O discurso de Dilma Rousseff no Senado foi, como era de se esperar, uma coreografia bem ensaiada de poses para documentário.
Dificilmente a edição da peça que está sendo produzida incluirá as respostas vagas e evasivas aos questionamentos que lhe foram dirigidos.
Ela disse que é honesta, que é representante do povo, que é contra as elites, que está sofrendo um golpe e que o impeachment é machista.
Ao responder a senadora Simone Tebet, Dilma conseguiu tergiversar chegando até a apelar para o volume morto das águas da Cantareira, como se a seca a estivesse impichando!
Da mesma forma, não respondeu à didática explanação do senador catarinense Paulo Bauer.
No momento em que saiu da parte ensaiada, Dilma manteve a falta de objetividade e o discurso esquizofrênico que sempre a caracterizaram.
A visão da entourage que a acompanhava dizia muito. Lula, Chico Buarque , Jacques Wagner e outros(as), traziam semblantes que estavam mais para atores de um filme de zumbis do que participantes do documentário que mandou filmar.
Vários senadores e senadoras demoliram sua retórica de palanque. Aos questionamentos, respondeu o que lhe deu na telha.
Mas conforme destacou o senador Ronaldo Caiado, Dilma discursou que entre seus defeitos não está a quebra de compromisso. Mas e o estelionato eleitoral na campanha de 2014? Já havia a inflação crescente, a crise avançando e vários alertas do mercado, mas ela desenhou todo aquele cenário maquiado. Dilma Rousseff não respondeu sobre o estelionato eleitoral nem sobre os decretos ilegais que motivam seu julgamento, pois usurpou função do Congresso Nacional. Dilma disse que seus ministros respondem pelas subvenções de programas como o Plano Safra. Mas Jacques Wagner declarou que quem bancou toda política econômica foi ela. Mais: o governo atrasou o pagamento das subvenções nos bancos oficiais, mas quitou a equalização de taxa de juros de bancos privados.
Sua autodefesa foi apenas cenográfica, para as lentes de seu documentário chapa branca. Seu governo apresentou a nação ao caos.
Entre 2013 e 2016, a economia brasileira encolheu 6,8%. O desemprego foi de 6,4% para 11,2%. Há 12 milhões de desempregados.
O único empreendimento que avançou em seu governo e no de seu antecessor foi a corrupção, conforme está sendo documentando pela Operação Lava Jato e congêneres.
Mas ela insiste que a culpa é dos outros. Recorda seus tempos de guerrilheira, mas não refere que seu grupo pretendia uma ditadura do proletariado. E repete sem cessar o discurso de golpe.
Houve golpe, sim. Mas quem foi golpeado foram os brasileiros.
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