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CALMA! UM DE CADA VEZ! – “Quanto mais moribundo, melhor”

12 de novembro de 2015

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“Confesso que vejo com muita desconfiança o espaço que a imprensa vem dedicando ao caso Eduardo Cunha.”

Esta frase era o ponto central deste artigo, que escrevi e foi publicado há duas semanas pelo “Correio de Cachoeirinha”  e contém nada mais do que o óbvio.

Pois veja o que registra publica hoje “O Antagonista”:

http://www.oantagonista.com/posts/quanto-mais-moribundo-melhor

Dilma Rousseff sabe que Eduardo Cunha é a melhor arma contra o impeachment.

Um “auxiliar presidencial” disse à coluna Painel, da Folha de S. Paulo:

“Enquanto a pauta for ele, estamos bem”.

O jornal acrescenta que “gente graúda do governo já admite que o melhor para Dilma é Cunha permanecer onde está. Quanto mais moribundo, melhor”.

 

Segue a singela postagem original: 

 

Depois da declaração de Lula semana passada de que “não tem medo de ser preso”, o país parece ter entrado em estado de letargia. Nem mesmo a recém iniciada greve dos caminhoneiros pelo impeachment da presidente da República parece ter agitado o ambiente.     

 

São três os temas explosivos do momento: a expectativa em relação a uma hipotética prisão de Lula, possibilidade que apavora a muitos e é ardorosamente desejada por outros tantos (bota “tantos” nisso), o processo de impeachment de Dilma, cujo andamento está nas mãos de Eduardo Cunha e a pressão para que o mesmo Eduardo Cunha renuncie a presidência da Câmara dos Deputados.

 

Confesso que vejo com muita desconfiança o espaço que a imprensa vem dedicando ao caso Eduardo Cunha. Claro que é um assunto gravíssimo, mas muito mais grave é a decisão que está nas mãos dele. O destino de Cunha está selado. Estão reservadas para ele as consequências do que vem sendo apurado de irregularidades. Ele não tem como escapar delas. Porém, constato como fato que, desde que Cunha passou a dominar o noticiário, o tema impeachment arrefeceu. A exceção são os caminhoneiros, em uma greve que o Planalto apressou-se a classificar de “fracasso”.

 

Porém, o assunto realmente importante é o pedido de impeachment, sem dúvida nenhuma.  Por que está no ar uma sensação coletiva de que o momento passou? Claro que para o Planalto seria excelente a oportunidade de emplacar no lugar de Cunha, um governista, a quem caberia, nos sonhos dos dilmistas, analisar o acolhimento do pedido.            

 

Eduardo Cunha declarou ao Estadão que sua decisão sairá na segunda quinzena deste mês de novembro, baseada em critérios técnicos.

 

E se formos falar em técnica, o ex presidente do STF, Ministro Carlos Velloso deu ao Correio Brasiliense uma opinião alentadora: “Fui dos primeiros a afirmar, quando se falava nesse tema, que não havia, até então, motivo, mas mudei o entendimento depois da decisão do TCU de rejeitar as contas da presidente”, disse.

“O TCU reconheceu aquilo que foi apelidado de ‘pedalada’ — aquelas operações que consistiam, em síntese, no fato de a Presidência ter obrigado e submetido um banco estatal a pagar dívidas do governo do Estado, o que é proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Então, a partir daquele momento, penso que surgiu um motivo determinado para o impeachment”, explicou o ex-ministro.

 

Com a palavra, ou melhor a caneta, Eduardo Cunha.

 

Pela ordem, depois viria Lula. E depois o próprio Cunha. 

Assim esperam as pessoas de bem. Um de cada vez. 

Enio Meneghetti

 

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