eleições 2018’ Category
25 de abril de 2017

As revelações de Emílio Odebrecht foram apenas parte do estrago. As delações dos dirigentes das outras empreiteiras trarão mais destruição.
Depois do patético depoimento em que o capo Emílio Odebrecht, sem demonstrar o mínimo arrependimento, com ar superior, em uma performance teatral, tentou dar ares de normalidade à corrupção alimentada por ele, sua empresa será para sempre lembrada como sinônimo de corrupção. Desculpas como “geração de empregos” jamais poderão servir para a manutenção das atividades de uma empresa movida à base de corrupção. Emílio buscou situar a corrupção no tempo. “O que nós temos no Brasil não é de cinco, dez anos. Tudo que está acontecendo era um negócio institucionalizado, normal”. Absurdo.
Em outro depoimento devastador, Léo Pinheiro revelou a Sérgio Moro que Lula chegou a lhe determinar que destruísse provas sobre a real propriedade do famoso triplex do Guarujá. O empreiteiro contou que em um encontro, Lula lhe indagou: “Léo, você fez algum pagamento a João Vaccari no exterior?”. Ele respondeu: “Não, presidente, nunca fiz pagamento dessas contas que nós temos com Vaccari no exterior”. Lula: “Como você está fazendo esses pagamentos para o PT?”. Léo respondeu: “Através das orientações do João Vaccari. Do caixa dois, de doações diversas que nós fizemos a diretórios e tal”. Veio a ordem de Lula: “Você tem algum registro de algum encontro de contas feitas com João Vaccari…? Se tiver, destrua”.
Léo Pinheiro deixou claro em seu depoimento que o tríplex sempre foi da família Lula, além de trazer uma nova acusação: destruição de provas. Isso também dá cadeia.
Em seguida foi Antônio Palocci que colocou-se à disposição para delatar. Sua família vem pressionando para que ele possa abrir o jogo. Palocci sabe muito. Foi ministro da Fazenda de Lula, Chefe da Casa Civil de Dilma. É o “Italiano” das planilhas de propinas da Odebrecht.
Manifestou publicamente sua intenção. “Encerro aqui e fico à sua disposição”, disse ao juiz Sérgio Moro. “Hoje e em outros momentos, porque todos os nomes e situações que eu optei por não falar aqui, por sensibilidade da informação, estão à sua disposição no dia que o senhor quiser. Se o sr. estiver com a agenda muito ocupada, à pessoa que o Sr. determinar, eu imediatamente apresento todos os fatos com nomes, endereços, operações realizadas e coisas que vão ser certamente do interesse da Lava Jato. Acredito que posso dar um caminho, que talvez vá dar um ano de trabalho, mas é um trabalho que faz bem ao Brasil”.
Chegou a hora fatal. Quem ainda tem algo a delatar, com provas, deve correr, antes que suas condenações sejam irreversíveis. É o caso de Palocci. Quem optar por não delatar terminará como Marcos Valério, com muitos anos de cadeia para cumprir.
Lula não tem essa opção. A quem ele delataria? A Hugo Chavez?
A jararaca virou vítima do próprio veneno.
Tags:Antônio Palocci, corrupção, delação premiada, Emilio Odebrecht, empreiteiras, Jararaca, Joaõ Vaccari, Lava Jato, Léo Pinheiro, OAS, Sergio Moro, triplex
Publicado em Administração Pública, Corrupção, CPI, Curiosidades, Demagogia, Eleições 2018, Eleições presidenciais, Gastos Públicos, Governo Federal, História, Janus, Legislação, Lula, Medidas Provisórias, Operação Lava Jato, Petrolão, Politica, Problemas Internacionais, Respeito, Zelotes | Leave a Comment »
18 de abril de 2017

O Ministro Edson Fachin prestou um desserviço à Lava Jato ao autorizar a divulgação da lista de Janot sem separar os diversos tipos de enquadramentos.
Há diferença enorme entre quem que recebe contribuição de campanha em um valor razoável e quem assalta órgãos públicos, como Petrobrás, BNDES, etc. para enriquecer, financiar o próprio luxo, comprar apoios políticos, editar medidas provisórias, fazer emendas. Isso consiste em corromper a democracia em um projeto totalitário de poder.
Está em curso uma manobra manobra visível para fazer vala comum e banalizar a corrupção. Nos interrogatórios dos criminosos como Emílio Odebrecht, isso é notável.
Outro criminoso confesso, Alexandrino Alencar, em seu interrogatório foi indagado sobre a mecânica das doações a candidatos: “Nessas conversas, o sr. era procurado ou procurava para oferecer as doações? Alexandrino: “Não me recordo de ter tomado a iniciativa de procurar alguém para doações.” – responde com um sorriso sarcástico. O procurador continua: “Como era a conversa típica dessas doações? O sr. levantava algum interesse? – Alexandrino: “A contrapartida? Sem dúvida nenhuma, todas as doações tinham uma conversa relacionada com alguma empresa do grupo, relacionada ao candidato. No RS você tinha… ãh… questões de petroquímica, (…) etc.
Já no vídeo referente ao deputado Onyx Lorenzoni, Alexandrino se contradiz. Ele afirma que vislumbrou um grande talento em Onyx e foi procura-lo, no ano de 2006. Queria “mantê-lo próximo” devido “ao volume de investimentos que tínhamos no RS”. Afirma ter ele oferecido R$ 175 mil para sua campanha. Indagado sobre qual a “contapartida”solicitada, afirma que era somente uma “parceria para o futuro”. Atrapalhou-se todo e não lembrou onde teria sido o encontro, não soube como teria sido entregue o recurso. Disse que foi uma decisão isolada sua, porque tinha “autonomia” para tanto. O procurador pergunta acerca de uma planilha entregue por Alexandrino e ele destaca: – Está aqui, “Inimigo”. E aponta a data da doação: “Dia 10 de outubro de 2006”.
A data de 10 de outubro foi após a realização do I turno. O deputado já estava reeleito. Na ocasião, a candidata Yeda Crusius já havia brigado com o então PFL, hoje DEM, com o presidente da sigla, deputado Onyx e com o Vice Paulo Feijó. Era o momento em que Yeda publicamente tentava substituir o candidato vice na chapa majoritária, após o I e antes do II turno daquela eleição. Ora, que retorno “para o futuro” esperava obter Alexandrino em seus “investimentos no RS” através de Onyx, então? Registre-se que nenhuma outra doação foi apontada pelo delator.
O honroso codinome “Inimigo”, teria sentido em 2006 ou somente dez anos depois? Foi mesmo atribuído em 2006?
Onyx foi o relator das 10 medidas contra a Corrupção, negou-se a participar de todas as manobras tentadas para melar a Lava Jato, inclusive a tentativa de anistiar o Caixa 2. Justamente o enquadramento que Alexandrino lhe proporcionou somente agora, no depoimento em dezembro de 2016. Muito estranho. A história não fecha.
Ao delator cabe o ônus da prova. Se não apresentar provas cabais do que afirma, seu benefício da Delação Premiada pode até ser anulado.
Ele bem merece.
Enio Meneghetti
artigo publicado no Jornal “Correio de Cachoeirinha” terça feira, 18.04.2017
Tags:Alexandrino Alencar, BNDES, corrupção, delação premiada, delatores, Emúilio Odebrecht, Lava Jato, máfia, Odebrecht, Onyx Lorenzoni, petralhas, Petrolão
Publicado em Administração Pública, Câmara Federal, Corrupção, CPI, Curiosidades, Demagogia, Diplomacia, Eleições 2018, Eleições presidenciais, Governo Federal, História, Impeachment, Janus, Legislação, Lula, Marketing, Operação Lava Jato, Petrolão, Politica, Problemas Internacionais, rejeição, Respeito, Zelotes | Leave a Comment »
28 de março de 2017

Com medo de sofrer punições da Justiça Eleitoral, o PT desistiu de lançar a candidatura de Lula à Presidência da República em evento que estava previsto para o mês que vem. Os petistas pretendiam que Lula sentasse diante do juiz Sérgio Moro no próximo dia 3 de maio já como pré-candidato, para criar constrangimentos para o magistrado.
Em um seminário contra a Lava Jato em São Paulo, Lula referiu-se à questão: “Agora vai começar um outro processo contra mim porque dizem que estou num processo de antecipação de campanha e tenho que ter a candidatura vetada”. Ele continuou a bravatear: “Nem o Moro, nem o Dallagnol, nem o delegado da Polícia Federal têm a lisura, a ética e a honestidade que eu tenho nestes 70 anos de vida. Eles deram azar porque foram mexer com quem eles não deveriam ter mexido. Vou nessa briga até o fim. Não tenho negociata. Eles vão ter que provar. A Lava-Jato não precisa do crime. Primeiro, ela acha o criminoso e depois coloca o crime em cima do criminoso. Quero ver qual vai ser o crime a ser imputado a mim”.
Não serão poucos e ele sabe. Pelo menos dez serão as situações suspeitas que virão nos depoimentos de executivos e ex diretores da Odebrecht:
– O sítio: o executivo Alexandrino Alencar teria dito em seus depoimentos que a Odebrecht pagou a reforma do sítio de Atibaia, em 2010;
– O terreno: a construção de uma nova sede do Instituto Lula. A Odebrecht teria oferecido ao ex-presidente vantagem indevida, de cerca de R$ 12 milhões de reais, com a compra do imóvel da Rua Dr. Haberbeck Brandão;
– Cobertura em S Bernardo: utilizada pelo ex-presidente, foi adquirida no nome de Glauco da Costa Marques. Seria mero testa de ferro. Segundo o MPF, Marisa Letícia assinou contrato fictício de locação do imóvel, datado de fevereiro de 2011, mas nunca houve pagamento;
– “Amigo”- um total de R$ 8 milhões debitados do saldo do que a PF chamou de “conta-corrente da propina”, na planilha italiano;
– Itaquerão: Emílio Odebrecht, teria dito que o estádio do Corintians foi retribuição a Lula pela ajuda prestada em seus oito anos de mandato;
– Luiz Cláudio: a Odebrecht, a pedido de Lula, teria alavancado a empresa Touchdown Promoções e Eventos Esportivos;
– Frei Beto – a empreiteira teria pago mesada a Frei Chico, irmão de Lula por mais de dez anos;
– Conta corrente: Marcelo Odebrecht teria detalhado sobre a conta corrente gerenciada por Antônio Palocci, usada para manter em alta a influência política de Lula, com investimentos nas campanhas de líderes de esquerda em países vizinhos;
– Tráfico de influência: Lula teria ajudado a Odebrecht na obtenção de contratos na América Latina e na África com recursos do BNDES. O esquema teria sido iniciado em 2011, e durado até 2014;
– Palestras: sempre que a empreiteira precisasse ajuda para resolver algum problema em contratos nos respectivos países, providencialmente, uma palestra do ex presidente acontecia no país demandado.
Tudo invenção, certamente.
Tags:Amigo, Delações, Lava Jato, Lula, Odebrecht
Publicado em Administração Pública, Corrupção, Curiosidades, Demagogia, Eleições 2018, Eleições presidenciais, Gastos Públicos, Governo Federal, Impeachment, Lula, Operação Lava Jato, Petrolão, Politica, Problemas Internacionais | Leave a Comment »
21 de março de 2017

FALA ALEXANDRINO!
Conforme vínhamos antecipando há bastante tempo neste espaço, o depoimento mais bombástico entre os mais de setenta executivos da Odebrecht, deverá mesmo ser o do ex diretor de relações institucionais da empreiteira, Alexandrino Alencar.
Neste final de semana foi publicado na revista Veja parte das revelações que deverão constar na delação premiada do mais frequente acompanhante e interlocutor de Lula em assuntos não republicanos.
Alencar acompanha Lula desde os tempos de sindicalismo em São Bernardo. Em sua delação, ele revela que a Odebrecht pagou mesada por mais de dez anos para Frei Chico, irmão de Lula. Isso começou durante o mandato presidencial e só parou com o estouro do Petrolão.
Como se sabe, Lula responde por crimes de corrupção passiva e tráfico de influência. Um dos casos é o do sobrinho, Taiguara Rodrigues, que recebeu 20 milhões da Odebrecht por obras do mesmo tipo das palestras de Lula: nunca foram encontradas. Alencar explica isso e também os pagamentos mensais ao irmão do ex presidente. Segundo o delator, tudo foi feito após pedido pessoal de Lula.
Além disso, segue Alexandrino, a falecida Marisa Letícia pediu pessoalmente ajuda para a realização da reforma do sítio de Atibaia.
Ou seja, enquanto era diretor da empreiteira, Alencar afirma que fez pagamentos à família presidencial. Inclusive o patrocínio a Luís Cláudio Lula da Silva, a ponto de transformá-lo de professor de educação física a empresário bem sucedido do ramo esportivo.
Alencar montou um diagrama com todo o esquema de pagamentos feitos, mais a compra do famoso terreno para construir a sede do Instituto Lula. Segundo Alencar, Lula recebeu cerca de três milhões de reais para defender os interesses da Odebrecht. Os pagamentos vieram na forma das famigeradas “palestras” de Lula, de 2011 até 2014.
O advogado de Lula, José Roberto Batochio, nega tudo.
Lula e Dilma Rousseff estão com outro problema sério. Edson Fachin logo desmembrará a lista de Janot enviando as acusações referentes aos apontados que não tem foro privilegiado, caso de Lula e Dilma e eles responderão diretamente ao juiz Sergio Moro em Curitiba. Com isso os ataques contra a Lava Jato vão aumentar.
Já está marcado para a sexta feira próxima encontro do partido. O presidente do PT, Rui Falcão, declarou que “será um grande debate cujo tema é ‘O que a Lava Jato tem feito pelo Brasil’.”
Participarão Lula, juristas, economistas, sindicalistas, jornalistas, cientistas políticos ligados ao PT. Pretendem transmitir ao vivo pela Internet e disponibilizá-lo no Brasil e exterior. Marketing de defesa.
O PT alegará que a Lava Jato se desviou de seus objetivos e está causando paralisia da economia. E que é uma manobra para “impedir a candidatura do Lula à Presidência da República”.
A estratégia óbvia da vitimização, confirmada por Ruy Falcão.
Tags:Alexandrino Alencar, Dilma, Lava Jato, Lula, mesada, Odebrecht, Petrolão, tráfico de influência
Publicado em Administração Pública, Câmara Federal, Corrupção, Curiosidades, Demagogia, Diplomacia, Eleições 2018, Eleições presidenciais, Gastos Públicos, Governo Federal, História, Impeachment, Lula, Marketing, Operação Lava Jato, Petrolão, Politica, rejeição, Respeito | Leave a Comment »
14 de março de 2017

Muitos devem ter notado que começaram a circular com mais insistência nos últimos dias posts, notas e até um videozinho de youtube com Lula malhando com seu personal e mostrando suas “ótimas” condições físicas. No final, diz a mensagem: “Até 2018”.
Compreensível isso acontecer pouco antes de seu interrogatório pelo juiz Sérgio Moro, marcado para o próximo dia 3 de maio. Há petralhas falando em organizar uma caravana e cercar o prédio do tribunal. O fato é que mostrar disposição para concorrer à presidência apenas evidencia o temor de ser condenado e preso, sem falar na tentativa de refrear a debandada que seu partido sofre.
Ontem, Emilio Odebrecht prestou depoimento a Sérgio Moro. Infelizmente o conteúdo ainda permanece sob sigilo, até que o teor dos relatos dos demais delatores da Odebrecht sejam liberados.
Antes de chegar o dia “L”, do depoimento de Lula, Marcelo Odebrecht será interrogado no mesmo processo, que apura as responsabilidades de Antonio Palocci. Estima-se que Marcelo revele que Palocci, além de operador da propina do partido, cuidava também da propina tocante a Lula, o “Amigo”.
Circula a notícia de que Lula teria tido um desentendimento com seu advogado, José Roberto Batochio, também defensor de Palocci e Mantega. O motivo seria Palocci estar tentando obter o benefício da delação premiada.
Depois de Marcelo dia 10 de abril, virá o depoimento de José Oldemario (Léo) Pinheiro, da OAS, no dia 20. Leo Pinheiro deverá confirmar que Lula sabia muito bem que a OAS pagou pelo triplex e o valor seria descontado da propina do PT.
O depoimento que deverá causar maior sensação será o de Alexandrino Alencar. Ele poderá detalhar os pagamentos para a reforma do sítio de Atibaia, a compra do terreno para o Instituto Lula, a compra do apartamento vizinho, as palestras milionárias, os negócios dos filhos e muito mais. Ele era o acompanhante de Lula nas viagens ao exterior, quando as palestras “coincidiam” com o fechamento de grandes contratos financiados pelo BNDES.
Entre 2007 e 2015 Alexandrino acompanhou Lula nas viagens ao exterior, sempre nos jatinhos pagos pela Odebrecht e presenciou diversas negociações que levaram o BNDES a financiamentos ruinosos de obras realizadas pela Odebrecht no exterior. Foram torrados mais de R$ 28 bilhões. Só em Angola do amigo de Lula, o ditador José Eduardo dos Santos, foram 42 contratos de obras, que totalizaram 2,6 bilhões de dólares, a juros e prazos – literalmente – de mãe brasileira. Na República Dominicana, foram outros 1,8 bilhões de dólares. Sem falar no Porto de Mariel, no Metrô de Caracas e muito mais dinheiro jogado fora. Enquanto isso acontecia, Lula e Dilma, ajudados por aquele marqueteiro tipo exportação, que já andou preso, mentiam para os otários que o Brasil estava rico. Alexandrino assistiu a tudo. Quando os bastidores dessa orgia com o dinheiro público começarem a ser revelados, vamos ter a mesma sensação que tivemos da pequenez do mensalão frente ao Petrolão. Virá logo a vez do Petrolão, com todo o escândalo da Petrobrás, parecer pequeno frente aos estragos feitos via BNDES. Coitado do muquirana Marcos Valério, frente ao tamanho dos roubos que o seguiram.
Hoje temos o Brasil com a com a malha rodoviária sucateada, o país financeiramente em frangalhos, carente de tudo e em meio a uma crise que levaremos mais de dez anos para superar graças a estes criminosos irresponsáveis eleitos à base de compra de votos e corrupção desenfreada.
Não foi por falta de aviso. Aqui mesmo isso foi escrito, com todas as letras.
Tags:BNDES, Caixa preta BNDES, corrupção, Dilma, Lula, Odebrecht, Petrolão
Publicado em Administração Pública, Bancos, Corrupção, Demagogia, Eleições 2018, Eleições presidenciais, Gastos Públicos, Governo Federal, História, Impeachment, Lula, Marketing, Operação Lava Jato, Petrolão, Politica, Problemas Internacionais, Respeito | Leave a Comment »
7 de março de 2017

O juiz Sérgio Moro interrogará Lula dia 3 de maio, às 14 horas, na Justiça Federal em Curitiba.
Serão os momentos finais da ação penal que investiga a propriedade do triplex do Edifício Solaris, no Guarujá, a acusação de lavagem de dinheiro e os aluguéis milionários pagos para a guarda dos bens presidenciais.
Lula será o último réu a ser interrogado. Antes dele, entre 26 e 28 de abril serão ouvidos os réusLeo Pinheiro, Agenor Medeiros, Paulo Gordilho, Fábio Yonamine e Roberto Moreira Ferreira, da OAS e Paulo Okamoto, presidente do Instituto Lula.
Depois, somente eventuais novas diligências, se forem necessárias, e as alegações finais da defesa e do Ministério Público. Então o juiz Sérgio Moro poderá emitir a sentença que definirá se Lula é culpado ou inocente nessa ação penal. Ele é réu em outras quatro.
A chapa está esquentando.
Enquanto isso, em seu depoimento ao TSE, Marcelo Odebrecht contava que em um encontro com Dilma no México, teria avisado que pagamentos feitos a João Santana estavam ‘contaminados’, pois as offshores utilizadas foram as mesmas usadas para pagamento de propina. O valor acertado para a campanha que reelegeu Dilma foi de R$ 150 milhões. Deste total, segundo Marcelo, R$ 50 milhões eram retribuição pela aprovação da Medida Provisória do Refis, em 2009, que beneficiava a Braskem, empresa controlada pela Odebrecht.
Dilma, “a santinha”, ficou furiosa com a revelação e disse que é tudo mentira.
A semana teve mais. O ex-presidente da Odebrecht Ambiental Fernando Reis, também em depoimento ao TSE, disse que a empreiteira pagou 4 milhões de reais para comprar o apoio do PDT à chapa que reelegeu Dilma.
A inclusão do PDT no rol dos recebedores de propina é um balde d’água fria nos espertinhos que tentam escapar do desgaste migrando do PT para o PDT, como Jairo Jorge e Bordignon.
Parece que não seriam os únicos… Olho neles!
Enio Meneghetti
Tags:conteineres, Dilma, interrogatório Lula, Lava Jato, Lula, Marcelo Odebrecht, Sergio Moro, triplex
Publicado em Administração Pública, Corrupção, Curiosidades, Demagogia, Eleições 2018, Eleições presidenciais, Governo Federal, História, Impeachment, Lula, Operação Lava Jato, Petrolão, Politica, rejeição | Leave a Comment »
14 de fevereiro de 2017

Após a morte de dona Mariza, com direito ao velório comício, verificou-se uma nova investida dos admiradores do ex-presidente, insistindo na absurda tese de que “não há provas” contra Lula.
Ora, quando uma denúncia é oferecida pelo Ministério Público, vários tipos de provas podem ser apresentadas. São depoimentos, fotos, recibos, notas fiscais, fotografias, extratos bancários, etc. No caso de Lula, é avassalador o conjunto de evidências, a ponto do MPF mostrar-se convencido e apresentar as denúncias, aceitas pelos juízes após constatarem existência de fundamentos para a instauração dos vários processos aos quais Lula responde.
Colocar imóveis em nome de terceiros é a medida mais comum no mundo da corrupção. Soaria ridículo esperar uma confissão do suspeito ou esperar que deva aparecer uma gravação dele combinando a tramoia com os comparsas.
Antes mesmo que se conheçam os detalhes das delações premiadas que ainda permanecem em sigilo, sabe- se que há documentos que detalham a relação incestuosa com empreiteiros.
O teor da delação do ex diretor da Odebrecht Alexandrino Alencar, é um dos que deverá ser avassalador para Lula. Além da reforma do sítio em Atibaia, na qual atuou, Alencar foi companhia habitual nas viagens de Lula. Juntos estiveram em países da África, Cuba, Panamá, Peru, sempre usando os jatinhos da Odebrecht. Tais contatos resultaram em obras com financiamentos do BNDES. A revista Época já revelou em reportagem a atuação de Lula como lobista da Odebrecht em Havana, onde a empreiteira faturou US$ 898 milhões, 98% dos financiamentos do BNDES em Cuba. Revelou telegramas secretos do Itamaraty, cujos diplomatas relataram as conversas de Lula em Havana, onde foram tratadas condições dos empréstimos e até as garantias para que o BNDES financiasse as obras. Em seu depoimento Alencar relata também pagamentos e interesses da empreiteira em receber apoio do ex-presidente.
Há ainda o caso do pagamento da OAS pelo armazenamento dos bens retirados por Lula dos Palácios de governo. As doações para o Instituto Lula pelos mesmos contratantes de palestras da L.I.L.S., a empresa de palestras de Lula, pagos pelas mesmas Camargo Correa, Odebrecht, Queiroz Galvão, OAS, Andrade Gutierrez, todas envolvidas na Lava Jato. O Instituto Lula recebeu R$ 34.940.522,15. Sessenta por cento vieram das empreiteiras envolvidas na Lava Jato. A L.I.L.S. recebeu R$ 21.080.216,67, metade vieram das mesmas também envolvidas na Lava Jato. Pretender que nada exista de muito esquisito nestes milionários pagamentos é zombar da inteligência alheia. E ainda nem entramos nos negócios do sobrinho Taiguara ou nos pagamentos feitos às empresas dos filhos do suspeito. Não ha´provas? Pois sim!
Agora a suprema ironia: o grande aliado petista, amigo de Lula e Dilma, Nicolás Maduro, pediu determinou ao Ministério Público e ao Poder Judicial venezuelanos que prendam as pessoas que receberam propinas da Odebrecht em seu país. De acordo com Marcelo Odebrecht, sua empresa pagou 98 milhões de dólares em propinas na Venezuela, ficando atrás apenas do Brasil neste quesito.
Tags:Alexandrino Alencar, BNDES, Chavez, Denúncia, Lava Jato, Lula, Maduro, Odebrecht, provas contra Lula
Publicado em Administração Pública, Bancos, Câmara Federal, Corrupção, Curiosidades, Demagogia, Eleições 2018, Gastos Públicos, Governo Federal, História, Legislação, Lula, Operação Lava Jato, Petrolão, Politica, Problemas Internacionais | 1 Comment »
7 de fevereiro de 2017

Ao longo da semana que passou, assistimos a uma série de manifestações de formadores de opinião sobre a “crueldade” de alguns comentários nas redes sociais sobre a saúde da ex primeira dama, senhora Mariza Letícia.
O fato lamentável é que já a partir da hospitalização de dona Mariza, petistas já vinham responsabilizando a terceiros pelo AVC da ex primeira dama, numa antevisão do que viria depois.
Em seu discurso à beira do caixão, Lula não se fez de rogado. ”Marisa morreu triste porque a canalhice, a leviandade e a maldade do que fizeram com ela…”, disse. “Acho que ainda vou viver muito, porque quero provar para esses facínoras… (…). Que eles tenham um dia a humildade de pedir desculpas a essa mulher. Esse homem que está enterrando sua mulher não tem medo de ser preso.”
Lula profanou o velório da esposa ao transformá-lo em um comício. Ele poderia ter dito também que Mariza tinha um aneurisma diagnosticado há dez anos. Que poderia ter sido operado ainda quando ele era presidente, mas sabe-se lá por que, não o foi. Optou por não fazer. Um dia o aneurisma se romperia.
Mas Lula poderia tê-la poupado. De envolver-se e aos filhos em situações nebulosas.
O contrato de locação da cobertura vizinha à que mora estava assinado por dona Mariza. Os investigadores da Lava Jato suspeitam que o imóvel foi comprado por pessoas ligadas a amigos de Lula como laranjas, com dinheiro de corrupção. Sua defesa alega que esta segunda cobertura é alugada. E o contrato de locação está assinado por dona Mariza.
Lula também poderia ter evitado que os filhos se metessem em negócios fantásticos, que de tão bons geraram suspeitas. Isso pouparia o sofrimento e a saúde de uma mãe enferma, ante o risco dos filhos serem investigados e até de acabarem presos. Poderia igualmente ter poupado a mãe do sobrinho Taiguara de idênticas preocupações.
Pela ótica de Lula, frente ao sofrimento de qualquer mãe, nenhum crime poderia ser punido, sequer investigado, pois poderia vitimar parentes de qualquer suspeito. Patético, lamentável e inaceitável o que aconteceu. Sequer pode-se creditar à dor tal comportamento, eis que evidentemente premeditado, dadas as manifestações na mesma linha que foram sendo feitas ao longo da semana por próceres petistas.
É sempre bastante delicado referir-se a tais temas. É muito fácil ser mal interpretado. Mas o comportamento do ex presidente vai contra a população brasileira, que espera ver a apuração completa do mar de corrupção.
O senador Ronaldo Caiado foi um dos que condenaram a postura. Para Caiado, ao politizar o falecimento da esposa, Lula se expôs ao vexame público. O senador goiano apontou a inversão de papéis de Lula:
“Lula não tem limites em sua capacidade de ser indecoroso. Conseguiu ir além mais uma vez desse limite ao profanar a própria viuvez e ousar atribuí-la a terceiros. Se alguém pode ser responsabilizado é quem a envolveu nesse mar de delitos, que não poupou a própria família. (…) Agora quer acusar a justiça, na tentativa de inverter os papéis. O réu é ele, não a justiça. Lula, se não consegue respeitar o Brasil, deveria ao menos respeitar a sua família.”, completou.
Lula espera “viver muito”. Todos desejamos que sim. Para assistir o desfecho da confusão armada a partir de seus governos e de sua sucessora.
Tags:aneurisma, AVC, Comício, Lava Jato, Lula, Mariza Letícia, Petrolão, profanação, velório, Viúvo
Publicado em Caiado, Corrupção, Curiosidades, Demagogia, Eleições 2018, Eleições presidenciais, Gastos Públicos, Governo Federal, História, Impeachment, Legislação, Lula, Marketing, Operação Lava Jato, Petrolão, Politica, rejeição, Respeito, Senador Ronaldo Caiado | 1 Comment »
17 de janeiro de 2017

Artigo publicado no jornal Correio de Cachoeirinha desta terça feira, 17.01.2017.
Na última quarta feira Lula esteve em Salvador, na celebração da Lavagem do Bonfim onde participou de encontro com militantes do MST.
No encontro, reafirmou mais uma vez sua disposição de disputar a presidência:
“Se preparem, porque, se necessário, eu serei candidato. Se eu for candidato, é para a gente ganhar as eleições. Nós vamos voltar a governar este país”- disse à plateia, paramentada com os habituais bonés vermelhos, que gritava: “Brasil pra frente, Lula presidente”.
Lula criticou a gestão do antigo vice de Dilma: “O que está acontecendo no Brasil é algo anormal. Esse país não pode sair da alegria, do otimismo e da esperança que estava para a desgraça que estamos vivendo hoje”.
Disse que vai andar pelo país com a tarefa (impossível) de recuperar a imagem do PT e a sua própria.
Presente em Salvador no mesmo dia e questionado sobre à manifestação de Lula, o senador Ronaldo Caiado (DEM) não deixou por menos:
“Lula não tem credibilidade nem coragem de andar no meio do povo quanto mais popularidade para disputar uma nova eleição presidencial.”
E arrematou:
“Lula, aqui em Salvador, ficou encurralado no Parque de Exposições, mantendo uma estrutura ao lado de uma facção para lhe proteger. Lula não tem a coragem de andar em um estado do Nordeste, nem de fazer essa caminhada ao Bonfim. Isso mostra que ele não tem popularidade para chegar à presidência.”
Réu em cinco processos criminais, três deles no âmbito da Lava-Jato e mais dois relativos às operações Zelotes e Janus, o anuncio de candidatura tem os ares de uma estratégia elementar. Ao anunciar suas intenções políticas, Lula pretende criar constrangimento para evitar um de seus maiores temores: ter decretada sua prisão. É a forma que encontrou de antecipar-se e classificar como “perseguição” qualquer movimentação normal em seus vários processos criminais em tramitação. Nada além de estratégia de defesa.
Como bem destacou Caiado, como seria possível uma campanha de Lula?
Vamos imaginar a presença dele em um aeroporto ou em qualquer lugar público. A cada caminhada ou incursão nas ruas, choveriam protestos, xingamentos e todo o tipo de situações constrangedoras, protagonizados por pessoas indignadas. Até confrontos poderão acontecer, que produziriam inevitavelmente vídeos vexatórios que em minutos estarão nas redes sociais e viralizariam em horas.
Mesmo que Lula se faça acompanhar por dezenas de seguranças onde quer que vá, ou pelo “exército do Stédile”, como ele já se referiu aos militantes do MST, sua candidatura seria um vexame eleitoral que enterraria de vez o mito que ele finge ser. Esse é um risco que ele não pode correr.
Lula perdeu aquilo que nenhum político pode prescindir jamais: o respeito.
Enio Meneghetti
Tags:Caiado, corrupção, Eleições 2018, Lava Jato, Lula, Petrolão
Publicado em Administração Pública, Câmara Federal, Corrupção, Curiosidades, Demagogia, Eleições 2018, Eleições presidenciais, Governo Federal, História, Janus, Legislação, Marketing, Politica | Leave a Comment »