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Acidente grave em estrada bloqueada pelo MST

12 de março de 2015

Manifestantes do MST bloquearam trecho da BR 101 em Sergipe, a 29 km de Aracajú na manhã desta quarta feira.

Segundo a PRF uma carreta carregada de adubo não conseguiu parar e ocasionou uma explosão após o engavetamento com sete carros que estavam parados na rodovia devido ao bloqueio. Dois adultos e uma criança morreram no acidente.

 

 

João Pedro Stédile, confirma que as manifestações do MST continuarão.

– Nós vamos fazer protestos em favor da Petrobras e também pelas causas do nosso movimento –  disse Stédile ao em um programa da TV Brasil.

– As ruas são democráticas. As ruas são a única forma de o povo se politizar. Eu não vejo problema em que a direita chame manifestações, desde que respeite as nossas – completou o lider do MST.

Stédile foi instigado publicamente por Lula, que em outra manifestação em “defesa” da Petrobrás fez uma ameaça explícita aos que são contrários aos desmandos do atual governo. Lula disse que também “sabia brigar”, sobretudo quando o Stédile colocasse “o exército dele” nas ruas.

Sem dúvida não é coincidência o MST vir as ruas às vésperas das manifestações pelo impeachment de Dilma, programadas para acontecerem neste domingo, 15 de março.

Depois do panelaço ocorrido durante o patético pronunciamento presidencial de domingo, seguidos das  vaias que Dilma recebeu na terça feira, em uma Feira de Construção no Anhembí , aumentou o desespero de criador e criatura. Só mesmo o desespero pode explicar a atitude irresponsável de um ex presidente, ao conclamar tropas paramilitares de Sem Terra para intimidar os contrários ao governo do PT.

Motivos para desespero não faltam: nesta quarta feira saiu pesquisa revelando o tamanho do estrago. A  aprovação de Dilma, que após as mentiras eleitorais eram de 47%, despencaram para assustadores  7%, aqueles que consideraram o atual governo “bom” ou “ótimo”. Creio que só os CCs do governo atingem esse número…

Isso acontece menos de 24 horas após o depoimento devastador do réu Pedro Barusco à CPI da Petrobrás, onde o mesmo confirmou ao vivo e a cores que a corrupção institucionalizada na estatal iniciou em “2003, 2004” no governo Lula.

O MST, portanto, deverá continuar paralisando estradas, causando transtornos, destruindo pesquisas.  Não vai adiantar nada, mas isto deverá continuar até que outra tragédia como a de hoje aconteça. E como a de hoje, esta poderá ser creditada a quem convocou o exército de Stédile: Lula.

 

Lula estimula o conflito social

5 de março de 2015

Stedile Maduro milicia 5

O Estado de S.Paulo

 

No desespero para salvar o PT de um desastre que a incompetência do governo de Dilma Rousseff torna a cada dia mais grave, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ameaça incendiar as ruas com “o exército do Stédile”, a massa de manobra do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). Lula acenou com essa ameaça em evento “em defesa da Petrobrás” promovido na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro, pelo braço sindical do PT, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Federação Única dos Petroleiros (FUP).

Basta abrir as páginas dos jornais ou assistir ao noticiário da televisão para perceber que a radicalização política começa a levar a violência às ruas das principais cidades do País. De um lado, militantes de organizações sindicais e movimentos sociais, quase sempre manipulados pelo PT, aliados a radicais de esquerda; do outro lado, sectários antigovernistas engajados na inoportuna campanha de impeachment da presidente da República. Esses grupos antagônicos se agrediram mutuamente diante da ABI, pouco antes do evento protagonizado por Lula.

Diante do sintoma claro de que o agravamento da crise política em que o País está mergulhado pode acender o rastilho da instabilidade social, o que se espera das lideranças políticas é que ajam com responsabilidade para evitar o pior. Mas Lula, assustado com a possibilidade crescente do naufrágio de seu projeto de poder, parece disposto, em último recurso, a correr o risco de virar a mesa. Não há outra interpretação para sua atitude no evento.

Em seu discurso, o coordenador do MST, João Pedro Stédile, como de hábito botou lenha na fogueira: “Ganhamos as eleições nas urnas, mas nos derrotaram no Congresso e na mídia. Só temos uma forma de derrotá-los agora: é nas ruas”. É o caso de perguntar o que Stédile quer dizer com “derrotá-los nas ruas”. Mas Lula parece saber a resposta. E aproveitou a deixa, ao falar no encerramento do ato: “Quero paz e democracia. Mas eles não querem. E nós sabemos brigar também, sobretudo quando o Stédile colocar o exército dele na rua”. Uma declaração de guerra?

Stedile Lula

A atitude irresponsavelmente incendiária do ex-presidente é coerente com a estratégia por ele traçada e transmitida à militância petista com o objetivo de reverter a repercussão extremamente negativa para a imagem do PT provocada pelo desgoverno Dilma e, em particular, pelo escândalo da Petrobrás. A ideia é, como sempre, transformar o PT em vítima da “elite”, os temíveis “eles” que só querem fazer mal ao povo brasileiro.

Do mesmo modo que para Lula o escândalo do mensalão foi uma “farsa” que resultou na condenação injusta dos “guerreiros do povo brasileiro”, o petrolão é coisa de “meia dúzia de pessoas” para a qual Dilma Rousseff “não pode ficar dando trela”: “O que estamos vendo é a criminalização da ascensão de uma classe social neste país. As pessoas subiram um degrau e isso incomoda a elite”, disse Lula.

Ou seja, o que abala o Brasil não é a ação da quadrilha que, há 12 anos, pilha a Petrobrás e ocupa, para proveito próprio ou do PT, cada escaninho possível da administração pública. Muito menos é a incompetência administrativa demonstrada pelos petralhas que sugam o Tesouro. É – no entender de Lula e companhia bela – a reação dos brasileiros honestos e indignados com a roubalheira e a desfaçatez.

Esse discurso populista pode fazer vibrar a militância partidária manipulada e paga pela nomenklatura petista, mas é inútil para garantir ao PT e ao governo o apoio de que necessitam para tirar o País do buraco em que Dilma Rousseff o meteu ao longo de quatro anos de persistentes equívocos.

O principal aliado do PT, o PMDB do vice-presidente Michel Temer, agora decidiu exigir o papel que lhe cabe como corresponsável pela condução dos destinos do País. Não aceita mais, por exemplo, que o núcleo duro do poder de decisão no Planalto seja integrado exclusivamente por petistas. O PMDB tampouco aceita que os petistas continuem se fazendo passar por bonzinhos na votação das medidas de ajuste fiscal, posicionando-se na defesa dos “interesses dos trabalhadores” e deixando o ônus da aprovação do pacote para os aliados.

Os arreganhos de Lula e do agitador Stédile mostram que a tigrada está cada vez mais isolada – e feroz – na aventura em que se meteu de arruinar o Brasil.

http://m.estadao.com.br/noticias/opiniao,lula-estimula-o-conflito-social-,1639963,0.htm

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Incitação à violência

4 de março de 2015

Incitação à violência

Discursando ao lado do líder do MST, Lula bravateou:

“Em vez de ficarmos chorando, vamos defender o que é nosso. Defender a Petrobras é defender a democracia e defender a democracia é defender a continuidade do desenvolvimento social nesse país. Quero paz e democracia, mas também sabemos brigar. Sobretudo quando o Stedile colocar o exército dele nas ruas”. 

Lula diz que sua turma sabe partir para a porrada, se for preciso.

Em vez de fazer incitação à violência através de uma ameaça explícita, o ex presidente deveria explicar como e por que, justamente um governo petista e “dos trabalhadores” está “dilapidando o patrimônio público” – para utilizar uma expressão que eles gostavam de expelir durante o governo FHC.

Todas as manchetes estão anunciando que a Petrobras, em vez de investir os 80 bilhões programados para este ano, para evitar a bancarrota devido ao roubo promovido nas gestões petistas, não só cancelará investimentos mas pretende vender mais de 13,7 bilhões em ativos para pagar os débitos em atraso.  A insolvência bate às portas da estatal após o estupro que foi vítima, perfeitamente visível em seus detalhes escabrosos nos autos dos processos da Operação Lava Jato.

O que parece não impedir pacotes indecentes – tipo cala boca – para salvar empreiteiras cujos dirigentes estão presos e prontos para contar tudo o que sabem em acordos de delação premiada.

Só o desespero explica a incomensurável barbaridade cometida por um ex presidente da República, que desce ao nível mais baixo da História,  ao convocar as “forças paramilitares” do companheiro Stédile à luta.

Além de suprema arrogância, a atitude não esconde o fato do pleno conhecimento da forma como seu grupo articulou o projeto mais corrupto que já conhecemos, comprando a maioria no Congresso Nacional, financiando com dinheiro público entidades, organizações e elementos marginais para produzir falsidade e demagogia.

Tudo isto é inédito e gravíssimo. E é impossível que a atitude de incitação à violência com o uso de um exército particular não tenha infringido algum dos tipos penais constantes das leis brasileiras.

Claro que o Procurador-Geral da República anda muito ocupado ultimamente. Senão, na certa, já teria denunciado tal declaração de cunho nazi-fascista. É inadmissível um ex-presidente da República pregar que estão prontos para a guerra, com uma milícia privada.

Será que além de toda a corrupção a céu aberto que estamos vendo, o esquema corrupto de poder no Brasil tem um exército particular pronto para a batalha – se bem entendido – em uma guerra civil? Foi isso que Lula disse?

Talvez não seja paranoia imaginar que o “exército de Stédile” – se realmente existe, como afirmou o ex presidente, nada ficaria a dever às SAs que o Partido Nazista criou na década de 30 para proteção pessoal de Hitler. Depois de chegar ao poder, o Fuhrer as oficializou, transformadas nas temidas SS e Gestapo.

Estamos vivendo momentos inimagináveis. O que mais virá pela frente?

Enio Meneghetti