Dilma ficou furiosa com o cálculo apresentado indicando a necessidade de dar baixa em R$ 88,6 bilhões em ativos da Petrobrás.
Ela afirmou que o número foi calculado por “amadores” porque teria misturado ativos bons com outros contaminados pela corrupção investigada na Operação Lava Jato.
Circula nos corredores palacianos que Dilma teria passado uma carraspana telefônica em Graça Foster por ter a dirigente da estatal tungada divulgado o valor em questão, na apresentação feita conjuntamente com a diretoria da empresa.
Isso só demonstra que elles sequer sabem o tamanho real do rombo do Petrolão.
Graça Foster, afirmou “ser impraticável” a quantificação destes valores “indevidamente reconhecidos”.
Não é por outra razão que não existe auditoria independente disposta a endossar os números da Petrobrás relativos ao terceiro trimestre.
A fanfarronada de Dilma, de que a Petrobras estaria “passando por um rigoroso processo de aprimoramento de gestão” é pura cascata, conversa mole para boi dormir.
Dilma disse na reunião ministerial, onde por sua vez também levou uma carraspana o operador do teleprompter, que a Petrobrás possui “a mais eficiente estrutura de governança e controle que uma empresa estatal, ou privada já teve no Brasil”.
Pode até ter. Ou já teve.
O fato é que o governo dela e de seu antecessor, de triste memória, mesmo com toda essa estrutura que ela agora quer cantar em prosa e verso, conseguiram causar o maior escândalo de corrupção jamais visto na história da estatal e do Brasil.
O fato incontestável e que deixou a jaguatirica do Planalto furiosa, é que a diretoria da Petrobras desmentiu o discurso lido com tanta dificuldade por Dilma horas antes.
Dilma também afirmou que a Petrobras, “a empresa mais estratégica para o Brasil e a que mais contrata e investe no país”, teria que continuar a apostar no modelo de partilha para o pré-sal, e dar continuidade à vitoriosa política de conteúdo local.
Nossa Senhora!
Além de mandar às favas a obviedade que o custo de extração do pré-sal, com a baixa atual do preço do barril de petróleo, tornou-se mais antieconômico ainda do que sempre foi, ela insistiria em alegar o “conteúdo local” na certa para manter vivas as empresas parceiras locais, muitas delas cujos diretores estão na cadeia!
Horas depois, o balanço da empresa que elles finalmente divulgaram – mesmo não auditado – mostraria que a Petrobras terminou o trimestre com um endividamento líquido de R$ 261,4 bilhões, um aumento de R$ 40 bilhões em relação a 2013.
A versão e os números – repita-se, sem auditoria – apresentados pela diretoria da Petrobrás, estão em completo desacordo com o que diz Dilma.
O governo está completamente tonto e perdido.
E mais uma vez, nós é que vamos pagar o pato.
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30 de janeiro de 2015 às 18:37 |
Com certeza, os números foram calculados por amadores que nada entendem de maquiagem. Deviam tomar umas aulas com o Mantega antes de saírem por aí divulgando esses absurdos.