Luiz Inácio Lula da Silva não anda numa fase muito boa. É possível que o projeto político dele enfrente problemas. A pressão da Lava Jato parece começar a tornar-se incômoda.
Semana passada o Ministério Público Federal deu um prazo de 15 dias para o Instituto Lula fornecer a agenda oficial de viagens dele à países africanos e da América Latina, entre 2011 e 2014.
Entram na questão os R$ 435 mil reais pagos pela Odebrecht para fretar o jatinho que levou Lula e acompanhantes a Cuba e República Dominicana e um contrato que seu sobrinho, Taiguara Rodrigues dos Santos, tem em Angola.
Taiguara é filho de Jacinto Ribeiro dos Santos, irmão da primeira mulher de Lula. Em 2012, uma empresa de Taiguara, a Exergia Brasil, foi subcontratada pela Odebrecht para atuar na ampliação e modernização da hidrelétrica de Cambambe, em Angola. Coincidentemente, o acerto entre Taiguara e a Odebrecht ocorreu no mesmo ano em que a empreiteira conseguiu do BNDES um financiamento para realizar esse projeto na África.
A procuradora do MPF Mirella de Carvalho Aguiar diz em despacho: “Considerando que as obras são custeadas, direta ou indiretamente, por recursos do BNDES, caso se comprove que o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva também buscou interferir em atos praticados pelo presidente do mencionado banco, poder-se-á, em tese, configurar o tipo penal do art. 332 do Código Penal (tráfico de influência)”.
Como se sabe, o senado havia aprovado o fim do discutível sigilo nos empréstimos do BNDES. Dilma vetou a medida. Mas o Senado pode derrubar o veto. Na Câmara, a CPI do BNDES já é considerada favas contadas para o segundo semestre, tão logo esteja concluída a CPI do Petrolão.
A cada dia surgem novas informações que aumentam as suspeitas sobre as operações do banco.
O Ministério Público também está questionando repasses do Tesouro ao BNDES no valor de 500 bilhões de reais nos últimos seis anos. O MP suspeita que esse dinheiro possa ter ido parar nas contas das empresas que receberam os empréstimos no Brasil e no exterior. “São recursos que, por lei, não poderiam ser destinados a empréstimos ao BNDES (…)”, diz a representação do MP.
Enfim, agora disse o Ministro Joaquim Levy em alto e bom som:
– Terminou aquele modelo baseado em recursos públicos. O dinheiro acabou.””
Algo me diz que há muito mais para vir, lá do lugar onde veio isso…
Enio Meneghetti
Tags: BNDES, Instituto Lula, Lula, MPF, o dinheiro acabou, Odebrecht, Petrolão
27 de maio de 2015 às 20:43 |
Só sobraram escândalos, fortunas mal havidas por enriquecimento ilícito, falta de verbas para o essencial, aumento de impostos, e NINGUÉM PRESO. Cadeia de 5 anos para o Cerveró ? Piada de mau gosto.