As reproduções abaixo constam do “Plano de Urbanização” de Loureiro da Silva, de 1943.
Nelas pode-se ver o projeto de construção de uma barragem nas imediações de onde está hoje a Av. Cristiano Fischer e a Avenida Ipiranga. A consequência seria a criação de um grande lago artificial.
A discussão era sobre a extenção da “Cidade Universitária”.
Depois de descartar a proposta de estendê-la pelo “Campo da Redenção”, a alternativa estudada era, conforme pág 52 da publicação,
“Verificamos que, na periferia urbana não existe nenhum local enquadrado (…). Por isso, fomos forçados a escolher um local excêntrico, fora da periferia, no limite Leste do vale do Riacho (nosso hoje conhecido Arroio Dilúvio) , entre as Avenidas Bento Gonçalves e Protásio Alves, lindeiro às propriedades da Escola de Agronomia.”
Segue o texto original de 1943:
“Num determinado ponto da estrada do Salso (atual Av. Cristiano Fischer), encontramos uma garganta favorável à execução desta barragem, com a qual colocaremos o lago na cota permanente de 25 metros (…).”
“O setor dedicado aos esporte náuticos e aquáticos deverá ficar situado no vale próximo ao lago. O Jardim Botânico será colocado logo à entrada da Cidade Universitária, num local a coberto dos ventos (…).”
Analizando as reproduções da publicação, pode-se ver a área assinalada da Cidade Universitária e do lago, que iria da atual avenida Cristiano Fischer até próximidades da Antonio de Carvalho. Limitando-se ao norte pela Protásio Alves e ao Sul pela avenida Bento Gonçalves. A área prevista seria de 500 hectares. Onde estão hoje parte dos bairros Jardim do Salso, Bom Jesus e Intercap.