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E a conta vai para… Você!

21 de janeiro de 2015

E a conta vai para.... Você!

Foi a Marta Suplicy que não deixou por menos e botou a boca no trombone:

 – Cada vez que abro um jornal, mais fico estarrecida com os desmandos. É esse o partido que ajudei a criar? – disse.

Ao admitir que foi uma das forças do “Volta Lula” ano passado, ela afirma com todas as letras que Lula está totalmente afastado de sua criatura: Dilma Roussef.  

Apontou como um dos “inimigos” o atual presidente do PT, Rui Falcão:

– O Rui (Falcão) traiu o partido, que  se acovardou ao recusar um debate sobre quem era melhor para o país, mesmo sabendo das limitações da Dilma.

Sobrou para o Mercadante também:

– O  Mercadante é inimigo, Já no primeiro dia, vimos um ministério cujo critério foi a exclusão de todos que eram próximos do Lula.

Marta Suplicy sapateia na superfície, mas não vai ao ponto nevrálgico. No ano passado, os petistas do “Volta, Lula” criticavam Dilma por ela ter admitido que aprovou a compra da refinaria de Pasadena.

Tentando se antecipar à desgraça do Petrolão, Dilma agiu de forma diversa daquela que seu antecessor teria usado.

Lula é adepto daquela antiga estratégia, a de, flagrado em pleno ato, negar sempre, mesmo à frente de todas as evidências.

Dilma, segundo seus adversários internos, foi ingênua e de um amadorismo capaz de então  pôr em risco a permanência do PT no poder. Seus adversários dentro do partido condenaram sua estratégia de responsabilizar a antiga diretoria da Petrobras, nomeada pelo antecessor.

Esse é um preâmbulo interessante para tentar compreender o que Marta Suplicy não disse e o que cerca o novo pacote que o Joaquim Levy,  chamado por Dilma para fazer um rescaldo da massa falida.

Ao tentar salvar o governo em termos econômicos – já que em termos penais a cada dia o futuro parece mais sombrio – já dá perceber quem vai pagar a conta do butim: você mesmo que está ai sentado. 

Basta lembrar que depois de anos segurando a inflação e a economia com estímulo ao endividamento, ao consumo interno e à manutenção dos preços dos combustíveis abaixo do custo  – enquanto a companhia era roubada pela porta dos fundos – agora que o preço do petróleo despenca no mundo inteiro, o Brasil pega a contra mão do planeta, onde a gasolina baixa de preço.

Aqui no Brasil, é no preço dos combustíveis  que o povo brasileiro  vai pagar uma parte da conta do descalabro.  Estão aí as tarifas aumentadas em 30%, a alta dos juros que serviram de palanque eleitoral. A carga tributária asfixiante vai aumentar.  As garantias trabalhistas que eram “imexíveis”… e por aí vai.  

Segurem-se. Está só começando.  

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