Sobre o caso Battisti que, providencialmente para alguns, tira das manchetes o escândalo Palocci, cabe lembrar que o então Ministro da Justiça, Tarso Genro, contrariando os tratados existentes entre Brasil e Itália, concedeu refúgio a Battisti, condenado por crime comum na Itália.
Tarso à época, como se fosse corte revisora da justiça italiana, justificou sua decisão apontando vícios nos processos que resultaram na condenação por crime comum.
Como se sabe, a Itália apelou ao STF no Brasil, que entendeu que a concessão do refúgio era ilegal.
Posteriormente, Lula decidiu manter Battisti no Brasil, contrariando a decisão do Supremo.
Mesma sorte e tratamento não tiveram os boxeadores cubanos Erislandy Lara e Guillermo Rigondeaux, que durante os Jogos Pan-Americanos de 2007 no Rio, abandonaram sua delegação e foram presos pela Polícia Federal, pelo “crime” de desejar abandonar o regime de Fidel. Foram imediatamente deportados para Cuba.
Já quando Salvatore Cacciola, condenado no Brasil, foi preso em Mônaco, o mesmo Ministro da Justiça, atual governador do Estado do Rio Grande do Sul, rapidamente tomou um avião e foi solicitar a Justiça monegasca a extradição do ex-banqueiro.
A justiça de Mônaco proferiu parecer em favor da extradição do banqueiro. A decisão foi convalidada
pelo Príncipe Albert II, governante do Estado, que nunca contrariou decisões judiciais.
Como brasileiro, descendente de italianos e detentor da dupla cidadania, espero que a Corte de Haia dê ao caso Cesare Battisti o tratamento devido.
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9 de junho de 2011 às 21:15 |
Barbaridade, isso é uma vergonha. Em comum nos três casos, a participação desse cara. Não dá para aguentar!
9 de junho de 2011 às 21:21 |
Um mata. O outro rouba. Dois só querem a própria liberdade. E o único que sai livre é o assassino. Onde é que isso vai parar?
9 de junho de 2011 às 23:14 |
Pela manhã o supremo absolve um futuro réu. A tarde o futuro réu pede prá sair, se auto declarando culpado. No outro caso de desrespeita um tratado internacional para proteger alguém que deve ter andado muito junto com outros “alguéns”. Bota amizade nisso aí. Deve ter um tribunal internacional que puxe as orelhas de quem de direito.Este é o nosso judiciário completamente politizado e aparelhado, já que seus membros são indicados pelo executivo, o que reflete mais uma aberração terceiro mundista
10 de junho de 2011 às 5:35 |
Me sinto estúpida perante tanta vergonha.
Parabéns por teu “blog”!
Precisamos de pessoas que tenham coragem!