Segundo o ministro do STF Gilmar Mendes, o que está instalado no Brasil nesses últimos anos e está sendo revelado na Operação Lava Jato é um “modelo de governança corrupta, algo que merece o nome claro de cleptocracia” que nada mais é, por definição, um modelo em que o Estado é dominado por ladrões.
O ministro não deixou pedra sobre pedra: “Isso está evidente, veja o que fizeram com a Petrobrás, veja o valor da Petrobrás hoje, por isso que se defende com tanta força as estatais. Não é por conta de dizer que as estatais pertencem ao povo brasileiro. Porque pertencem a eles. Eles tinham se tornado donos da Petrobrás. Esse era o método de governança.”
Gilmar Mendes exemplificou bem, citando a compra de obras de arte caríssimas: “Veja, não roubam só para o partido, é o que está se revelando, roubam também para comprar quadros. Isso lembra o encerramento do regime nazista, quando se descobriu que membros do partido tinham quadros, tinham dinheiro no exterior, é o que estamos vendo aqui.”
Quando isso e muito mais é proferido por um Ministro do STF, a Suprema Corte brasileira, torna-se ainda mais latente aquela consciência do perigo pelo qual passamos e nos safamos por pouco. Não foi mais do que a sorte que livrou-nos de estarmos hoje com o país sendo presidido por ninguém menos que o outrora poderoso ex Ministro Chefe da Casa Civil do governo Lula, o hoje apenado José Dirceu. Não fosse o estouro do desacerto financeiro entre o famigerado personagem e Roberto Jefferson, dificilmente teríamos nos livrado da sina de ter José Dirceu como sucessor de Lula.
Passaram-se anos quase dez anos do mensalão e constatamos que por muito pouco, três ou quatro anos mais, e eles teriam tudo dominado. Teriam partidarizado os tribunais superiores, o Congresso, os órgãos da administração pública, os fundos de pensão, ONGs, os principais veículos da imprensa, internet, redes sociais, tudo. Com os financiamentos ilegais via BNDES aos países aliados e estaríamos a muito mais de meio caminho de virarmos a Venezuela do cone sul. Mais uma vez foi somente o fator sorte (ou um milagre) que fez com que o plano fosse descoberto antes da deblaque total.
O que nos salvou foi um magistrado federal da primeira instância lá do Paraná. O juiz Sérgio Moro, juntamente com os membros da Força Tarefa da Lava Jato, que conseguiram desmontar e derrotar um projeto político criminoso delineado e em pleno andamento.
Porém, enquanto a Operação Lava Jato ainda não concluiu a limpeza, o governo Dilma segue querendo penalizar os brasileiros. Dona Dilma, a presidente do Conselho de Administração da Petrobras durante as maiores falcatruas contra a estatal, no auge da impopularidade, além de apelar para o discursinho de ser vítima de “golpe”, agora insiste em querer fazer com que a população cubra o rombo que os governos dela e de seu mentor e antecessor causaram nas contas públicas após anos de desperdício vergonhoso do dinheiro do contribuinte, em uma irresponsabilidade insaciável.
Nem vou me alongar descrevendo “pedaladas” e financiamentos de campanhas eleitorais vergonhosos, estes sim passíveis de serem classificados de “golpes”.
Chega! Já virou deboche!
Enio Meneghetti
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