Em seu patético discurso no domingo à noite, Dilma Roussef tentou passar uma versão absolutamente falsa da realidade. Para ela, tudo o que acontece agora é apenas temporário, com recuperação já “- no final do segundo semestre”.
A reação do governo às manifestações populares ocorridas durante a fala presidencial seguiu a mesma linha de falsidade. Cometer o ridículo de acusar de serem “financiadas pela oposição” as manifestações espontâneas de vaias e panelaços nas janelas e varandas de várias cidades brasileiras, eleva o nível de descaramento a níveis preocupantes. A destrambelhada reação governista só serviu mesmo para ampliar a promoção do mega evento de protesto programado para o domingo, dia 15 de março.
Dilma abusou da demagogia, prometendo novos rumos dizendo nada e coisa nenhuma de concreto. O momento crítico, que já havia sido previsto muitas vezes e há bastante tempo, de forma recorrente, continua sendo negado pela governanta.
A tempestade chegou e está aí, com o agravante de uma crise institucional com denúncias perigosamente próximas de Dilma e Lula.
Com o governo desmoralizado e uma lista de membros da Base Aliada no Legislativo a serem investigados pelo STF, o povo protesta contra o desgoverno que se apossou do Brasil.
Dilma jamais terá a humildade de reconhecer seus erros. O povo está farto e o governo sabe disso. As pesquisas de opinião recebidas pelo Planalto já apontam os recordes de insatisfação popular.
Na fala presidencial, não faltaram, como sempre, ataques à imprensa – “noticiários confundem mais do que esclarecem”.
Ela negou a crise econômica – “nem de longe estamos vivendo a crise que dizem alguns”.
Fez de conta que não existiram os cortes em direitos trabalhistas e aumento de impostos – “de maneira justa e suportável para todos”.
Tudo isso para dizer que a conta do descalabro que criou agora é nossa, do contribuinte, da dona de casa e do trabalhador.
– Sobre a lista do Petrolão e da investigação contra a sua campanha? Nada.
– Sobre o colapso energético e a iminência de pagão? Nada.
– Sobre a inflação fora de controle? Nada.
– Sobre queda de consumo e desemprego? Nada.
– Sobre ameaça óbvia de recessão? Nada.
– Sobre a destruição da Petrobras (e sabe-se lá do que mais) para adquirir maioria no Congresso Nacional e financiar campanhas eleitorais da Base Aliada? Nada.
– Sobre os empréstimos sigilosos e inconstitucionais, feitos pelo governo brasileiro a Cuba, Angola e demais países, via BNDES, numa caixa preta que quando for aberta revelará um escândalo muito maior que Mensalão, Petrolão, Eletrolão?Nada.
– Sobre a tentativa de barrar novas delações premiadas via TCU e/ou seu Ministro da Justiça, como as de Ricardo Pessoa – líder do cartel de empreiteiras ou do presidente da Camargo Correa, Dalton Aavancini, que pretende mostrar que a empreiteira pagou R$ 900 mil ao ex ministro José Dirceu, em abril de 2010, à título de “consultoria” e revelar a propina pagas como pedágio para entrar nas obras da Usina Hidroelétrica de Belo Monte?* Nada. *VEJA – 11.03.2015- pg 57
Nem parecia aquela Dilma que teve que aprovar a “Lei do Calote”, em dezembro de 2014, obra prima da contabilidade criativa, que criou o “superávit negativo”, para evitar que ela fosse punida por crime de responsabilidade, por ter gasto mais do que permitido.
E ainda teve gente que disse que as vaias de protesto eram em “varandas gourmet” com panelas Tramontina…
Dilma não teve dó nem piedade do mundo real: “- Com coragem e até sofrimento, o Brasil tem aprendido a praticar a justiça social em favor dos mais pobres, como também aplicar duramente a mão da justiça contra os corruptos. É isso, por exemplo, que vem acontecendo na apuração ampla, livre e rigorosa nos episódios lamentáveis contra a Petrobras. – mais uma vez apelando para a insinuação mentirosa de que seria o governo a determinar a ação da Justiça contra a corrupção em seu governo.
Por isso, tanta panelada, buzinada, vaia e xingamento.
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Tags: demagogia, desgoverno, Dilma Roussef, Discurso patético, elite branca golpista, João Santana, manifestações populares, nada com coisa nenhuma, panelaço, varandas gourmet
This entry was posted on 11 de março de 2015 at 15:30 and is filed under Administração Pública, Câmara Federal, Corrupção, Governo Federal, Impeachment, Marketing, Politica. You can follow any responses to this entry through the RSS 2.0 feed. You can leave a response, or trackback from your own site.
12 de março de 2015 às 0:16 |
Deste jeito os pronunciamentos da presidenta vão receber a alcunha de “Mentirão”. Parece que dia 15 vai haver novo Mentirão.